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Política

Bolsonaro quer reimplantar a escravidão no Brasil, denuncia Gleisi

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Segundo Gleisi Hoffmann, o plano de Bolsonaro e dos poderosos é fazer o Brasil retornar 130 anos na história, aos temos anteriores à Lei Áurea.

Gleisi Hoffmann*

Na medida em que se aproxima o início formal do governo Bolsonaro – já que Michel Temer se conformou com seu papel decorativo e apenas obedece ao sucessor – o Brasil vai conhecendo os verdadeiros objetivos do futuro do governo, que foram ocultados na campanha eleitoral. Um desses objetivos é o retorno das relações de trabalho aos tempos da exploração máxima.

Semana passada, diante do que há de mais atrasado na Câmara dos Deputados, Bolsonaro anunciou que seu projeto é “aproximar o mercado de trabalho cada vez mais da informalidade”, porque os direitos que pretende revogar “estão congelados” pelo Artigo 7º da Constituição Federal. Pediu paciência aos seus pares inimigos dos trabalhadores, pois não desistirá de mudar a Constituição.

O Artigo 7º é o que transformou em cláusulas pétreas o direito ao salário mínimo crescente, ao décimo-terceiro, às férias remuneradas, à aposentadoria, à jornada de 8 horas/dia e 44 semanais, ao FGTS, ao seguro-desemprego, ao salário-educação, à não-retenção dos salários por qualquer motivo, ao adicional por horas-extras e por trabalho noturno, às licenças maternidade e paternidade, entre outros direitos que distinguem o trabalho digno do trabalho análogo ao de escravo.

É de se imaginar quantos milhões de votos Jair Bolsonaro teria perdido se tivesse tido a honestidade de avisar aos eleitores, durante a campanha, que isso é parte de seu projeto para o país. Mas ele fugiu dos debates, foi poupado de sabatinas pela mídia e resumiu seu discurso a atacar o PT, além de espalhar mentiras sobre nós no submundo da internet, com tecnologia e caixa dois que veio até de outros países.

Parte da demolição dos direitos dos trabalhadores – conquistados, recorde-se, com a luta de gerações e o sacrifício de incontáveis mártires – começou já no governo Temer, que implantou a terceirização e o trabalho intermitente, além de sufocar os sindicatos e dificultar o acesso à Justiça do Trabalho, que já teve reduzida em um terço a demanda com as regras que favorecem os patrões.

É para driblar a Constituição, na maior cara de pau, que ele propõe a tal “aproximação com a informalidade”, ou seja: contratar fora da lei. Os trabalhadores brasileiros já estão vivendo este pesadelo. Em 2017, pela primeira vez desde que o IBGE passou a diferenciar empregos com carteira dos empregos sem carteira, dos bicos, biscates, autônomos e domésticos sem registro, o número de trabalhadores formais foi menor dos que os chamados informais.

Numa força de trabalho de cerca de 90 milhões de pessoas, apenas 33 milhões têm a carteira assinada, enquanto 34,3 milhões trabalham por conta própria, fazendo bicos, como autônomos, domésticos sem registro e, pasme, mais de 11 milhões trabalham sem carteira em empresas privadas. É uma tendência que vem se agravando na medida em que a economia permanece estagnada e aumenta o poder de chantagem dos empregadores sobre os empregados.

E é bom lembrar: segundo o IBGE, o rendimento do trabalho informal é 44% inferior ao rendimento do trabalho com carteira assinada. Está claro a quem interessa a tal informalidade e o tipo de chantagem com que ela é imposta. Até uma carteira de trabalho “verde-amarela”, em que o trabalhador abre mão de tudo para ser contratado, eles pretendem introduzir no Brasil.

Jair Bolsonaro já extinguiu o Ministério do Trabalho, responsável pela fiscalização desses abusos. Entregou o registro e fiscalização dos sindicatos ao Ministério da Repressão de Sérgio Moro. E, no mesmo encontro com seus asseclas do Congresso, pregou o fim do Ministério Público do Trabalho, o braço da procuradoria que combate o trabalho análogo à escravidão e atua onde os sindicatos de trabalhadores não têm força para agir.

Diante desse quadro de retrocessos, não apenas trabalhistas, mas civilizatórios, é impossível não registrar que os governos Lula e Dilma criaram 20 milhões de empregos com carteira assinada em 12 anos, reduzindo significativamente a informalidade herdada dos governos neoliberais e valorizaram o salário mínimo impulsionando a economia e equilibrando as contas da Previdência. Lula provou que com mais direitos e mais empregos o país cresce.

Por isso o impediram de ser candidato: para implantar na plenitude a cultura da chibata nas relações trabalhistas. Além de destruir o Ministério do Trabalho, uma conquista dos anos 1930, o plano de Bolsonaro e dos poderosos é fazer o Brasil retornar 130 anos na história, aos temos anteriores à Lei Áurea. Porque, como pensa Bolsonaro, traduzindo as nossas elites retrógradas, “é horrível ser patrão no Brasil”, quando se tem de tratar trabalhadores como cidadãos.

*Gleisi Hoffmann é senadora (PT-PR) e presidenta nacional do PT.

(Por Esmael Morais)

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Política

Deputados dos EUA divulgam decisões sigilosas de Moraes removendo perfis do X

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A ala republicana da Comissão de Justiça da Câmara dos Representantes dos EUA divulgou na quarta-feira, 17, um relatório sobre a suposta “censura do governo brasileiro” ao X (antigo Twitter) e a outras redes sociais, como Facebook e Instagram. O documento inclui 88 decisões do Supremo Tribunal Federal (STF) e do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) determinando a retirada de perfis das plataformas. Muitas delas foram tomadas pelo ministro Alexandre de Moraes em processos que tramitam sob sigilo no STF. A reportagem do Estadão procurou o STF para comentários, mas não obteve resposta até o fechamento deste texto, perto do fim do período da noite da quarta-feira.

Segundo um comunicado de imprensa divulgado pelo grupo, o relatório inclui “cópias de 28 decisões em inglês e português exaradas pelo ministro Alexandre de Moraes e destinadas à X Corp”; outras 23 decisões de Moraes “para as quais a X Corp não possui uma tradução em inglês” e ainda 37 decisões do TSE. Alexandre de Moraes é o presidente do TSE desde agosto de 2022.

Segundo os deputados do Partido Republicano, o relatório “expõe a campanha de censura do Brasil e apresenta um estudo de caso surpreendente de como um governo pode justificar a censura em nome do combate ao chamado ‘discurso de ódio’ e à ‘subversão’ da ‘ordem'”.

Ainda de acordo com os representantes republicanos, o “governo brasileiro” estaria “tentando forçar o X e outras empresas de redes sociais a censurar mais de 300 contas, incluindo as de Jair Messias Bolsonaro, a do senador Marcos do Val (Podemos-ES), e Paulo Figueiredo, jornalista brasileiro”. No entanto, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) continua com seus perfis ativos nas principais redes sociais.

Alguns dos perfis derrubados por ordem de Alexandre de Moraes já são conhecidos. É o caso de perfis ligados ao empresário Luciano Hang, das Lojas Havan; dos blogueiros Allan dos Santos e Oswaldo Eustáquio; do ex-deputado federal cassado Daniel Silveira; e do youtuber Monark; além do ex-deputado federal Roberto Jefferson.

Nos casos acima, a acusação é a de que eles teriam divulgado versões falsas sobre fraudes nas urnas, promovido ataques contra o STF e defendido até mesmo a edição de um novo AI-5, instrumento de supressão de garantias individuais durante a ditadura militar – caso de Silveira.

Outros, como os jornalistas Bernardo Kuster e Paulo Figueiredo, foram acusados de incentivar os apoiadores de Jair Bolsonaro a “romperem a normalidade democrática”. No dia 8 de janeiro de 2023, centenas de bolsonaristas depredaram as sedes do Congresso, do STF e o Palácio do Planalto, em Brasília.

Vários dos perfis derrubados pelas decisões de Alexandre de Moraes não parecem pertencer a figuras públicas. Numa das decisões, do dia 14 de dezembro de 2023, Moraes determina a remoção dos perfis @NsmNews e @canedocando no Twitter.

Fonte:ESTADAO CONTEUDO

 

           

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Política

Após atritos com Lira, governo libera emendas ao Congresso e privilegia aliados

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O presidente Lula (PT) destravou a liberação de emendas nesta semana e privilegiou aliados na distribuição da verba ao Congresso Nacional. Foram autorizados cerca de R$ 2,4 bilhões, e os repasses atendem principalmente a pedidos de senadores e deputados mais próximos ao governo.

Esse lote de dinheiro para o Congresso é recorde no ano e ocorre em meio a votações importantes que Lula enfrentará, como uma folga de R$ 15 bilhões no Orçamento desse ano e a análise de vetos, prevista para a próxima semana.

Todos os deputados e senadores têm direito a emendas, que são aqueles recursos que eles usam para bancar obras e projetos em seus redutos eleitorais. Com isso, os parlamentares conseguem ganhar mais capital político entre os eleitores.

O governo, porém, pode ditar o ritmo desses repasses e fazer acenos ao Congresso quando propostas do presidente precisam avançar. 

Por G1

           

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Política

Moraes corre a Lira para tentar barrar a CPI contra STF

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Em uma crescente tensão entre o Supremo Tribunal Federal (STF) e o Congresso Nacional, o ministro Alexandre de Moraes, presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), procurou o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira (PP-AL), nesta quarta-feira (17). A reunião, que não estava agendada publicamente, ocorreu logo após Lira anunciar a instalação de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) visando apurar possíveis abusos do Judiciário e debater um projeto que limitaria investigações contra parlamentares, exigindo autorização do Congresso para tais iniciativas.

Segundo fontes, a conversa Moraes e Lira foi “dura” e áspera. Apesar disso, a tensão aparente não se refletiu publicamente. Em seguida, Moraes foi ao Senado para a instalação da comissão que discutirá a reforma do Código Civil e, ao lado do presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, e aparentou estar bem-humorado. Moraes chegou a brincar sobre a inexistência de redes sociais no início do século, comentando que “nós já éramos felizes e não sabíamos”.

           

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