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Promovida pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, a 1ª Caminhada Nacional de Combate à Obesidade ocorre neste domingo (21), em todas as capitais do país, e tem destaque em Pernambuco
Meia hora diária de caminhada pode ser suficiente para driblar os principais prejuízos da obesidade – doença crônica que ameaça mais da metade da população brasileira, entre crianças e adultos. Hoje, 53,9% dos brasileiros têm sobrepeso, segundo dados da Agência Nacional de Saúde Suplementar, órgão vinculado ao Ministério da Saúde. Os números impressionam. Mas não intimidam os profissionais de saúde engajados nos bastidores de combate ao problema, ramo em que Pernambuco se destaca nacionalmente. Neste domingo (21), quando as capitais do Brasil receberão a 1ª Caminhada Nacional de Combate à Obesidade, promovida pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica, o Recife se consolida como um dos principais polos na luta contra a doença. “É um movimento nacional de alerta, diante de um cenário sombrio. A obesidade é uma doença crônica, uma das mais prevalentes no mundo, e requer cada vez mais atenção”, explica o cirurgião pernambucano Josemberg Campos, ex-presidente da SBCBM e membro de seu conselho consultivo.
Referência no segmento, o médico estará entre os profissionais e estudantes de saúde reunidos para a Caminhada no Parque da Jaqueira, na Zona Norte da cidade, ponto escolhido para a ação na capital pernambucana. Quem comparecer poderá aferir pressão arterial, medir a concentração de glicose no sangue e calcular o IMC (Índice de Massa Corporal), recebendo orientações em relação à importância da alimentação saudável e da prática regular de exercícios físicos. “Há uma tendência mundial crescente de tratar a obesidade de forma integrada, num único ambiente. No processo, devem estar envolvidos clínicos, cirurgiões, psicólogos, nutricionistas. Uma caminhada diária é, por si só, uma grande iniciativa para o paciente, indicada inclusive para aqueles que devem praticar somente atividades de baixo impacto”, observa Campos, que integra o Centro de Tratamento Integrado da Obesidade e Diabetes, no Hospital Santa Joana.
Dez dias após o Dia Nacional de Combate à Obesidade, lembrado no último dia 11, a Caminhada Nacional de Combate à Obesidade frisa a atividade física como uma das ferramentas de luta contra a doença: no Recife, todos os participantes cumprirão um percurso de 2 km na área interna do Parque da Jaqueira. Pacientes que já se submeteram à cirurgia bariátrica (também conhecida como “cirurgia da obesidade”, a redução de estômago) e pacientes em fase pré-operatória também participarão da ação. Para Josemberg Campos, é uma chance valiosa de fomentar os debates e dissolver as dúvidas em torno do assunto: “A obesidade, que nada mais é do que o acúmulo de gordura no corpo, causa não somente alterações estéticas. O paciente obeso pode desenvolver apneia do sono, hipertensão, diabetes, esteatose, que é o acúmulo de gordura no fígado, entre outros problemas. Surgem, então, os danos de relacionamento, danos à autoestima, falta de concentração”, detalha.
Destaque no hall de profissionais dedicados à cirurgia da obesidade no Brasil – segundo colocado na lista dos países que mais realizam a cirurgia bariátrica, atrás apenas dos Estados Unidos, de acordo com a Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica -, o pernambucano acredita que hábitos de vida mais saudáveis devam ser considerados a peça-chave para desacelerar o avanço da obesidade em todo o mundo. “É uma doença grave que merece a atenção de todos. Cada um de nós pode se prevenir e ajudar a conscientizar o outro, a tratar quem corre riscos ou já desenvolveu a doença”, finaliza.
Quais os principais prejuízos causados pela obesidade?
Com o passar dos anos, um paciente que desenvolve a obesidade adquire, pouco a pouco, um grande número de doenças associadas. Pode-se chegar a mais de 60 doenças. Inicialmente, a mais comum é a hipertensão arterial, que todo mundo conhece como pressão alta. Diabetes, que é o aumento da glicose no sangue. E várias outras doenças, como problemas nas articulações, em decorrência do excesso de peso, dores nos joelhos, alterações que podem demandar colocação de próteses no quadril, nos joelhos.
Quem tem mais chance de se tornar obeso?
Existem grupos de pessoas que têm maior probabilidade de desenvolver a obesidade, principalmente quando há tendência genética. Membros de famílias em que várias pessoas são obesas e também apresentam distúrbios metabólicos, como aumento de gordura no fígado, diabetes, hipertensão, aumento de colesterol. Depois dos 50, 60 anos de idade, a maioria deles tem aumento da mortalidade por doença cardiovascular.
E como prevenir a doença?
Desde cedo, as famílias podem adquirir bons hábitos, hábitos saudáveis como a prática de exercícios físicos, a seleção de alimentos de maneira adequada, a ingestão de frutas e verduras, a diminuição de consumo de alimentos hipercalóricos, fast food… são vários hábitos que todos nós já conhecemos e que podem evitar o desenvolvimento da obesidade. Há mais alguns hábitos importantes, embora menos falados, nesse processo de prevenção. Procurar reduzir o estresse, por exemplo, respeitar as noites de sono, dormindo de seis a oito horas todos os dias. Evitar o tabagismo e, ainda, respeitar o descanso nos finais de semana.
>> SERVIÇO
1ª Caminhada Nacional de Combate à Obesidade
Quando: Domingo (21), a partir das 9h
Onde: Parque da Jaqueira (R. do Futuro, 959 – Graças)
Por Estúdio DP | Conteúdo Patrocinado
Foto: Marina Curcio/DP
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