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Existem discordâncias dos secretários estaduais empossados, ontem, em relação os rumos apontados pelo novo governo do presidente Jair Bolsonaro (PSL), mas a orientação quase geral da equipe de Paulo Câmara (PSB) foi de mencionar o legado do PSB sem esticar a corda. O secretário da Casa Civil, Nilton Mota, falou em nome do time escalado para o primeiro escalão e ponderou, mesmo sem fazer apostas definitivas: “Os mais experimentados analistas não se arriscam sob o futuro próximo, mas todos queremos acreditar que o pior já ficou pra trás e que é preciso se preparar para um novo tempo”, declarou Nilton Mota, um dos principais quadros do PSB desde a gestão de Eduardo Campos.
Nilton demarcou o campo político da gestão, mas evitou abrir arestas com o presidente, que defendeu o “fim do socialismo” no discurso de posse da última terça-feira. “É sempre bom lembrar que esse conjunto político, representado pela Frente Popular, vem honrando o povo aguerrido de Pernambuco há décadas com o trabalho de homens determinados e progressistas como Pelópidas da Silveira, Miguel Arraes e Eduardo Campos. O legado da trajetória desses patriotas está em todos os cantos de nosso estado, do cais ao sertão. Do cortador de cana, que virou operário, ao menino pobre que foi estudar no exterior. Da jovem que recebeu apoio para montar o próprio negócio, à camponesa que agora é microempreendedora”.
O secretário de Defesa Social, Antônio de Pádua, que esteve à frente da redução dos índices de criminalidade em Pernambuco no ano de 2018, falou sobre o discurso do novo ministro Sérgio Moro, em entrevista à imprensa. Indagado se concordava com uma das propostas de Moro, que defende o fortalecimento Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas, com alienação dos bens do tráfico, Pádua reagiu de forma positiva. “Sem dúvida (seria uma boa). Na experiência nossa, como delegado federal, a gente vê como necessidade tudo que foi apreendido relacionado ao tráfico de drogas ser revertido para o estado”, destacou.
Já o novo secretário de Agricultura, Dilson Peixoto (PT), indicado para o cargo pelo senador Humberto Costa (PT), disse que seu desafio, ao longo da semana, será ouvir e abrir um diálogo com os movimentos sociais. Dilson é o nome do PT no primeiro escalão de Paulo Câmara e foi alvo de críticas de alguns setores do partido. Indagado sobre as perspectivas de parcerias com a gestão de Bolsonaro, Dilson afirmou: “acho que, no geral, há uma sensação de perplexidade (sobre a gestão de Bolsonaro). Mas a gente espera que o país volte a funcionar e áreas importantes da agricultura tenham reconhecimento do governo. Eu vou traçar as principais metas e traçar as parcerias com o governo federal para que a gente possa atuar de forma importante num setor como esse”, declarou.
O novo secretário da Educação, Fred Amâncio, foi o mais ovacionado entre os titulares. A solenidade terminou e profissionais que trabalham com ele ficaram fazendo selfies, tirando fotos e fazendo gritos de guerra. Ele quase não conseguia sair do lugar. “Na realidade, a gente vai começar um novo ciclo na educação. A gente vai dar continuidade aos bons projetos e implantar os novos previstos. Talvez, o maior deles é o fortalecimento das parcerias com os municípios para que o estado também possa apoiar os municípios a avançar nos seus resultados”.
A posse dos novos secretários foi assinada por Paulo Câmara nos jardins do Palácio das Princesas, numa cerimônia sem ostentação, onde apenas água foi servida. Câmara empossou 27 auxiliares. São 22 secretários ao todo, mas outros cinco nomes têm status de secretário, como o chefe de Gabinete (Milton Coelho), o chefe da Assessoria Especial do governador (Antônio Figueira), o chefe de Projetos Estratégicos (Renato Thièbaut), o chefe da Casa Militar (Carlos Viana) e o Procurador Geral do Estado (Ernani Varjal).
Quase todos os nomes escalados por Paulo Câmara são de técnicos. O núcleo político – de lideranças que se consolidaram em cargos políticos – é composto de seis nomes: Além de Nilton Mota e Dilson Peixoto, tem Aluísio Lessa (PSB), Sileno Guedes (PSB), Milton Coelho (PSB) e Rodrigo Novaes (PSD). (Por PE notícias)
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