Presidente venezuelano afirmou que governos do Brasil, Argentina e Paraguai formam “tríplice aliança de extrema direita”.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, afirmou durante evento em Havana na noite de quarta-feira (14) que “ninguém” vai tirar seu país do Mercosul. Ao lado do presidente cubano Raúl Castro, Maduro denunciou uma “tríplice aliança de governos da extrema direita” formada por Brasil, Argentina e Paraguai.

“Nada ou ninguém vai nos tirar do Mercosul porque o Mercosul pertence aos povos”, disse o líder venezuelano em ato que comemorou o 12º aniversário da Aliança Bolivariana para os Povos da Nossa América (ALBA).

“A extrema direita intolerante, ao invés de buscar o fortalecimento do Mercosul (…), adotou um plano retrógrado de destruição e divisão”, afirmou Maduro, de acordo com informações da AFP.

Argentina assumiu, na quarta, a presidência rotativa do Mercosul no lugar da Venezuela. A decisão foi tomada em uma reunião extraordinária de chanceleres do bloco em Buenos Aires. A chanceler venezuelana, Delcy Rodríguez, não foi foi convidada para o evento.

“Hoje nossa chanceler, Delcy Rodríguez Gómez, foi agredida pela polícia do governo da Argentina — assinalou Maduro, classificando o incidente como “covardia”.

“Sabemos que isto é temporário, mas estas oligarquias precisam saber (…) que nada ou ninguém vai deter a Venezuela”, e que “seguiremos lutando no Mercosul”, afirmou.