O futuro ministro da Secretaria de Governo, Carlos Marun, tem a cara do Governo Temer. É um daqueles personagens comuns que se encontra constantemente nos corredores da Câmara dos Deputados. Não tem grande expressão nem pensamento político. É um bonachão quase folclórico, e só foi escolhido para o cargo de articulador do Planalto porque fará tudo que o chefe mandar. Um verdadeiro cão de guarda.
Marun se notabilizou no noticiário nacional justamente por ser um dos maiores – talvez o maior – defensor do presidente na guerra contra o ex-procurador-geral da República, Rodrigo Janot. A sobrevivência de Temer no Plenário da Câmara se deve muito à atuação de Carlos Marun, que vai acabar premiado com o status de ministro. Portanto, não se espera nada dele além do que defesa cega do presidente moribundo a quem serve.
Vai entrar para a história do Brasil no mesmo capítulo dos Eliseus Padilhas e Moreiras Francos que formam o primeiro time de Temer. É, no final das contas, uma cria do Centrão, que já pressionava o presidente por mais espaço na Esplanada dos Ministérios. Antes do presidente da República, servia a outro senhor: o ex-deputado Eduardo Cunha, que hoje está preso. Deputado de primeiro mandato, Carlos Marun é gaúcho, filiado ao PMDB, mas que fez carreira pelo Mato Grosso do Sul. Antes de chegar à Câmara Federal, foi vereador em Campo Grande, deputado estadual e secretário de Habitação e Cidades.
IMBASSAHY – O antecessor de Carlos Marun na Secretaria de Governo, Antônio Imbassahy, que agoniza no cargo, é justamente o oposto do novo ministro. Pensava politicamente as ações do Governo Temer, mas foi fritado pelo Centrão, sedento por poder. A saída de Imbassahy, ainda que não oficializada, diminui o feudo do PSDB na atual administração, reforçando a corrente do partido que quer independência de Temer para lançar candidato ao Planalto em 2018.
GAFE – O Palácio do Planalto postou “por engano” em seu perfil oficial no Twitter um aviso da posse do deputado Carlos Marun na Secretaria de Governo. A mensagem, publicada às 16h51, foi posteriormente apagada. A culpa não foi atribuída a um estagiário, mas a um funcionário terceirizado da agência de publicidade Isobar, que cuida das redes sociais do Planalto. Sei.
NOMEAÇÃO – Segundo interlocutores do presidente, a nomeação de Carlos Marun só acontecerá após a votação da Reforma da Previdência. O próprio deputado chegou a soltar nota à imprensa tentando despistar sua indicação. A questão é que Temer quer a continuidade de Imbassahy como ministro. Especula-se a ida dele para a pasta de Direitos Humanos, espaço tucano, no lugar de Luislinda Valois, aquela mesma que pediu para acumular o salário de ministra com o de desembargadora aposentada. (Da coluna do Blog do Magno)
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