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No Rio, musical coloca amor entre mulheres e MPB em cena

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Diretor do espetáculo, Sérgio Maggio destaca importância de discussão sobre gênero e sexualidade: ‘As caixinhas implodiram. O mundo é de muitos e variados’.

Fica em cartaz até dezembro no Rio o espetáculo ‘L, O Musical’, dirigido pelo dramaturgo e curador Sérgio Maggio. A peça conta a história de uma conhecida autora de novelas que comemora com as amigas o sucesso do primeiro folhetim a incluir um triângulo amoroso entre mulheres, até que uma reviravolta muda toda a história. A atriz e poetisa Elisa Lucinda e a cantora e atriz de formação Ellen Oléria interpretam as personagens principais da trama, cujo elenco inclui as atrizes Renata Celidônio, Gabriela Correa, Tainá Baldez e Luiza Guimarães.

Uma verdadeira homenagem às grandes cantoras e intérpretes da MPB, o musical traz canções de nomes como Ângela Ro Ro, Cássia Eller, Adriana Calcanhoto e Simone. O diretor também faz alusão à obra de Rainer Fassbinder, com ‘As Lágrimas Amargas de Petra Kant’. Ao começar o projeto, Maggio já tinha em mente a ideia de colocar em palco uma dupla de protagonistas negras. “Acreditava nessa escolha como política e decisiva para minha carreira. Atualmente, tenho dois musicais em circulação (‘L, O Musical’ e ‘Eu Vou Tirar Você Deste Lugar – As Canções de Odair José’), ambos estrelados por atrizes negras”, conta.

O espetáculo, que teve temporada em Brasília e deve seguir para São Paulo em janeiro de 2018, vem tendo boa recepção pelo público, segundo Maggio. “[A resposta dos espectadores] tem sido espetacular no sentido de atingirmos nosso objetivo maior com o público afetivo, a mulher lésbica”, diz.

Temos recebido inúmeros depoimentos de mulheres emocionadas, que se sentem acarinhadas e representadas no palco. Esse tem sido nosso maior prêmio”, afirma Sérgio Maggio.

O musical representa uma volta ao teatro para Ellen Oléria, que vinha se dedicando à carreira musical nos últimos 12 anos. “Estar no palco como atriz me tirou completamente da minha zona de conforto, me senti um tanto estrangeira”, diz ela. “Porém, o elenco é formidável e, junto com nossas preparadoras e preparadores físicos, e nossa coreógrafa, Ana Paula Bouzas, tive todo o suporte para ocupar esse espaço com leveza”.

Única atriz declaradamente lésbica no elenco, Ellen diz que este fato permitiu a ela contribuir em primeira pessoa à construção da peça. “Minha lesbianidade conduz e aprimora minhas vivências e encontros, inclusive dentro desse espetáculo. O valor disso foi poder contribuir com o processo a partir de um referencial em primeira pessoa, além de objeto de estudo. Contribui trazendo um universo muito particular, que não teria vazão fora do discurso oral”, explica.

“Não há mais como colocar questões de gênero sob o tapete”, diz diretor

O trabalho com o tema do amor romântico entre mulheres acompanha a carreira de Sérgio Maggio desde 2009, com a montagem de ‘O Cabaré das Donzelas Inocentes’. O autor considera “urgente” a inclusão do assunto nos palcos – opinião compartilhada por Ellen.

Não se fala muito a nosso respeito nas grandes mídias literárias, televisivas, radiodifusoras… e o mais comum é que uma carga altíssima de lesbofobia e misoginia acompanhem as nossas representações”, diz Ellen Oléria.

O musical inclui entre as personagens Simone, um homem transexual, interpretado por Gabriela Correa. A atriz admite ter sentido receio ao receber o papel, mas investiu em pesquisa sobre ativistas como João W. Nery e Lam Matos para dar corpo e voz a ele. “Senti uma espécie de medo em estar entrando num lugar de fala que não era meu. A questão da representatividade como força política é fundamental, e eu como atriz, entro em cena para contar uma história”, diz. “Não sabia por onde começar, então fui atrás de histórias, de narrativas de homens trans. Como sempre, eu gosto de pesquisar bastante sobre o tema da peça, de modo mais abrangente, e depois fui ficando mais específica com relação à transexualidade”, explica.

Gabriela destaca a música ‘Metade’ de Adriana Calcanhoto, como uma de suas preferidas no espetáculo. “É uma cena muito íntima, em que Simone abre o coração para o público sobre não conseguir se identificar com o corpo feminino, sobre sua raiva dos seios”, conta. A canção, que não estava no roteiro original da peça, acabou sendo incluída por descrever perfeitamente o sentimento do personagem.

Em tempos de polêmicas como o cancelamento da exposição ‘Queermuseu’, em Porto Alegre, e as críticas à performance do artista Wagner Schwartz, Maggio destaca a necessidade de pautar questões delicadas nas artes. “É urgente o teatro pôr no palco as questões que inquietam o mundo em momentos delicados como este em que vivemos. Estamos numa transição de mundos, passando para uma outra zona de direitos e de entendimentos, nesse momento perigoso, forças conservadoras se debatem porque sentem que o tempo escoou. Não há mais como colocar questões de gênero sob o tapete. As caixinhas implodiram. O mundo é de muitos e de variados. O teatro tem o papel de assentar esse furacão e apontar caminhos”, diz.

Serviço

‘L, O Musical’

Local: Centro Cultural Banco do Brasil – Rua Primeiro de Março, 66 – Centro, Rio de Janeiro

Data: de quarta-feira a domingo, das 19h30 às 22h30, até 17 de dezembro de 2017

Ingresso: R$ 20 (meia-entrada por R$ 10)

Mais informações no site do CCBB

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Programa Ponto a Ponto(03Abr24)

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Acompanhe o Programa Ponto a Ponto com o Jornalista Silva Lima, desta Quarta-feira, 03 de Abril de 2024.

 

           

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Haddad diz que MP do hedge cambial vai abarcar três propostas para destravar crédito no Brasil

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira, 27, que a medida provisória do novo hedge cambial vai abarcar três propostas para destravar o mercado de crédito no Brasil. A expectativa é de que as medidas seja anunciadas na semana que vem.

De acordo com Haddad, a primeira medida propõe a criação de um mercado secundário de recebíveis imobiliários no País. “O banco financia uma casa e ele pode pegar os títulos de recebíveis dessa casa financiada e que tem imóvel como garantia e repassar para liberar seu balanço para novo financiamento. Este tipo de mecanismo, que é comum em todo mundo, é raro no Brasil, isso vai alavancar muito a construção civil”, explicou o ministro.

A segunda proposta, de acordo com Haddad, prevê a renegociação de dívidas dos beneficiários pelo Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), o programa de socorro a empreendedores e companhias de pequeno porte.

“Foi um programa bem sucedido, mas tinha uma trava de negociação inaceitável. Então hoje tem muita gente inadimplente que não consegue renegociar suas dívidas. E penso que é um defeito do Pronampe que precisa ser corrigido pelo atual governo”, disse Haddad.

A última medida mencionada pelo ministro diz respeito à criação de uma linha de microcrédito para pessoas que recebem Bolsa Família, mas querem empreender e se emancipar do programa de transferência de renda.

Fonte:ESTADAO CONTEUDO

 

           

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Israel mata dezenas em ataques em Gaza e cerca dois hospitais

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As Forças Armadas israelenses mataram dezenas de pessoas em novos ataques em Gaza, disseram médicos palestinos nesta segunda-feira (25). Suas forças mantiveram o bloqueio de dois hospitais onde, segundo os militares, estão escondidos militantes do Hamas.

Enquanto Israel prosseguia com sua ofensiva, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, disse que há crescente consenso internacional em torno da necessidade de um cessar-fogo e que um ataque a Rafah causaria desastre humanitário.

Rafah, o último refúgio para mais de 1 milhão de palestinos na fronteira sul da Faixa de Gaza com o Egito, está entre as cidades que foram atacadas.

Médicos palestinos disseram que 30 pessoas foram mortas nas últimas 24 horas em Rafah, cuja população foi aumentada por palestinos deslocados que fugiram dos combates em outras partes de Gaza após mais de cinco meses de guerra.

“A cada bombardeio que ocorre em Rafah, tememos que os tanques cheguem. As últimas 24 horas foram um dos piores dias desde que nos mudamos para Rafah”, disse Abu Khaled, pai de sete filhos, que não quis dar seu nome completo por medo de represálias.

“Em Rafah, vivemos com medo, passamos fome, estamos sem teto e nosso futuro é desconhecido. Sem um cessar-fogo à vista, podemos acabar mortos ou deslocados para outro lugar, talvez para o norte ou para o sul (para o Egito)”, afirmou ele à Reuters por meio de um aplicativo de bate-papo.

Dezenas de palestinos participaram de manifestações e compareceram a funerais no início desta segunda-feira, depois que um ataque aéreo israelense matou 18 palestinos em uma casa em Deir Al-Balah, no centro de Gaza, informaram médicos palestinos e testemunhas.

As forças israelenses também sitiaram os hospitais Al-Amal e Nasser na cidade de Khan Younis, no sul do país, uma semana depois de entrarem no hospital Al Shifa, na Cidade de Gaza, o principal hospital da Faixa.

Israel alega que os hospitais de Gaza são usados pelo grupo militante palestino Hamas como bases, e divulgou vídeos e fotos que comprovam essa afirmação. O Hamas e a equipe médica negam a alegação e não disseram se algum combatente estava entre os mortos nos últimos ataques.

Os militares israelenses disseram ainda, em comunicado, que suas forças estavam “continuando a conduzir atividades operacionais precisas na área do hospital Shifa, evitando danos a civis, pacientes, equipes médicas e equipamentos médicos”.

O governo afirmou que suas forças detiveram 500 pessoas afiliadas ao Hamas e à aliada Jihad Islâmica e localizaram armas na região. O Ministério da Saúde de Gaza, administrado pelo Hamas, disse que centenas de pacientes e funcionários médicos foram detidos em Al Shifa.

As Forças Armadas de Israel também disseram que suas forças continuavam “atacando com precisão a infraestrutura terrorista em Al-Amal” e que “20 terroristas foram eliminados na área de Al Amal no último dia em combates a curta distância e ataques aéreos”.

A Reuters não conseguiu acessar as áreas hospitalares de Gaza e verificar os relatos de ambos os lados.

Fonte:Agência Brasil

 

 

           

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