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Especialista da Dasa atribui a campanha a inclusão do homem no sistema de saúde.
A campanha de conscientização para prevenção e diagnóstico precoce do câncer de próstata, o Novembro Azul, já faz parte do calendário brasileiro há alguns anos. E apesar de se tratar de um movimento cada vez mais conhecido, sua importância cresce à medida que os números relacionados a doença chegam a público: de acordo com a última estimativa do Instituto Nacional de Câncer (INCA) em 2017 eram esperados o surgimento de 61 mil casos novos, representando o segundo tipo de câncer que mais mata homens no país.
“A importância do Novembro Azul talvez seja até maior que a do Outubro Rosa, porque a mulher já está acostumada a ir ao ginecologista ao menos uma vez por ano, e o médico além de realizar o exame preventivo, acaba avaliando outras condições de saúde da paciente. Os homens, por outro lado, não têm esse hábito”, aponta Emerson Gasparetto, vice-presidente da área médica da Dasa.
Gasparetto enxerga na campanha uma força maior do que a busca pela prevenção do câncer de próstata. Graças ao Novembro Azul, mais homens estão tomando consciência da necessidade do cuidado com a própria saúde e quebrando preconceitos, como os mitos que envolvem o popular “exame de toque”.
“Durante muitos anos a única forma que se tinha de detectar o câncer de próstata era o toque retal, que hoje é chamado de exame digital retal – para mostrar que é um exame, com indicação e comprovação científica”, explica Leonardo Kayat, radiologista da Dasa, ressaltando que o exame não pode ser uma barreira ao diagnóstico.
Para o diagnóstico, o especialista destaca os exames baseados em testes do PSA do sangue, como prática bem estabelecida, e a ressonância magnética multiparamétrica da próstata, que vem sendo aprimorada de maneira intensa nos últimos cinco anos com resultados impressionantes na literatura especializada, o que tem validado e determinado de forma cada vez mais contundente seu valor na detecção da doença.
“A ressonância tem sido cada vez mais efetiva, principalmente antes da primeira biopsia, feita para localizar eventuais lesões e validar o risco de o paciente ter câncer de próstata ou não. Ele serve também para guiar uma biopsia de próstata para que ela não seja feita de forma aleatória e invasiva”, contextualiza Kayat.
Mesmo não existindo nenhuma recomendação formal da Sociedade Brasileira de Urologia, evidências sobre esse tipo específico de ressonância têm ganhado força. Na Inglaterra, cujo sistema de saúde é essencialmente público, está solidificado o conceito de que nenhum paciente faz biopsia de próstata antes de uma ressonância que recomende o procedimento.
Para o radiologista da Dasa, além de apresentar ao homem opções, é importante desmitificar o câncer de próstata como uma doença rara. Em torno de 13% da população masculina vai receber o diagnóstico em algum momento da vida. E quanto antes for feito o diagnóstico, maiores as chances de superar a doença.
“O diagnóstico precoce é uma sentença de vida. Com ele as chances de cura e resolução do problema, quando é detectado em estágio precoce, são superiores a 95%”, aponta Kayat, citando a existência de casos onde é recomendável acompanhar um tumor inicial sem tratar.
“O tratamento dos tumores de risco baixo, médio e intermediário geralmente é baseado em cirurgia, radioterapia, ou uma combinação dos dois. Porém existe uma classe de muito baixo risco, que em algumas situações permite o acompanhamento através de protocolos de ‘vigilância ativa’, pois nestes casos alguns autores sustentam que o tratamento pode trazer mais efeitos colaterais do que benefícios para o paciente”.
De acordo com as diretrizes para o Brasil da Sociedade Brasileira de Urologia, o rastreio do câncer de próstata deve ser feito anualmente entre 45 e 50 anos em consulta médica com profissional habilitado – em geral um urologista. A consulta, além do exame digital retal, deve incluir a história do paciente e um exame físico completo.
“Se o paciente tiver alguma objeção formal sobre o exame de toque retal ele pode expressar isso e o médico terá outras formas de pesquisar o câncer de próstata. Novembro Azul não é toque retal, é inclusão do homem no sistema de saúde. É um conceito mais amplo”, finaliza Gasparetto.
POR DASA
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