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Educação

Preconceito e modernização indígena: veja como foi a prova do vestibular da Unicamp

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Candidatos do inédito vestibular realizado pela Universidade de Campinas tiveram cinco horas para responder 50 questões alternativas e escrever uma redação na fase única realizada neste domingo (2).

Assim como o prometido, a prova do primeiro vestibular para indígenas da Unicamp, aplicada neste domingo (2), levou em consideração o cotidiano e experiências dos candidatos, com enunciados curtos e diretos. Foram abordados temas como preconceito e modernização dos povos índigenas. [veja algumas das questões abaixo]

Em uma das questões, a Unicamp contrapõe a informação de que projetos de lei no Congresso Nacional pretendem endurecer as regras contra as invasões de terra com a imagem de uma indígena que questiona quando os territórios de seus povos serão desocupados.

As mudanças dos hábitos alimentares de indígenas, influenciados após o contato com a população em geral, também estão presentes em duas questões.

Diferentemente do processo seletivo tradicional, dividido em duas fase, os candidatos tiveram cinco horas para responder 50 questões alternativas e escrever uma redação de uma fase única. O teste agradou aos candidatos.

“A prova serviu para mostrar que mesmo em áreas distantes das metrópoles existem jovens que procuram ingressar uma universidade. A Unicamp está proporcionando a oportunidade pra gente construir um novo caminho, uma profissão”, destacou a candidata Daniela Patrícia Villegas Barbosa.

Candidatos ao vestibular indígena da Unicamp esperam prova começar em São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas — Foto: Cássio Ribeiro/EPTV

Candidatos ao vestibular indígena da Unicamp esperam prova começar em São Gabriel da Cachoeira, no Amazonas — Foto: Cássio Ribeiro/EPTV

Redação

Em relação a redação, a prova apresentou duas propostas, uma de texto argumentativo, no qual o candidato deveria criar um texto expressando sua opinião, e outra de narrativa, onde o aluno tinha à disposição de dois irmãos visitando uma aldeia indígena e eles deveriam completá-la. Confira os enunciados:

Texto argumentativo

  • “Imagine a seguinte situação: um jornal de grande circulação no Estado em que você mora publicou uma matéria com o título “Índios estão perdendo suas culturas: eles agora preferem ver televisão, usar celular e navegar na Internet!”.

Após ler a matéria, você decidiu escrever um texto expressando sua opinião sobre o assunto, para ser publicado nesse mesmo jornal.

Narrativa

  • “Flávio e Roberto são dois irmãos, nascidos e criados em Goiás. Flávio fez faculdade em Goiânia e voltou para sua cidade, onde dá aulas de História no Ensino Médio. Roberto seguiu a vocação do pai e se dedicou à lavoura, tornando-se um produtor de soja no cerrado.
  • Os dois irmãos sempre gostaram de pescar e todo ano tiram férias para uma viagem de pescaria. No ano passado decidiram fazer sua pescaria anual em um rio do Estado de Mato Grosso. Bem equipados, partiram em uma camionete. Depois de centenas de quilômetros, chegaram ao local escolhido. Montaram acampamento na beira do rio e dormiram, exaustos, a primeira noite.
  • No manhã seguinte, encontraram um outro pescador acampado perto do rio. Conversando com ele ficaram sabendo que estavam acampados na divisa de uma área indígena. O homem disse a eles que, atravessando o rio, com mais dois quilômetros de caminhada chegariam a uma aldeia. Cheios de curiosidade, os dois irmãos decidiram que, no dia seguinte, iriam conhecer a aldeia.”

Continue essa história, relatando a visita dos irmãos à aldeia indígena, a recepção e as conversas que tiveram lá e suas descobertas.

Confira questões da prova

Questões do primeiro vestibular da Unicamp para indígenas, realizado neste domingo (2) — Foto: Comvest/Divulgação

Questões do primeiro vestibular da Unicamp para indígenas, realizado neste domingo (2) — Foto: Comvest/Divulgação

Questões do 1º vestibular indígena da Unicamp, realizado neste domingo (2) em cinco cidades do Brasil — Foto: Comvest/Divulgação

Questões do 1º vestibular indígena da Unicamp, realizado neste domingo (2) em cinco cidades do Brasil — Foto: Comvest/Divulgação

Vestibular indígena da Unicamp teve 50 questões e será disputado em fase única — Foto: Comvest/Divulgação

Vestibular indígena da Unicamp teve 50 questões e será disputado em fase única — Foto: Comvest/Divulgação

Segundo a Unicamp, serão desclassificados os candidatos que não acertarem, no mínimo, dez questões de múltipla escolha e não obtiverem, no mínimo, 5 dos 25 pontos de Redação — Foto: Comvest/Divulgação
Segundo a Unicamp, serão desclassificados os candidatos que não acertarem, no mínimo, dez questões de múltipla escolha e não obtiverem, no mínimo, 5 dos 25 pontos de Redação — Foto: Comvest/Divulgação
Por Fernando Evans, G1 Campinas e região

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Educação

Escolas de SP terão ‘fluencímetro’, com IA, para avaliar leitura dos alunos

Escolas de SP terão ‘fluencímetro’, com IA, para avaliar leitura dos alunosDe acordo com Feder, as ferramentas tecnológicas estão inseridas nas ações para a meta do governo paulista de alfabetizar 90% dos estudantes do 2º ano até 2026.

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O Governo de São Paulo vai implementar uma ferramenta de inteligência artificial para avaliar a fluência de leitura de alunos do 2º ao 5º ano do ensino fundamental.

A ferramenta foi batizada de “fluencímetro” pela gestão Tarcísio de Freitas (Republicanos), que fará nesta quarta-feira (24) o anúncio da iniciativa, durante a participação do secretário da Educação, Renato Feder no evento Bett Brasil, em São Paulo, sobre tecnologia e ensino.

Com o “fluencímetro”, o aluno lê um texto, e esse áudio é gravado e analisado pela inteligência artificial. De forma instantânea, o professor recebe a comparação entre o texto original e o que o aluno, de fato, leu. A leitura é classificada, então, considerando também a fluência e o tempo, entre os níveis “abaixo do básico”, “básico”, “adequado” e “avançado”.

O professor, além desse conceito de cada aluno, recebe a comparação dos resultados de toda a turma e a evolução da criança ao longo dos testes. Segundo a pasta primeiras avaliações serão aplicadas nesta semana para alunos do 4º e 5º ano e na próxima para o 2º e 3º ano.

O recurso será oferecido pela plataforma Elefante Letrado, que já está sendo utilizada nas escolas estaduais em um programa de leitura dos anos iniciais do ensino fundamental. O edital de licitação tem uma previsão de gasto do governo de R$ 17,28 milhões, sendo que, dentro desse montante, especificamente para o “fluencímetro”, o valor já pago foi de R$ 6 milhões.

Escolas municipais também poderão utilizar a ferramenta se fizerem uma adesão ao programa.

A plataforma, de acordo com a secretaria, está disponível para 560 mil estudantes matriculados do 1º ao 5º ano do fundamental, nas 1.389 escolas da rede paulista.

De acordo com a Secretaria de Educação, o teste de fluência leitora era feito apenas para alunos do 2º ano, com a utilização da plataforma CAEd (Centro de Políticas Públicas e Avaliação da Educação), implementada na rede pública paulista com o apoio da Fundação Lemann, da Associação Bem Comum e da Natura.

De acordo com Feder, as ferramentas tecnológicas estão inseridas nas ações para a meta do governo paulista de alfabetizar 90% dos estudantes do 2º ano até 2026.

Atualmente, apenas 40,62% das crianças de escolas públicas de São Paulo chegam ao final do 2º ano, alfabetizadas, segundo o Saeb (Sistema de Avaliação da Educação Básica), a principal avaliação do país. Essa idade, por volta dos sete anos, é a considerada ideal para a alfabetização, e o atraso prejudica toda a trajetória escolar da criança.

Segundo Feder, no entanto, os testes de leitura com o 2º ano já feitos, antes do “fluencímetro”, apontam que 64% dos alunos nessa idade já são leitores fluentes. Agora, ele diz, é preciso garantir esse patamar também para as outras séries.

O avanço do uso da tecnologia e, em especial, da inteligência artificial, pela gestão Tarcísio de Freitas nas escolas estaduais vem sendo alvo de uma série de polêmicas. Na semana passada, o Ministério Público de São Paulo cobrou explicação ao governo sobre o uso da ferramenta ChatGPT, como foi revelado pela Folha de S.Paulo, na produção de aulas digitais que serão distribuídas nas escolas estaduais.

No ano passado, o plano da Secretaria de Educação paulista, que a Folha de S.Paulo também revelou, de substituir os livros didáticos impressos por conteúdo 100% digital foi o maior desgaste do governo Tarcísio na área de educação. Após a forte reação negativa, o governo teve de recuar da decisão.

As escolas estaduais paulistas também já usam a inteligência artificial para corrigir redações.

Feder, que foi empresário da área de tecnologia, defende que as ferramentas tecnológicas devem servir de apoio na educação, como aliadas dos professores, e que não se pode ter preconceito com elas.

Foto Shutterstock

Por Folhapress

           

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Educação

Pé-de-Meia terá 1,2 milhão de estudantes a mais

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Medida Provisória que cria o Acredita permite a inclusão de adolescentes integrantes do Cadastro Único no programa que incentiva a permanência de estudantes no Ensino Médio

Além de reestruturar parte do mercado de crédito no Brasil, a Medida Provisória que cria o programa Acredita amplia o público atendido pelo Pé-de-Meia. A partir da MP, o programa do Ministério da Educação que incentiva a permanência de estudantes no ensino médio vai passar a incluir adolescentes de famílias inscritas no Cadastro Único de programas sociais do Governo Federal. Anteriormente, a participação estava restrita a integrantes de famílias beneficiárias do Bolsa Família.

“Nessa Medida Provisória está incluído um aumento de pessoas no Pé-de-Meia. Quando anunciamos o Pé-de-Meia, a linha de corte era o Cadastro do Bolsa Família e ficou de fora o cadastro do CadÚnico. Agora, resolvemos aumentar e colocar a linha de corte no CadÚnico. Vão entrar mais 1,2 milhão de meninos e meninas no Pé-de-Meia”, afirmou o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, durante a cerimônia de lançamento do Acredita.

Segundo informações do Ministério da Fazenda, a ampliação foi viável com mais R$ 6 bilhões do Fundo de Garantia de Operações de Crédito Educativo (FGEDUC) no Fundo de Financiamento Estudantil (FIPEM). A movimentação de recursos não gera impacto primário, pois o montante já estava alocado no FGEDUC, e a lei que instituiu o Pé de Meia já autorizava transferências do FGEDUC para o programa, assim como a elegibilidade do benefício para inscritos no CadÚnico (priorizando o início pelos inscritos no Bolsa Família).

A ação representa, portanto, uma redistribuição estratégica para fortalecer o programa e ampliar o acesso à educação para um número maior de jovens. “É uma autorização para o valor envolvido. Está dada a autorização para que o programa seja expandido até o CadÚnico e não fique restrito a Bolsa Família”, confirmou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em coletiva de imprensa após o evento no Palácio do Planalto.

VALORES – O Pé-de-Meia prevê o pagamento de uma bolsa matrícula, no valor de R$ 200, e mais nove depósitos mensais por ano, também de R$ 200, que podem ser sacados em qualquer momento. A esse valor é acrescentado depósitos de R$ 1.000 ao fim de cada ciclo concluído, que o estudante só pode retirar da poupança após se formar no ensino médio. Considerando as dez parcelas mensais, os depósitos anuais e, ainda, o adicional de R$ 200 pela participação no Enem, o total chega a R$ 9.200 por aluno que percorre os três anos do Ensino Médio.

REQUISITOS – O recebimento do valor está condicionado ao cumprimento de requisitos como matrícula, frequência escolar mínima de 80%, aprovação nos anos letivos e participação no Enem no último ano letivo do ensino médio público.

Fonte: Nill Junior

 

 

           

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Educação

Pedidos de isenção da taxa do Enem podem ser feitos até sexta-feira

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Termina na próxima sexta-feira (26) o prazo para pedir a isenção de pagamento da taxa de inscrição para a realização do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Os pedidos devem ser feitos pela Página do Participante, com o login único do Gov.br.

Têm direito a fazer o Enem de graça os alunos matriculados no 3º ano  do ensino médio em 2024, em escola pública, e quem fez todo o ensino médio em escola pública ou como bolsista integral em escola privada. Também podem ser beneficiados participantes do programa Pé-de-Meia, do Ministério da Educação, e alunos de famílias de baixa renda – com registro no Cadastro Único para programas sociais do governo federal (CadÚnico).

O estudante que teve isenção no Enem 2023, mas não compareceu aos dois dias do exame, e quer participar da edição de 2024 gratuitamente precisa justificar a ausência. O prazo para a justificativa também encerra em 26 de abril.

O Enem é a principal porta de entrada para a educação superior no Brasil, por meio do Sistema de Seleção Unificada (Sisu) e do Programa Universidade para Todos (Prouni). Os resultados do Exame são utilizados como critério único ou complementar dos processos seletivos, além de servirem de parâmetro para acesso a auxílios governamentais, como o proporcionado pelo Fundo de Financiamento Estudantil (Fies).

Fonte: JC

 

 

           

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