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Projeto celebra centenário do Maracatu Rural mais antigo do Brasil

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“Não deixem o brinquedo morrer”. Esse foi o pedido que João Padre, presidente e guardião do Maracatu Cambinda Brasileira durante 50 anos, fez aos filhos João Estevão e José Estevão antes de morrer. Seu pedido ainda ecoa no maracatu, que no dia 05 de janeiro de 2018 chega aos 100 anos. Com objetivo de contribuir para a manutenção dos saberes, projeto resgata em série de fotos e textos, através de relatos dos maracatuzeiros e bastidores do brinquedo, a memória do maracatu de baque solto em Pernambuco.

Unindo a tradição e a modernidade, o Cambinda é o mais antigo maracatu de baque solto em atividade ininterrupta no Brasil. E para celebrar e contribuir com o registro da memória do Cambinda e desta história da cultura popular pernambucana, o projeto Não deixem o brinquedo morrer: Memórias dos 100 anos do Cambinda Brasileira, encabeçado pela jornalista e pesquisadora Adriana Guarda e pelo fotógrafo Heudes Regis, apresenta um estudo sobre o processo de transmissão da herança cultural dentro do maracatu. O resultado disso é uma série de textos, relatos, entrevistas, ensaios fotográfico e vídeos, que ganham forma no acervo digital Não deixem o brinquedo morrer (https://goo.gl/E1FHyR), revelando, semanalmente, um novo capítulo dessa trajetória. Uma revistacondensando os principais questionamentos sobre como se dá manutenção da cultura popular na Mata Norte pernambucana, com artigos e séries fotográficas, além de palestras gratuitas sobre o tema, levam ainda, os saberes da resistência e reinvenção da cultura pernambucana para alunos da rede pública de ensino do Estado.
 
Da ideia de apresentar uma cobertura que não se pautasse apenas pelo Carnaval, abordando os bastidores do baque solto e “como funciona essa máquina de fazer maracatu desfilar”, o projeto, iniciado em 2015, conta com financiamento do Fundo Pernambucano de Incentivo à Cultura (Funcultura) e aborda temáticas como a religiosidade do maracatu de baque solto, a organização socioeconômica da agremiação, o processo de reconhecimento do baque solto como Patrimônio Cultural Imaterial do Brasil pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), as mudanças enfrentadas pelo brinquedo ao longo das décadas para se manter em atividade e a história de personagens chaves desse processo, antes de tudo, de resistência. 

Para marcar o centenário, o projeto Não deixem o brinquedo morrer culminará com o lançamento de uma revista, concentrando o resultado das entrevistas e fotos, que será distribuída em 194 escolas municipais e estaduais da Região Metropolitana do Recife e Zona da Mata Norte do Estado, incluindo as seis instituições estaduais e 14 municipais que compõem a rede de ensino público do município de Nazaré da Mata, cidade sede dos Maracatus de Baque Solto. O resultado da pesquisa será apresentado ainda na sede do Maracatu Cambinda Brasileira, em evento de lançamento com projeção de fotos e roda de debate sobre as temáticas abordadas durante as entrevistas que formam o projeto. Alunos do Campus Mata Norte da Universidade de Pernambuco (UPE) e alunos e professores das redes municipal de estadual de Recife e Nazaré da Mata terão ainda a oportunidade de imergir na história e no processo de manutenção do brinquedo em uma série de palestras gratuitas.


Segundo Adriana Guarda, o projeto nasceu do desejo que imergir nos bastidores da brincadeira, repleta de segredos e mistérios preservados apenas pela tradição da oralidade, por quem faz viva a brincadeira em seu cotidiano. “A gente já tinha ido fazer coberturas jornalísticas dos encontros de maracatus em dois anos, e ficamos afim de descobrir os bastidores da festa e saber como funcionava o maracatu no dia a dia, o que as pessoas não veem nas apresentações”, revela. Nas imagens, Heudes Regis traz à tona cenas pouco conhecidas dos bastidores do Cambinda, como a correria e o nervosismo dos brincantes momentos antes de sair para uma apresentação, o preparo das indumentárias, o funcionamento da cozinha e dos dormitórios no período de Carnaval – quando os maracatuzeiros entram em resguardo, e homens e mulheres não podem dormir juntos -, o preparo do rei para brilhar e comandar o maracatu nas ruas.
 
“Nossa proposta é mostrar como funcionam os bastidores do maracatu, através dessas curiosidades periféricas. Imagina como é a cena dos maracatuzeiros pegando o ônibus para ir do engenho para a cidade brincar o Carnaval? É pegar esses momentos do cotidiano e mostrar o maracatu por quem faz o maracatu”, explica Regis. “O objetivo é trazer um pouco dessas memórias e explicar como se deu a transmissão dos saberes até agora. Tentar entender quais são mecanismos utilizados pelos maracatuzeiros para fazer com que o Cambinda Brasileira permaneça nas ruas. As grandes perguntas são: Como eles resistiram cem anos e, daqui prafrente, qual é o plano para existir mais cem?”, completa Adriana. 
 
Nesse processo, a partir dos relatos de mestres de apito, caboclos, arreiamar, guias e os mais diversos folgazões do Cambinda Brasileira, são abordados questionamentos sobre políticas públicas para a manutenção do folguedo. Não deixem o brinquedo morrer aborda ainda quais as mudanças que ocorreram no maracatu ao longo das décadas para que ele se mantivesse em atividade ininterrupta. “Nesse contexto, é preciso se questionar sobre a invenção das tradições. Para manter a tradição, o brinquedo tem que ficar imutável?”. A história mostra que não. O baque solto se revela uma máquina de reinvenção a cada sambada e desfile.

Projeto Não deixem o brinquedo morrer: Memórias dos 100 anos do Cambinda Brasileira

Confira alguns vídeos do projeto:

Não deixem o brinquedo morrer 01# – Os herdeiros do Cambinda

[youtube url=”https://www.youtube.com/watch?v=JldHmVEd2cM” width=”560″ height=”315″]
Não deixem o brinquedo morrer 02# – Mestre Anderson Miguel
[youtube url=”https://www.youtube.com/watch?v=Neyyvw59_ik” width=”560″ height=”315″]
Crédito das fotos: Heudes Regis/Divulgação
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Prefeitura de Parnamirim realiza depósito do salário dos servidores referente ao mês de março

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A Prefeitura de Parnamirim realizou o pagamento do salário do mês de março dos servidores efetivos e comissionados de todas as secretarias, além dos contratados da educação.

São mais de 2,4 milhões injetados na economia do município.

           

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Prefeitura de Parnamirim realizará dia D de Vacinação contra Influenza no sábado 13 de abril

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A adesão ainda está baixa! A Prefeitura alerta para a importância de atualizar a caderneta vacinal e participar de todas as campanhas preventivas do município.

A vacinação é a forma mais eficaz de prevenir a gripe e proteger as pessoas com maior risco de desenvolver complicações. A vacina é segura, evita casos graves e óbitos por gripe.

Acompanhe os grupos:
Trabalhador da saúde;
Criança de 06 meses a menores de 6 anos – 5 anos, 11 meses e 29 dias;
Gestantes;
Puérperas;
Professores do ensino básico e superior;
Idosos com 60 anos ou mais;
Pessoas em situação de rua;
Profissionais das forças de segurança e salvamento;
Profissionais das Forças Armadas;
Pessoas com doenças crônicas não transmissíveis e outras condições clínicas especiais independentemente da idade. 

Por Andrezza Barros

           

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Vereadores de oposição lutam por água em Triunfo

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Os vereadores da bancada de oposição em Triunfo, Béa e Zé Carlos, estiveram na sede da Compesa em Recife para reivindicar melhorias no sistema de abastecimento de água do município.

De acordo com os parlamentares, a diretoria da Companhia ficou de analisar as demandas e buscar soluções, não apenas para o abastecimento, mas também para manutenção da Barragem do Brejinho, que apresenta diversos problemas.

Béa e Zé Carlos aderiram recentemente ao grupo do pré-candidato a prefeito Dr. Eduardo Melo, fortalecendo o bloco de oposição.

Da Assessoria

           

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