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Mais um duelo Dilma x Cunha

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Marcada para ocorrer hoje, a disputa pela liderança do PDMB na Câmara dos Deputados tem como principal pano de fundo o controle das indicações para a Comissão Especial do impeachment da presidente Dilma Rousseff e dos colegiados permanentes da Câmara. Além disso, reflete uma briga vista durante todo o ano de 2015, quando o Palácio do Planalto e o presidente da casa, Eduardo Cunha (PMDB/RJ), trocaram farpas e indiretas por meio da imprensa e nos bastidores.

Participam da eleição o atual líder, Leonardo Picciani (PMDB/RJ), e o deputado Hugo Motta (PMDB/PB). Picciani tem o apoio velado do Palácio do Planalto. Na avaliação de deputados que observam a disputa, ganha contornos de ineditismo o protagonismo do Governo na disputa. Mesmo negando que tentam interferir no resultado e que a escolha é uma decisão interna da bancada peemedebista, palacianos atuam para liberar verbas e também para preencher cargos de segundo e terceiro escalões com nomes indicados por deputados do PMDB.

Já Motta, foi lançado por Cunha na tentativa de conseguir votos nos diferentes grupos e de vencer a eleição. A disputa atual, além da própria governabilidade, tem outros contornos, que ajudam a explicar o interesse do Governo em ver Picciani reeleito. Um deles é de curto prazo: a formação da Comissão Especial do impeachment.

No ano passado, o peemedebista fluminense indicou nomes considerados mais moderados. Alguns até com ligação com o Governo Federal. Mas deixou de fora deputados da ala dissidente do partido. Isso motivou a formação de uma chapa alternativa, com parlamentares do PMDB e da oposição, que acabou levando a melhor.

Pelo tamanho da bancada, os outros partidos costumam seguir as decisões do PMDB. No entanto, no caso do impeachment, haverá o cuidado para contemplar as diferentes alas do partido, para evitar uma nova derrota, a exemplo de dezembro passado. Nos bastidores, deputados avaliam que a disputa ganhou contornos pessoais. Um dos comentários recorrentes entre líderes de outras legendas é que Eduardo Cunha trata a eleição para a liderança como se ele próprio estivesse concorrendo.

Liga para membros da bancada, pede votos para Hugo Motta e tenta tirar apoiadores de Picciani. “Virou uma queda de braço entre o Governo e o Cunha”, disse outro líder, também sob anonimato. “É jogo brutal, jogo total [para vencer a disputa]. A dominação do PMDB para Dilma é imprescindível”, acrescentou o parlamentar. Por isso, segundo ele, o Governo tem acelerado a liberação de emendas orçamentárias e de cargos para agradar deputados que até então estavam insatisfeitos com o Planalto.

Nas eleições de 2014, o PMDB elegeu 66 deputados. Mas estima-se que, por conta de mudanças de partidos, o número de votantes chegue a 70. Até o ministro da Saúde, Marcelo Castro, cogita deixar o cargo por um dia para votar em Picciani. A ideia não agrada à cúpula do PMDB, em especial ao vice-presidente Michel Temer. Há a preocupação do efeito negativo da saída de Castro para assumir o mandato bem no meio de uma crise de saúde que o Brasil enfrenta, com a epidemia de zika vírus e o aumento dos casos de microcefalia. O Governo ganhou um fôlego quando o STF decidiu suspender a eleição da comissão especial e determinou um novo rito para a escolha dos membros. Para a maioria dos ministros da corte, a escolha deve ocorrer por voto aberto e sem a disputa de chapas. Ou seja, na prática, os deputados votarão para chancelar ou não as escolhas dos líderes. Cunha recorreu da decisão e adiantou que só retomará o processo quando a corte se pronunciar.

O andamento do impeachment é apenas uma das questões que aumentam o interesse pela disputa da liderança do PMDB. Pesam também a formação das comissões permanentes e a própria postura do partido nas votações em plenário. Um deputado mais alinhado com o grupo dissidente não assumiria o compromisso de defender as propostas do Governo e de indicar parlamentares de confiança para os principais colegiados. Em um cenário de base aliada dividida, cada voto conta.

MEA CULPA– Na conversa de ontem com líderes da base aliada no Palácio do Planalto, a presidente Dilma fez um relato detalhado da situação econômica e política do País. Ela falou da preocupação com a crise financeira internacional, citando até a China, mas reconheceu que no Brasil a crise política prolongada, inclusive com a Operação Lava Jato, piorou o cenário interno. A presidente admitiu, mais uma vez, que o seu erro foi “não ter percebido essa crise antes”. “Meu erro foi não ter percebido essa crise antes e não ter mudado a política de incentivo fiscal”, disse Dilma.

(Coluna do Magno Martins desta 4ª feira (17))

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Justiça Eleitoral determina que Marcones deixe de veicular fake news contra Fabinho

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O prefeito de Salgueiro, Marcones Sá, recebeu determinação do juiz eleitoral da 75a Zona Eleitoral do município, Jandercleison Pinheiro Jucá, para não disseminar fake news contra Fabinho Lisandro, candidato ao cargo de prefeito pelo PRD. O processo se refere especificamente à tentativa de Marcones de vincular Fabinho ao ex-presidente Jair Bolsonaro, levando em conta à polarização nas últimas eleições presidenciais.

No seu primeiro guia, Marcones inseriu uma mensagem tentando fazer o eleitorado salgueirense acreditar que Fabinho é o candidato de Bolsonaro. Destacando que é vedada a veiculação de conteúdo falso no guia, o juiz determinou que o prefeito exclua o áudio divulgado na propaganda eleitoral gratuita e não faça qualquer vinculação de Fabinho a Bolsonaro durante a campanha.

O descumprimento da decisão judicial acarretará pena de multa no valor de R$ 5 mil por cada ato divulgado, sem prejuízo de responsabilização penal. Jandercleison ainda adverte que a atitude de Marcones pode configurar abuso de poder político e uso indevido dos meios de comunicação social.

           

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Governo volta a acionar bandeira vermelha e conta de energia fica mais cara

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A Agência Nacional de Energia Elétrica divulgou nesta sexta-feira a bandeira tarifária vermelha para o mês de setembro.

Isso significa que haverá cobrança adicional na conta de luz, deixando o preço da energia elétrica mais caro para famílias e empresas.

Com a seca na região Norte do país, usinas hidrelétricas importantes estão gerando menos energia.

Nos horários de pico de consumo e baixa geração de energia renovável, no início da noite, é necessário acionar usinas termelétricas – que são mais caras.

Por G1

           

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Salgueiro: No primeiro guia eleitoral, Fabinho divulga carta aberta à população

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Durante a divulgação do primeiro guia eleitoral no rádio, nesta sexta-feira (30), Fabinho Lisandro (PRD), candidato a prefeito de Salgueiro pela coligação “Todos Unidos por Salgueiro”, divulgou uma carta aberta à população. O texto é um manifesto das pretensões do candidato para com o município e seus anseios.

Nele, Fabinho expressa sua vontade de ser prefeito para tirar Salgueiro do atraso e ver o município se desenvolver. Diz que é contra brigas, expõe desejos dos jovens, afirma que consolidar a Univasf será uma de suas prioridades e comenta sobre os problemas da cidade, que tem ouvido em suas visitas porta a porta.

Leia na íntegra abaixo:

Carta aberta para a população de Salgueiro

Estou feliz em ser candidato a prefeito de Salgueiro. Minha mãe conta que, desde a infância eu gostava de estar na rua, conversava muito e ouvia atentamente as estórias da cidade. E são muitas!

Eu cresci e estudei, me preparei, trabalhei para fazer o melhor para a minha cidade. Mas eu queria poder fazer mais. Fui candidato a deputado estadual e aprendi, ouvi, e consolidei o meu sonho: construir uma nova fase na história de Salgueiro.

Mas me deixa esclarecer dois pontos: 1) Decidi entrar na vida pública para fazer diferente. Não gosto de brigas. Gosto de trabalhar. Gosto de ver os sonhos das pessoas se realizando. Gosto da união e acredito que a política, quando bem-feita, melhora a vida das pessoas; 2) Quero ser prefeito de Salgueiro por acreditar muito no potencial desta cidade. E, claro, para fazer diferente. Repito: Salgueiro tem potencial, mas precisa de um prefeito que trabalhe, dialogue, se dedique, e faça a cidade avançar e acelerar em um ciclo de transformação e desenvolvimento.

Tenho andado muito. Vejo nos rostos de todas e todas a esperança e a vontade de fazer diferente. Vejo sonhos. Ontem, mesmo, uma mãe me disse que deseja oportunidades de trabalho para a sua filha Rebeca, de 19 anos. Por sua vez, Rebeca me revelou que tem o sonho de ser engenheira. Ela tem o mesmo sonho de Pedro, que na semana passada, me disse: “Fabinho, Serra Talhada tem uma universidade federal e por que Salgueiro não tem?” Olhei para ele e disse: Vamos ter sim. Essa é minha prioridade. Falarei com a governadora, com o ministro Camilo Santana e com o presidente Lula. Não medirei esforços!

Nas minhas andanças, escuto muitas reclamações quanto à qualidade dos serviços públicos. Reclamam das ruas da cidade, da falta de pavimentação. Reclamam da demora para exames médicos e até falta de remédios. E muitos dizem algo fundamental: “Salgueiro tem muito potencial, mas não sai do lugar. São as mesmas pessoas no poder há 20 anos. E enquanto outras cidades cresceram, Salgueiro ficou para trás”.

De fato, Salgueiro não pode continuar sendo conduzida como se fosse uma ilha. O Nordeste e o Brasil passam por aqui. Temos muito potencial. Podemos ter empregos, universidades, saúde pública qualificada, mais oportunidades para todos e todas, respeito, infraestrutura de qualidade. Na verdade, podemos ter muita coisa. As possibilidades são reais, mas não vamos conseguir mudar fazendo tudo do mesmo jeito. Tem que ser diferente. Temos que ter uma gestão que ouse, que dialogue, que saiba propor, elaborar projetos, parceiros e unir aliados para trazer benefícios, não intrigas.

A minha paixão por Salgueiro motiva ainda mais o meu desejo de servir a nossa gente. Peço o seu apoio para ser prefeito da nossa cidade. Quero ser o prefeito para fazer por todos e todas. Quero ser prefeito para unir, somar esforços e fazermos com que Salgueiro melhore, avance, se desenvolva. Salgueiro precisa de união, de trabalho dedicado e respeito. Salgueiro quer acelerar e chegou a hora de fazer isso juntos!

Um forte abraço!
Do seu amigo, Fabinho!

           

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