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Noite dos Tambores Silenciosos celebra a resistência dos negros
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As luzes se apagaram no Pátio do Terço, no bairro de São José, quando o relógio marcou meia-noite desta segunda-feira (20). Todos os tambores dos maracatus deixaram de tocar. Em iorubá, fez-se uma oração. O gesto em reverência à ancestralidade se repetiu pela 59ª vez na chamada Noite dos Tambores Silenciosos do Recife, criada para resgatar e valorizar os ritos africanos.
A celebração reuniu 27 nações de maracatu de baque virado. Entre eles, o quase centenário Maracatu Almirante do Forte, do Bongi, fundado em 1931. O Maracatu Nação Raízes, do Terreiro de Pai Adão, em Água Fria, e o Nação Oxalá, do Coque, em Joana Bezerra, também participaram da cerimônia, cujo início se deu 1961, por iniciativa do sociólogo e jornalista Paulo Viana.
O silêncio dos maracatus representa um ato de resistência. Há registros de que, proibidos de expressar suas crenças, religiosidade e tradições, os negros percorriam ruas e estradas em silêncio no período da escravidão no Brasil. Houve silêncio nos últimos dois anos no Pátio do Terço, mas devido à pandemia da Covid-19. Para celebrar a retomada, os maracatus voltaram às ruas.
“Estar aqui depois desses dois anos tem esse significado de que a cultura negra existe, resiste e pede passagem”, diz Leu Simões, uma das coordenadoras do evento. A este sentido, a professora de dança Heloneide Fagundes acrescenta que a celebração é uma hora de encontro com os antepassados. “Por isso sempre faço questão de vir”, pontuou.
O cortejo dos maracatus de baque virado começou no fim da tarde desta segunda-feira (20), seguindo até minutos antes da meia-noite, quando ocorreu o ápice da cerimônia da Noite dos Tambores Silenciosos. Apagadas luzes, silenciados os tambores, feito a oração em iorubá, os tambores rufaram. A cerimônia acontece em frente à Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos, onde houve intenso comércio de escravos. (Do DP)
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Entretenimento
‘Meus pais foram enterrados cedo porque eu tinha de trabalhar’, diz Fernanda Montenegro
Veterana encara o trabalho com uma vocação.
Fernanda Montenegro, 94, em entrevista ao jornal O Globo. Atriz diz que se sente viva quando está no palco. Veterana está em cartaz com “A Cerimônia do Adeus”, leitura extraída da obra de Simone de Beauvoir, no Teatro Casa Grande, no Rio de Janeiro. “Tem uma hora em que se vive com o coração na mão, sabe? Ainda acordo e canto. Isso mantém o ímpeto de pegar a si mesma e dizer: ‘Vamos lá’.”
Veterana encara o trabalho com uma vocação. “Faz você aguentar o impossível, atravessar as horas de espera, em que parece que não vai conseguir […] Da dimensão disso eu mesma não dou conta, a não ser tentando dar conta dessa chamada que foi a minha vida para esse tipo de comunicação humana.”
Ela descreve o nível de entrega ao citar quando perdeu os pais. “Você acha que ali está a sua vida. Há espetáculos que ficam quatro anos, dez anos em cartaz. Todo dia você tem que estar ali. E, aí, passou a vida. Tive colegas que, quando morreram pai ou mãe, enterraram cedo para ter espetáculo à noite. Meus pais foram enterrados cedo porque eu tinha de trabalhar, ir para o estúdio gravar.”
Foto Divulgação Globo
Por Folhapress
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Entretenimento
Horóscopo: Veja o que os astros falam para você, nesta quinta-feira, 09 de Maio de 2024
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A vida de Marcello Antony deu uma guinada completa quando ele trocou o Brasil por Portugal há seis anos. Na época, vivia no Rio de Janeiro com seus cinco filhos, dois deles adotivos. A decisão, motivada pelo futuro dos herdeiros, foi explicada pelo ator em entrevista ao apresentador português Manuel Luís Goucha nesta quarta-feira, dia 8 de maio.
“Como pai, me senti na obrigação de proporcionar desafios maiores e protegê-los”, ressaltou Marcello. Ele detalhou a situação de um dos filhos em particular: “O Francisco, que é mestiço, já tinha 16 anos na época e era abordado por policiais na rua de forma agressiva.”
A busca por um ambiente mais seguro e com mais oportunidades para os filhos foi o principal motor da mudança para Portugal. Antony, conhecido galã das novelas brasileiras, não se arrepende da decisão: “Foi a melhor coisa que fiz na minha vida. Meus filhos estão muito felizes aqui.”
Adaptado à nova realidade, o ator se dedica à carreira em terras portuguesas e também à criação de um restaurante ao lado da esposa, Carolina Villar.
Foto Instagram – Marcello Antony
Por Notícias ao Minuto
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