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Crise econômica atinge em cheio bares e restaurantes em Pernambuco
Andando pelas ruas do Recife, não é difícil encontrar placas de aluguel ou repasse de ponto em locais onde funcionavam restaurantes. Com a crise econômica e a inflação corroendo a renda dos clientes, até mesmo os mais tradicionais estabelecimentos têm trabalhado duro para não perder a freguesia para as “marmitas” na hora do almoço ou para o happy hour feito em casa no fim do dia. Ainda assim, novos negócios não param de surgir, liderados por empreendedores que lançam mão de ferramentas criativas para sobreviver à fase ruim do mercado.
De acordo com a Junta Comercial de Pernambuco (Jucepe), 286 bares, restaurantes e lanchonetes fecharam as portas na capital pernambucana, somente no primeiro semestre de 2016. Em Pernambuco, no mesmo período, foram 979 fechamentos. As baixas são sentidas não somente por quem trabalha diretamente no setor, mas por quem atua na área de forma indireta.
“As corridas que eu fazia para deixar clientes em restaurantes diminuíram entre 25% e 30% por causa do fechamento de alguns locais”, conta o taxista Jailson Magalhães, há 31 anos na profissão. Numa rápida circulada pelo bairro de Parnamirim, na Zona Norte, ele conta pelo menos quatro restaurantes que fecharam em uma única rua. “Tem alguns que fecharam há mais de seis meses, mas em outros lugares que foram desativados já têm outros restaurantes funcionando”, conta.
Paralelamente às baixas, o número de abertura de restaurantes no Recife e em Pernambuco contrapõe o cenário desfavorável. Segundo a Jucepe, 598 novas empresas do ramo gastronômico surgiram no Recife, no primeiro semestre de 2016. Isso representa 26 a mais do que no mesmo período do ano anterior. No estado, o mercado recebeu mais 1.885 estabelecimentos do setor. O número é alto, mas, ainda assim, é o reflexo de um período de recessão econômica.
“No Brasil, é muito comum as pessoas formalizarem seus negócios num momento de alta no desemprego. Muita gente tem vontade de ter uma atividade própria, mas nunca teve coragem de dar esse passo e formalizar o negócio. O estímulo vem depois de uma demissão, por exemplo, quando há a necessidade de procurar uma atividade independente”, explica o professor e economista Luiz Maia.
No caso da empreendedora Rebeca Duque, no entanto, a motivação para abrir um novo restaurante veio da crise propriamente dita. Apesar de já possuir um restaurante na Jaqueira, na Zona Norte do Recife, ela aproveitou o fechamento de outros empreendimentos do setor para economizar na montagem do seu próprio negócio. Funcionando há três meses no bairro da Madalena, na Zona Oeste, o novo negócio se encaixou no orçamento inicial e tem dado retorno satisfatório a ela e à sócia, Marta Lima.
“Esse mau momento nos fez economizar e barganhar preços durante a montagem do restaurante. Compramos peças de estabelecimentos que já haviam fechado por um preço razoável e os custos ficaram dentro do que a gente esperava”, conta.
Apesar de abrir as portas de um restaurante num momento complicado da economia, Duque explica que todos os pontos foram estudados pelas sócias com auxílio de uma consultoria. “Já tínhamos um restaurante na Jaqueira e contávamos com uma reserva financeira para abrir um outro, porque eu queria ter mais uma unidade. Estudamos a viabilidade disso e acabamos criando uma marca nova. Aproveitei esse momento de crise para investir”, revela.
A cautela de Duque para abrir uma nova unidade é a recomendação do economista Luiz Maia. “Se a operação foi iniciada sem um planejamento cuidadoso ou sem reserva significativa para não correr o risco de fazer dívidas, há uma grande chance de o empreendedor se arrepender. O mercado não é para amadores e o cenário ainda não é muito convidativo”, alerta.
MEIs e promoções agradam empreendedores e clientes
Do total de lanchonetes, bares e restaurantes abertos no estado no último semestre, 73% se encaixam na categoria de Microempresa Individual (MEI), em que há mais facilidades para a abertura do estabelecimento em comparação com outras modalidades. “Qualquer pessoa que sair da informalidade vai começar por uma MEI. A maioria dos empreendedores de foodktrucks optou por essa categoria”, conta o presidente da Associação de Comida Sobre Rodas de Pernambuco, Fernando Tasso.
Para ele, a microempresa individual torna-se atrativa devido ao baixo custo de investimento, mas o retorno das vendas é proporcional ao dinheiro aplicado no negócio. “Não existe uma ciência exata, mas o faturamento será maior se o investimento for maior. Um foodtruck, por exemplo, pode faturar bem mais do que uma foodbike”, explica.
Mesmo com a nova tendência de mercado, a economia dos clientes é um dos maiores concorrentes para o empreendimento. Segundo levantamento da Associação de Empresas de Refeição e Alimentação Convênio para o Trabalhador (Assert), o valor médio de uma refeição na capital pernambucana, em 2016, é de R$ 30,75, incluindo o prato principal, a bebida, a sobremesa e o cafezinho. Diante de um tíquete alto para ser pago diariamente, há quem opte por levar a “marmita” ao trabalho para evitar gastos excessivos com alimentação fora de casa.
O novo movimento, no entanto, não assusta Tasso, que vê os investimentos em cardápio e em identidade visual das marcas como uma alternativa para desviar da comida feita em casa. “Essa quantidade de empresas fechando e abrindo é uma prova de que o mercado está mudando. O público está cansado de comer as mesmas coisas e quer novidades. Como vivemos num tempo de valorização da imagem, a atenção às mídias sociais é muito importante. As pessoas comem primeiro com os olhos e depois procuram o lugar pra comer”, pontua.
Para Maia, essa estratégia é válida, inclusive, para aqueles restaurantes com preços mais onerosos. “Reforçar o volume de vendas exige promoções e criatividade na forma de divulgá-las. É preciso pensar sempre em atividades que vão reduzir a ociosidade e deixar a casa cheia durante o almoço e o jantar”, recomenda o economista.
Com um tíquete médio de R$ 52 em seu restaurante, a empreendedora Adriana Alliz aposta na divulgação de promoções e em apresentações de jazz para movimentar seu restaurante, aberto há pouco mais de um ano no bairro de Apipucos, na Zona Norte. “Fazemos promoções e apostamos na divulgação nas redes sociais. Também participamos de festivais de gastronomia para fazer com que mais pessoas conheçam o local”, conta.
Apesar de já ter uma clientela cativa, Alliz não recusa novos frequentadores e implementou, no primeiro aniversário da casa, novos pratos no cardápio. “Queremos oferecer mais opções para o nosso cliente, mas sempre mantendo a nossa qualidade. Não tenho o que reclamar do público”, comemora.
(Do G1 PE)
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João Campos e Victor Marques acompanham ação de limpeza do Canal do Jordão
Nesta terça-feira (14), a Prefeitura do Recife intensificou o serviço de limpeza do Canal do Jordão, no trecho situado no bairro de Boa Viagem. A intervenção, realizada pela Autarquia de Manutenção e Limpeza Urbana (Emlurb), dá continuidade ao programa Ação Inverno, iniciado em 2024, com a limpeza dos 99 canais que cortam a cidade, para o período de chuvas na capital, visando melhorar o escoamento de água com a retirada de resíduos desses sistemas de macrodrenagem. O investimento do programa na edição 2024 foi da ordem de R$ 8,5 milhões. O prefeito do Recife, João Campos, foi até o local para vistoriar os serviços.
“São dez equipes atuando aqui, com maquinário, limpeza manual, mas o trabalho ocorre na cidade inteira de forma simultânea. Sabemos que é muito importante realizar ações como essa durante todo o ano, por isso já começamos agora em janeiro para preparar a cidade para um momento de chuvas maiores“, explicou o prefeito João Campos. “Lembramos que é importante todo mundo fazer a sua parte também, jogando o lixo no lugar certo. Precisamos ter cada um cuidando e fazendo o que é devido“, reforçou o gestor, sobre a importância do papel da população no descarte de resíduos.
Por Ponto de Vista
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AMUPE Realiza Sessão Extraordinária com Grande Participação de Prefeitos do Sertão Central
Nesta terça-feira, 14 de novembro, a Associação Municipalista de Pernambuco (AMUPE) promoveu sua primeira assembleia extraordinária de prefeitos de 2025, na sede da instituição, no Recife.
O encontro contou com a presença de mais de 170 gestores municipais de todo o estado, destacando a importância da união entre as cidades pernambucanas para a discussão de temas vitais.
Entre os prefeitos presentes, estavam Vinícius Marques, de São José do Belmonte, e Xicão Tavares, do município de Verdejante, ambos representantes do sertão central pernambucano. A participação de gestores das regiões menos urbanizadas reafirma o compromisso da AMUPE em incluir vozes de diferentes realidades no debate sobre o futuro das administrações municipais.
Durante a assembleia, foram tratados assuntos relevantes para a associação, incluindo o processo de eleição da nova diretoria executiva, conselho fiscal e conselho deliberativo, que ocorrerá em fevereiro de 2025. Na ocasião, também foi escolhida a comissão responsável pelas eleições, composta pelos prefeitos José Martins (João Alfredo), Lula Cabral (Cabo de Santo Agostinho) e Joel Gonzaga (Feira Nova).
A missão da AMUPE de fortalecer a gestão municipal e promover a colaboração entre as cidades foi reafirmada em um ambiente de diálogo e planejamento estratégico para as próximas gestões.
A sessão extraordinária destacou a importância da participação ativa dos prefeitos para enfrentar os desafios que as cidades de Pernambuco precisam superar.
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VII Geres abre Campanha Janeiro Roxo com o podcast Hanseníase em Foco: Informar para Transformar
A abertura oficial foi realizada por meio de um podcast ao vivo no YouTube, com a participação de representantes de diversas instituições de saúde
Nesta terça-feira (14/01), a VII Gerência Regional de Saúde (GERES) iniciou a Campanha Janeiro Roxo, com o objetivo de conscientizar a população sobre a hanseníase. A abertura oficial foi realizada por meio de um podcast ao vivo no YouTube, com a participação de representantes de diversas instituições de saúde, como a UPAE, o Hospital Regional Inácio de Sá, a Secretaria Municipal de Saúde de Salgueiro e a UPA 24h.
“O podcast Hanseníase em Foco: Informar para Transformar reuniu uma equipe multidisciplinar de profissionais de saúde de todos os componentes da rede de atenção à saúde da VII GERES (gestores, médicos, psicólogos, nutricionistas, assistentes sociais, enfermeiros, ACS, fisioterapeutas, farmacêuticos e outros) para discutir a hanseníase sob diferentes perspectivas, promovendo a conscientização e desmistificando a doença. Envolvemos todos os componentes da rede de saúde nesse evento. Para abordar a temática da hanseníase, é fundamental integrarmos os diversos segmentos da saúde. Esse tem sido o foco das nossas ações: integrar para alcançar melhores resultados”, afirmou a gerente da VII GERES, Dora Magalhães.
A apoiadora da Hanseníase da VII GERES, Tarcia Thalita, destacou a importância da conscientização sobre o tema. “A educação é crucial no combate à hanseníase. Por isso, reunimos profissionais de saúde para compartilhar informações e orientar a comunidade”, afirmou.
O coordenador da Vigilância em Saúde, Luciano Lindolfo, enfatizou o papel das plataformas digitais no processo de disseminação de informações sobre a doença. “Para erradicar a hanseníase, é essencial esclarecer dúvidas e ampliar o acesso à informação, especialmente por meio das plataformas digitais, que possibilitam um alcance maior ao público”, explicou.
Janeiro Roxo – O mês de janeiro foi escolhido para ganhar a cor roxa, com o objetivo de alertar e conscientizar a sociedade sobre o combate à hanseníase. A doença, marcada por preconceitos e estigmas, é contagiosa, mas pode ser controlada e tratada gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
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