Um ‘baú de verdades’ foi aberto após as declarações do ex-deputado Sebastião Oliveira, que durante entrevista ao Programa do Farol, disse necessitar de uma conversa ‘olho no olho’ com a prefeita Márcia Conrado, que quebrou um acordo ao lançar seu marido, Breno Araújo, como pré-candidato a deputado estadual.
Agora foi a vez do deputado estadual Luciano Duque, que em conversa com o Farol, revelou a dinâmica do processo de escolha para lhe suceder, na disputa de 2020. Ele foi enfático citando detalhes de uma disputa interna, em que a prefeita usou de métodos estranhos, conseguindo ‘implodir’ o nome do então vice-prefeito, Márcio Oliveira.
O QUE ACONTECEU?
“Em verdade, nós tínhamos lançado vários nomes, e tanto Márcia como a mãe (Alice Conrado) declararam o apoio à Márcio Oliveira, isso você pode checar com Márcio. E, com certo tempo, ela procurou Karina e começou a arregimentar a China Menezes (vereador), Vandinho da Saúde, e César Kaíque, e começaram uma campanha na surdina”, disse Luciano Duque.
Mas segundo o deputado, Márcia Conrado acabou agindo de forma ‘traiçoeira’ com relação a Márcio Oliveira, o que acabou deixando ele fora do processo.
“Foi o tempo que ela [Márcia] pediu à Karina que eu a recebesse, que ela queria colocar o nome dela, e com certo tempo foi marcado e eu a recebi em casa. Ela colocou a intenção de ser candidata e eu disse: “Olha, Márcia, você está me pedindo, agora você tem que procurar Márcio Oliveira e comunicar a ele, você e sua mãe, que você pretende ser candidata”. Aí eu fui surpreendido depois com a retirada de Márcio alegando parcialidade”.
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HOUVE UM ESPÉCIE DE GOLPE
“Então isso foi um fato que chocou a todos nós na época. Eu me chateei, mas acabei relevando, contornando o que não devia ter feito, porque demonstrou um traço de personalidade dela. O comportamento mostrou de fato que isso era um traço da personalidade dela”, cravou Luciano Duque, sendo ainda mais duro no relato:
“Márcia nunca foi cogitada ser candidata, foi uma iniciativa dela, eu nunca coloquei o nome dela no radar. No início eu fiz uma reunião na minha casa, todos estavam presentes inclusive ela. Lá eu disse que quem pretendia ser candidato começasse a trabalhar que nós iríamos avaliar e ela não se lançou, ao contrário, ela declarou apoio a Márcio depois dele se lançar, ela e a mãe. Aí nós iríamos fazer pesquisa para avaliar”.
Ainda durante o relato, a falta de lealdade dentro do grupo, em especial, com Márcio Oliveira, acabou ‘detonando’ o nome de Márcio Oliveira
“Depois que o processo andou ela começou a arregimentar a gente com a máquina que tinha na mão e promoveu essa reunião na minha casa articulada por Karina, para pedir a mim para se lançar. A exigência que eu fiz foi que ela comunicasse a Márcio, visto que ela e a mãe tinham falado com Dr. Netinho e Márcio, e eu entendia que para ela ser candidata ela precisava comunicar, jogar com franqueza e isso não foi feito”, reforçou o deputado, acrescentando:
“Como disse, já que Sebastião está escrevendo a história, vamos voltar um pouquinho e contar essa história”, pontuou.
Foto: Licca Lima/Farol de Notícias
Por Farol de Notícias