O partido de direita Chega recomendou ao Governo de Portugal que proíba a entrada do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes no país.
Em documento protocolado nessa segunda-feira (8/9) na Assembleia da República, parlamentares da sigla dizem que a “emergência democrática que o Brasil vive hoje, exemplificada pela dura perseguição judicial movida contra o antigo presidente Jair Messias Bolsonaro, inquieta o povo português”.
O grupo citou a decisão de Moraes que determinou prisão domiciliar ao ex-presidente por descumprir medidas cautelares ao participar, por telefone, de uma manifestação bolsonarista que ocorria no Rio de Janeiro. O ministro considerou que Bolsonaro atuou em conjunto com o filho, o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), para provocar sanções impostas pelos EUA contra o Brasil na tentativa de interferir no julgamento do ex-presidente, acusado de liderar trama golpista.
Neste momento atribulado em que o povo-irmão do Brasil vê ameaçadas as suas liberdades mais valiosas, é com ele que Portugal deve estar. Inimigo da democracia e do direito, Alexandre de Moraes não é bem-vindo a terra portuguesa”, afirmou o Chega.
Tal como os Estados Unidos da América, que têm movido esforços concretos no sentido de punir os responsáveis pela deriva autoritária que Moraes e respectivos cúmplices impuseram ao Brasil, também Lisboa deve deixar clara a sua rigorosa oposição a toda a forma de judicialização da política ou de aproveitamento da lei para silenciamento de intervenientes democráticos. O Governo deve, nesse sentido, impedir a Moraes a entrada em território nacional”, afirmou.