Boa parte dos prefeitos que assumiram em 1 de janeiro estão completando os cem primeiros dias de gestão sem conseguir sequer arrumar a casa, principalmente os que derrotaram seus opositores concorrentes à reeleição. No quesito do fazer o diferencial, na Região Metropolitana não há nada que possa ser destacado. Anderson Ferreira (PR), de Jaboatão, faz o feijão com arroz e não conseguiu sequer contrariar a política do toma-lá-dá-cá na relação com a Câmara de Vereadores.
Para se contrapor ao antecessor Renildo Calheiros (PCdoB), dificilmente encontrado na cidade, em Olinda o professor Lupércio (SD) adotou a estratégia de ir às ruas, fiscalizar obras e conversar com a população. Fez um carnaval razoável, mas enfrenta instabilidade na sua equipe, sendo obrigado a substituir dois auxiliares que caíram fora. Além disso, responde na justiça a questionamentos de campanha, provocados pelo advogado Antônio Campos (sem partido), a quem derrotou na contenda de segundo turno.
Em Camaragibe, Demóstenes Meira (PTB), na foto em destaque, pegou de largada um confronto com a vice-prefeita Nadegi Queiroz (PSDC), com quem está rompido, depois de nomeá-la secretária da Saúde. Administrativamente, suspendeu todos os contratos da gestão passada, inclusive o do lixo, reduziu cardos comissionados e começou a revitalizar ruas infestadas por camelôs. Meira aprovou na Câmara a mesa de negociação com os servidores municipais, para aplicar o piso nacional dos professores, com reajuste de 7,64%.
Reabriu e reformou o CEO – Centro de Especialidades Odontológicas. Convocou concursados para o preenchimento de alguns cargos, como procurador, guarda municipal e servidores para a Fundação de Cultura. Reformou ainda nove escolas sem a menor condição de ter aulas, além de limpar canais e quitar todos os pagamentos de servidores em atraso.
No Agreste, o foco das atenções está em Caruaru. Eleita no segundo turno com o apoio de José Queiroz, a prefeita Raquel Lyra (PSDB) está praticamente rompida com o ex-prefeito, com quem leva uma relação de adversário. Não nomeou um só nome do grupo de Queiroz e exibiu em público a chamada herança maldita. No plano administrativo, a tucana começou errando ao importar do Recife praticamente todo o secretariado. No curto período, já enfrentou greve de servidores e não implantou nenhum programa novo prometido em campanha.
Na Zona da Mata, uma das revelações é o prefeito de Ribeirão, Marcelo Maranhão (PSB). Vindo da área privada, Maranhão herdou terra arrasada, com duas folhas de pessoal em atraso e o 13º salário. Já botou as finanças em dia, começou a reformar escolas e conseguiu emendas com a bancada federal para tirar algumas promessas do papel. Já o prefeito de Palmares, Altair Júnior, ainda não disse a que veio. Não se sabe, na verdade, o que está fazendo por lá, porque tomou Doril depois que foi eleito, sumindo do noticiário.
Em Petrolina, o prefeito Miguel Coelho (PSB) deu uma de João Dória, prefeito tucano de São Paulo. Foi às ruas ajudar a peãozada na operação tapa-buraco pelos bairros periféricos, promoveu uma limpeza reduzindo o acúmulo de lixo e fez uma mudança no programa Nova Semente, do ex-prefeito Júlio Lóssio (PMDB), que dividiu opiniões. Trata-se de uma iniciativa do antecessor de criar creches a custos barateados em parceria com a comunidade. Vitrine da gestão Lóssio, o programa abriu mais de 14 mil vagas em mais de cem unidades pela periferia.
(Da colunado Magno Martins)
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