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Brasil

TJSP mantém anulação de julgamentos do massacre do Carandiru

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Operação policial para reprimir rebelião no Pavilhão 9 da penitenciária, em 2 de outubro de 1992, deixou 111 detentos mortos e ficou conhecida como Massacre do Carandiru

relator do processo, desembargador Ivan Sartori, rejeitou os embargos de declaração impetrados pelo Ministério Público argumentando que “não houve unidade para o massacre, mas uma união de propósitos para conter a rebelião” que ocorria  naquele dia [2 de outubro de 1992] no Carandiru. “A ação de conter a rebelião foi lícita, sem intenção de praticar o crime”, disse Sartori.

O desembargador entendeu que o Ministério Público, em sua acusação, não conseguiu individualizar a conduta dos policiais, dizendo qual policial atirou em qual preso. “Os [presos] que se entregaram, nada sofreram”, ressaltou. Para Sartori, a condenação dos policiais foi “genérica e contrária à evidência dos autos”. Em seu voto, ele criticou a imprensa e o Ministério Público, dizendo que estes insistem “em falar em massacre, quando o que houve foi uma tentativa de conter uma rebelião”.

Já o desembargador Camilo Lélis ressaltou que os policiais devem ser julgados novamente. “Não havia intenção de nenhum deles [policiais] de fazer um massacre. Teve uma ordem superior para apaziguar a rebelião”, afirmou. “Reconhecemos que houve excessos em algumas condutas, mas esses excessos precisam ser individualizados”. Lélis acrescentou que, se alguns policiais, como o comandante Ubiratan Guimarães, comandante da operação, foram absolvidos, os demais policiais também devem ser absolvidos. “Se o comandante foi absolvido, por que os outros seriam condenados sem individualização [das condutas]? Não dá para condenar de baciada.”

O desembargador Edson Brandão criticou a atuação da imprensa, alegando que “nunca um magistrado, por uma decisão técnica, foi tão massacrado e atacado” como no julgamento anterior, quando os integrantes da 4ª Câmara haviam decidido anular os julgamentos do Carandiru. “A imprensa ataca mais do que examina os fatos”, disse. Segundo Brandão, a decisão da 4ª Câmara é técnica e não deveria ser entendida como se os magistrados estivessem a favor de um massacre. “É injusto e imoral constranger um magistrado assim”, afirmou.

Em seu voto, o desembargador enfatizou que deveria ter sido feita uma perícia na época dos fatos, mas isso não ocorreu.

Em março, o ministro do Superior Tribunal de Justiça Joel Ilan Paciornikan determinou que o Tribunal de Justiça se manifestasse novamente no mérito dos embargos de declaração interpostos pela Procuradoria-Geral de Justiça de São Paulo sobre a anulação do julgamento. Com isso, foi revertida a decisão do tribunal paulista, que havia anulado o resultado dos cinco júris populares em primeira instância, condenando os policiais militares por participação no episódio.

Rebelião

A operação policial para reprimir uma rebelião no Pavilhão 9 da Penitenciária do Carandiru, no dia 2 de outubro de 1992, deixou 111 detentos mortos e ficou conhecida como Massacre do Carandiru. Seis julgamentos ocorreram desde então. No primeiro julgamento, em 2001, o coronel Ubiratan Guimarães, que comandou a operação, foi condenado a 632 anos de prisão pela morte de 102 dos 111 prisioneiros do complexo penitenciário. A defesa do coronel recorreu da sentença e foi anulada pelo Tribunal de Justiça em 2006.

Os demais julgamentos ocorreram em 2013 e 2014. Por ser um processo que envolvia grande número de vítimas e de réus, o julgamento foi desmembrado em quatro partes e, ao fim das quais, 73 policiais foram condenados pelas 111 mortes a penas que variavam de 48 a 624 anos de prisão. Um policial da Rota, que já estava preso por homicídio de travestis, teve o caso julgado de forma separada porque sua defesa pediu que ele fosse analisado em laudo de insanidade mental e, em dezembro de 2014, também condenado.A defesa dos policiais decidiu recorrer ao Tribunal de Justiça de São Paulo, pedindo a anulação dos julgamentos e alegando, como já tinha feito nos julgamentos, que não seria possível individualizar a conduta dos policiais, dizendo se cada um deles fez os disparos ou quais policiais foram responsáveis pela morte de quais vítimas. 

No dia 27 de setembro de 2016, três desembargadores da 4ª Câmara Criminal do Tribunal do Júri, responsáveis pelo recurso da defesa dos réus, decidiram anular os julgamentos anteriores entendendo que não há elementos para mostrar quais foram os crimes cometidos por cada um dos agentes. 

O Ministério Público recorreu da decisão e, em abril do ano passado, a 4ª Câmara Criminal manteve a anulação dos julgamentos, determinando novo julgamento. Em março deste ano, o STJ determinou que o TJ refizesse o julgamento, o que ocorreu hoje. Com informações da Agência Brasil.

Por Notícias ao Minuto

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Brasil

Buscas para encontrar jovem soterrado em Salvador não têm prazo para acabar

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As buscas para encontrar o jovem Paulo Andrade, 18 anos, que ficou soterrado após a casa em que vivia com a mãe e o irmão desabar no bairro de Saramandaia, em Salvador (BA), na última quarta-feira (27), não têm prazo para acabar. Segundo o Tenente Coronel Jadilson Mercês, as tentativas de localizar o rapaz já duram mais de 30 horas e devem seguir até que ele seja finalmente encontrado.

Na madrugada de quinta, pelo menos 60 bombeiros atuaram nas buscas de forma ininterrupta. “Vamos continuar os trabalhos até encontrar a vítima. Os bombeiros só saem daqui depois de realmente encontrar essa vítima”, garantiu o tenente.

Segundo ele, a grande dificuldade do trabalho tem sido garantir a segurança diante da possibilidade de novos deslizamentos. “Nós estamos em um trabalho de retirada de escombros e lama. É um trabalho extremamente árduo e é assim que temos que fazer levando em conta toda a condição de segurança para a população, para os outros órgãos que nos apoiam e para os nossos bombeiros. Não dá pra ser feito de qualquer forma. Existe sempre o risco de novo deslizamento”, pontuou o tenente.

Para o caso de haver um novo temporal, o representante do Corpo de Bombeiros ressaltou que a entidade tem monitoramento de segurança em toda a área de atuação. Ainda, contou que a Defesa Civil de Salvador (Codesal) foi contactada para fazer uma prevenção na encosta.

Ao ser questionado sobre as chances de encontrar a vítima com vida, o Tenente Coronel Jadilson Mercês disse que ainda há expectativa de que isso aconteça. “Sempre existe a esperança, mas ela vai se esvaindo com o tempo , porque essa vítima, na verdade, não precisa apenas de ar. Ela precisa de água para se manter viva. Contudo, ainda temos esperança e estamos trabalhando em cima disso”, finalizou.

DESLIZAMENTO DE TERRA

Quatro pessoas foram soterradas pelo deslizamento de terra que arrastou quatro casas no bairro de Saramandaia, em Salvador, devido ao temporal que atinge a cidade. Um homem, uma mulher e uma criança foram resgatados com vida, nesta quarta-feira (27), e um jovem de 18 anos ainda está sendo procurado pelas equipes de resgate.

Além dessas vítimas, também há buscas por uma menina de 12 anos que despareceu após cair em um bueiro em Dias D’Ávila, na região metropolitana.

Fonte:JC

           

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Após disparada do dólar, Lula diz que governo não pode gastar mais do que arrecada

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva chamou de “coisa extraordinária” o pacote de medidas para conter despesas do governo federal, anunciado na quarta-feira (27), em pronunciamento do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em cadeia de rádio e TV. O presidente também disse não poder gastar mais do que arrecada, embora as medidas tenham sido consideradas insuficientes pelos operadores do mercado, levando o dólar a bater R$ 6 no pregão desta quinta-feira (28).

“Ontem (quarta) foi anunciada uma coisa extraordinária pelo Haddad, e eu participei da reunião com o presidente do Senado Rodrigo Pacheco e com o presidente da Câmara Arthur Lira, com os líderes da Câmara. É uma medida extraordinária que é de contenção de excesso de despesas, porque nós temos que cumprir o arcabouço fiscal. E ao mesmo tempo apresentamos uma política de renda para que a gente possa garantir que as pessoas que ganhem até R$ 5 mil não paguem Imposto de Renda”, declarou o presidente durante cerimônia de assinatura de aditivo para obras da Transnordestina O evento foi fechado à imprensa e o áudio foi divulgado pelo Planalto.

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Brasil

Mega-Sena acumula e prêmio vai a R$ 67 milhões

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Ninguém acertou as seis dezenas do concurso 2.801 da Mega-Sena, sorteado nesta quinta-feira (28), no Espaço da Sorte, em São Paulo. Com isso, o prêmio acumulou e vai para R$ 67 milhões no próximo sorteio, no sábado (30).

Os números sorteados foram 25 – 27 – 33 – 46 – 48 – 56.

A quina teve 112 apostas vencedoras que vão receber, cada uma, R$ 30.340,43. Os 6.393 acertadores da quadra terão o prêmio individual de R$ 759,34.

As apostas podem ser feitas até as 19h (horário de Brasília), em qualquer lotérica do país ou pela internet, no site da Caixa Econômica Federal. Para fazer a aposta pela internet, é necessário fazer um cadastro, ter mais de 18 anos e preencher o número do cartão de crédito.

A aposta simples, com seis dezenas, custa R$ 5.

Por JC

           

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