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CPMI do INSS: Presidente Alerta Contra Transformar Comissão em Palanque Político

O senador Carlos Viana (Podemos-MG), presidente da CPMI do INSS, enfatizou nesta quinta-feira (6) que a comissão não deve ser palco para debates políticos ou campanhas eleitorais. A declaração veio após o depoimento do ex-ministro da Previdência, Onyx Lorenzoni, que gerou discussões acaloradas entre parlamentares da base governista e da oposição, com acusações mútuas sobre fraudes nos governos de Jair Bolsonaro e Luiz Inácio Lula da Silva.

“Esta presidência não permitirá que a dor do povo brasileiro seja usada como espetáculo,” declarou o senador, ressaltando que a comissão deve se ater à busca pela verdade, sem espaço para “deboche, provocação e desrespeito.” Viana defendeu que o foco deve ser direcionado aos operadores das fraudes e indivíduos com movimentações financeiras suspeitas, cujos dados constam em relatórios e quebras de sigilo, em detrimento de depoimentos de cunho mais político.

Já o vice-presidente da comissão, deputado Duarte Jr. (PSB-MA), avaliou que o ex-ministro não respondeu a muitas perguntas, citando como exemplo a alegação de que Lorenzoni teria evitado esclarecer o papel de seu filho, o advogado Pietro Lorenzoni, que atuava para uma das entidades sob investigação. O deputado enfatizou que laços familiares não conferem imunidade a práticas criminosas e lamentou o uso de familiares para desviar recursos destinados a aposentados. Duarte Jr. também informou que recebeu ameaças em decorrência de seu trabalho na CPMI e teve o pedido de proteção policial deferido.

Viana apresentou um balanço da atuação da CPMI, que já acumula 160 horas de trabalho em 23 reuniões, algumas acompanhadas por até 800 mil pessoas via Senado. Foram apresentados 2.421 requerimentos, realizados 24 depoimentos, expedidos 648 ofícios e recebidos 2.055 documentos, totalizando cerca de 200 gigabytes de informações. Durante os depoimentos, ocorreram três prisões em flagrante e 21 pedidos adicionais de prisão foram encaminhados às autoridades competentes. O senador ressaltou que “cada número representa horas de trabalho, noites sem sono e uma só missão: chegar à verdade.”

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