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Brasil

Refugiados e estrangeiros elogiam receptividade dos brasileiros

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Estrangeiros adotaram o Brasil como segunda pátria

Brasil tem mantido a fama de ser um país que recebe bem estrangeiros que, por motivos de força maior, foram obrigados a adotá-lo como segunda pátria. Refugiados ou mesmo residentes estrangeiros entrevistados pela Agência Brasil – entre eles a princesa da tribo ganesa Krobo, Helen Teye – não economizam adjetivos positivos para a forma como foram recebidos pelos brasileiros.

Ter uma vida de princesa pode não ser algo tão bom como se costuma imaginar. No caso de Helen Teye, que vive no Brasil desde 2014, em Gana isso representava risco de vida, devido aos conflitos entre etnias que viviam na mesma região. “Não queria viver esses conflitos e não queria continuar na minha vida de princesa, porque isso representa risco em uma situação de conflito com outras etnias. Eu dormia sem saber se sobreviveria ao dia seguinte. Aqui, eu durmo tranquilamente, com paz em minha cabeça. Ninguém me ataca nem me insulta”, disse a princesa.

Helen é um dos estrangeiros que participam hoje (23), no Memorial dos Povos Indígenas em Brasília, de uma celebração intercultural que visa integrar brasileiros com pessoas de outros países, que optaram por morar no Distrito Federal. O encontro faz parte de uma série de eventos organizados com o objetivo de lembrar o Dia Mundial do Refugiado (20 de junho) e a Semana do Migrante, o MigrArte 2018.

O início da vida no Brasil foi bastante difícil para a princesa. Emocionada ao lembrar os momentos de dificuldade e ao falar da receptividade dos brasileiros, ela revelou as dificuldades que teve até mesmo para pedir dinheiro ou comida nas ruas, na época em que vivia em um acampamento improvisado. “Como ninguém aqui fala meu dialeto, e poucas pessoas se comunicam em inglês, eu não conseguia me comunicar nem mesmo para dizer que estava passando fome. Só depois de ter aprendido a falar a palavra ‘comida’ é que a coisa começou a melhorar. Por isso, digo que, para mim, a palavra mais importante do português é ‘comida’ ”, disse a princesa à Agência Brasil.

A virada na vida de Helen no Brasil ocorreu depois de ela começar a frequentar uma igreja, em Brasília. “Foi isso que acabou com a minha solidão no Brasil. Quando cheguei não conhecia ninguém. Na igreja, eu conheci as primeiras pessoas, e elas me ajudaram muito. Pude então começar a vender roupa e artesanato. O Brasil realmente me ajudou muito”, afirmou, de forma pausada, por causa da emoção e das lágrimas.

Helen disse ter uma grande preocupação com a situação político-eleitoral brasileira. “Minha experiência mostra o quão difícil é viver em um país dividido. Não queiram dividir o Brasil, porque a divisão é sempre ruim para todos os cidadãos de um país. Por isso, peço que tenham o desejo de paz na hora de votarem, este ano. Eu quero viver aqui, e quero que a paz que vi aqui continue”, acrescentou.

As crises política e econômica da Venezuela fizeram com que a artesã Fadwa Bittar,de 26 anos, tomasse a “difícil decisão” de tentar a vida por aqui, com o objetivo de ajudar financeiramente os pais idosos que ainda vivem em seu país. Ela chegou ao Brasil em 2016. Desde então viveu em Roraima, Amazonas e Rondônia até chegar a Brasília, no ano de 2017.

Fadwa tem conseguido enviar dinheiro aos pais, com a venda do artesanato que produz. “Apesar de ser advogado, meu pai não conseguiu se aposentar”, disse a moça, que vende produtos em crochê (em especial roupas para bebês) e bijuterias. Boa parte da venda é feita pela internet.

Ao chegar ao Brasil, solicitou refúgio, sem sucesso. Apesar de não ter conseguido, está satisfeita com a situação de residente. O pior momento foi quando, recém-chegada em Boa Vista, teve suas peças roubadas por outros venezuelanos.

“O Brasil me recebeu muito bem. As pessoas aqui são boas, agradáveis, e têm me ajudando, inclusive, a resolver questões burocráticas, porque tenho de renovar minha situação de residente a cada dois anos. Isso sem falar nos amigos que já me ajudaram com dinheiro e com comida”, disse ela ao ressaltar que a acolhida dada pelos brasileiros foi o que de melhor lhe aconteceu, desde a chegada.

Fadwa diz que pretende retornar à Venezuela, mas para que isso aconteça, a situação em seu país precisa melhorar. “Há uma ditadura disfarçada na Venezuela, que fica ainda pior por conta dos embargos e sanções aplicados por outros países. Metade dos nossos problemas são causados pelo governo. A outra metade é por causa de sanções e embargos”.

Refugiado há quatro anos no Brasil, o afegão Omidullah Hamidzai, 30, trabalha com gastronomia e com a importação de frutas secas e pedras. No evento de hoje, no Museu do Índio, ele estava vendendo pastel afegão típico, recheado com legumes.

“Eu era militar em meu país. Participei de vários conflitos até decidir que não queria mais isso para minha vida. Desde o contato que tive com brasileiros em Moscou (Rússia), onde fiz um curso de Direito, tive vontade de vir para cá. Eram pessoas muito boas. De lá retornei ao Afeganistão, já tendo o desejo de mudar para o Brasil”, disse.

Segundo ele, o Brasil se encaixa perfeitamente aos desejos idealizados que o povo afegão tem de sociedade. “Aqui eu estou feliz porque tenho liberdade, e por ter facilidades para trabalhar. As pessoas têm boa vontade para ajudar pessoas em situação similar à minha”, disse o afegão. A única coisa que lamenta ter passado em território brasileiro foi o roubo de ter seu celular, há cerca de dois meses.

Um de seus quatro irmãos, Ahmadullah Hamidzai, fritava os pastéis. Ele contou que é medico, mas não pode exercer a profissão no Brasil. Ahmadullah chegou há quatro meses. “Meu sonho é poder voltar a exercer minha profissão aqui no Brasil. Por enquanto, estou me dedicando a estudar o português”, disse, em meio a elogios sobre a maneira como tem sido tratado no país.

A refugiada colombiana Matilde, 45, chegou há cinco anos, acompanhada do marido que, preocupado com a possibilidade de o atual governo de seu país retomar o conflito com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC), não quer ter seu nome divulgado. Os dois aproveitaram o evento no Museu do Índio para vender uma espécie de canjica cozida chamada Arepa, feita com milho, sal, queijo ralado e manteiga.

“Foram os conflitos entre as Farc e o governo Colombiano que nos fizeram mudar para o Brasil. Nós vivíamos em um fogo cruzado. Agora, após o candidato vitorioso [Iván Duque], que toma posse como presidente no dia 7 de agosto] ter defendido a modificação do acordo de paz entre governo e as Farc, nossa preocupação é com a possibilidade de esses conflitos serem retomados”, disse o marido de Matilde, que é também refugiado.

Segundo o casal, a recepção dada pelos brasileiros foi excelente. “Fomos muito bem recebidos. Agora, o que mais desejo é voltar a trabalhar como operador de máquinas pesadas”, acrescentou.Com informações da Agência Brasil.

Por Notícias ao Minuto

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Brasil

Brasil colocou taxação de super-ricos na agenda global, diz Haddad

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Ao fim do primeiro dia da 3ª reunião de Ministros de Finanças e Presidentes de Bancos Centrais do G20, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, compartilhou informações envolvendo a declaração aprovada sobre tributação global. O  texto final só será divulgado ao fim do evento nesta sexta-feira (26), mas o ministro adiantou que constará um reconhecimento de que é necessário aprofundar discussões sobre a taxação dos super-ricos.

Segundo ele, o tema agora está incluído na agenda internacional.

“Ficamos extremamente satisfeitos com o apoio que foi recebido pelo Brasil. Praticamente todos os participantes do G20 fizeram questão de enfatizar a liderança da presidência do Brasil do G20. Obviamente que há preocupações e ressalvas. Há preferências por outras soluções, mas ao final todos concordamos que era necessário fazer constar essa proposta como uma proposta que merece a atenção devida”, disse.

A taxação dos super-ricos é uma pauta prioritária para a presidência brasileira do G20. O Brasil defende que os países coordenem a adoção de um imposto mínimo de 2%. No entanto, há resistências. A secretária do Tesouro dos Estados Unidos, Janet Yellen, por exemplo, tem dito que não vê necessidade de um pacto global e que cada governo deve tratar da questão internamente. Ainda assim, ela tem se manifestado favorável a um sistema tributário mais progressivo que garanta que indivíduos de alta renda paguem um valor justo.

Segundo Haddad, sem uma coordenação global, os países acabam se envolvendo em uma guerra fiscal. Ele avalia que a inclusão de menção da proposta brasileira na declaração final é uma conquista que supera o ceticismo sobre a impossibilidade de um consenso. “Obviamente que é preciso enfatizar que esses processos têm curso relativamente lento na agenda internacional. A construção de um mundo melhor é trabalhosa. Se não fosse, já teríamos um mundo bem mais agradável do que o atual”, avaliou.

Ele insistiu se tratar de uma vitória que não deve ser desmerecida. “É uma conquista do ponto de vista ético. A ética é muito importante na política. Buscar justiça é muito importante na política. Os 20 países mais ricos do mundo terem concordado em se debruçar sobre um tema proposto pelo Brasil é algo de natureza ética que precisa ser valorizado. Não é pouca coisa, mesmo que isso ainda vai exigir esforços intelectuais importantes para torná-la realidade”.

O ministro disse que a discussão das questões tributárias deve levar em conta o enfrentamento dos desafios globais, como a desigualdade, a fome e as questões climáticas, que vão exigir soluções inovadoras. “Nós estamos procurando nos antecipar já começando a elaborar instrumentos de financiamento que possam servir no momento em que a necessidade se fizer notar”.

Mais cedo, em pronunciamento aos demais participantes do evento, Haddad já havia dito que a declaração que estava sendo elaborada seria histórica . “Graças à nossa vontade política coletiva, esse G20 será lembrado como ponto de partida de um novo diálogo global sobre justiça tributária. Tal progresso no debate foi alcançado por meio de troca de ideias de maneira franca e transparente”.

As 19 maiores economias do mundo, bem como a União Europeia e mais recentemente a União Africana, têm assento no G20. O grupo se consolidou como foro global de diálogo e coordenação sobre temas econômicos, sociais, de desenvolvimento e de cooperação internacional. Em dezembro do ano passado, o Brasil sucedeu a Índia na presidência. É a primeira vez que o país assume essa posição no atual formato do G20, estabelecido em 2008. No fim do ano, o Rio de Janeiro sediará a Cúpula do G20, e a presidência do grupo será transferida para a África do Sul.

Fonte: Agência Brasil

           

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Brasil

Justiça determina ao INSS manter serviços essenciais, mesmo em greve

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O Superior Tribunal de Justiça (STJ) determinou que a greve dos servidores do INSS não pode afetar as necessidades urgentes e essenciais da população. A presidente do STJ, Maria Thereza de Assis Moura, definiu que, pelo menos, 85% das equipes de cada agência do INSS devem continuar prestando os serviços essenciais à população e que a multa pelo desrespeito à determinação do STJ será de R$ 500 mil por dia.

A determinação da manutenção dos serviços fundamentais atende a um pedido da Advocacia-Geral da União (AGU), que afirma que o movimento grevista foi iniciado no dia 16 de julho sem que a categoria garantisse equipes de servidores para assegurar a prestação de serviços essenciais e indispensáveis ao atendimento da sociedade, como pagamentos, concessão de benefícios e perícias.

 presidente do STJ apontou que esses serviços não podem parar porque envolvem o pagamento de benefícios considerados indispensáveis por estarem relacionados a situações de incapacidade, desemprego involuntário, idade avançada, encargos familiares e prisão ou morte daqueles de quem os beneficiários dependiam economicamente. De acordo com os sindicatos e entidades ligadas ao movimento grevista, 23 Estados e o Distrito Federal aderiram à greve. Cerca de 400 agências do INSS estão fechadas ou funcionando parcialmente.

Fonte: Agência Voz

           

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Brasil

Veja quem é a advogada do PCC que fez esquema com servidor

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A advogada brasiliense Carla Rufino Freitas foi presa pela Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF) durante a deflagração da Operação Temis, nessa quarta-feira (24/7). A defensora, de acordo com as investigações da 13ª Delegacia de Polícia (Sobradinho), tinha o hábito de comprar, por módicos R$ 50, informações sigilosas no Tribunal de Justiça do Distrito Federal e dos Territórios (TJDFT), em benefício de um membro da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC).

Além da advogada, um servidor do TJDFT e o faccionado do PCC defendido por Carla foram presos na mesma operação. A investigação teve início logo após uma tentativa de hom1cídio, ocorrida no Assentamento Dorothy, em Sobradinho, no início deste mês. Na data, a advogada teria se dirigido a uma delegacia e apresentado uma pessoa inocente, que assumiria a autoria do crime. A ideia da defensora era justamente livrar o cliente dela, o faccionado do PCC.

A advogada se dispôs, inclusive, a negociar a arma da tentativa de hom1cídio com outros clientes a título de honorários. Durante a apuração do cr1me, agentes da Polícia Civil do DF também descobriram que a advogada contou com a ajuda do servidor do TJDFT para ter acesso a informações sigilosas contra o faccionado que ela representava. Em troca de informações, ela repassava ao funcionário público a quantia de R$ 50.

“Apesar do baixo valor, os elementos acolhidos apontam que a advogada recorria ao servidor com frequência para consultas sigilosas”, pontuou a PCDF. A corporação informou, ainda, que o servidor já teria sido alvo de outra operação policial, em 2011, pela prática de corrupção.

Os investigadores descobriram que a defensora também era técnica de enfermagem efetiva de uma Unidade Básica de Saúde (UBS), trabalho cujo horário é incompatível com a advocacia. As investigações prosseguirão para apurar todas as condutas da suspeita presa. Nas redes sociais, Carla Rufino se apresenta como “Serva de Deus”, além de “mãe de pet” e “advogada especialista”.

Por Metropoles

           

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