Roncar, uma ocorrência comum na vida de muitas pessoas, pode ser mais do que apenas um incômodo noturno. Em determinadas situações, o ronco persistente serve como um sinal de alerta para condições médicas subjacentes que requerem avaliação e tratamento profissional.
Embora o ronco ocasional possa ser atribuído a fatores como cansaço, posição durante o sono ou consumo de álcool, o ronco crônico e acompanhado de outros sintomas pode indicar a presença de apneia obstrutiva do sono (AOS). Esta condição, caracterizada por pausas na respiração durante o sono, pode levar à diminuição dos níveis de oxigênio no sangue e aumentar o risco de problemas cardiovasculares, como hipertensão arterial, arritmias e até mesmo infarto.
Além da AOS, o ronco também pode estar associado a outras condições, como obesidade, desvio de septo nasal, rinite alérgica e amigdalite. A avaliação médica é crucial para identificar a causa subjacente do ronco e determinar o tratamento mais adequado.
O diagnóstico geralmente envolve um exame físico, análise do histórico médico e, em alguns casos, a realização de um exame de polissonografia, que monitora as ondas cerebrais, a frequência cardíaca, a respiração e os níveis de oxigênio durante o sono.
O tratamento para o ronco varia dependendo da causa. Mudanças no estilo de vida, como perda de peso, evitar o consumo de álcool antes de dormir e dormir de lado, podem ser eficazes em alguns casos. Em outros, pode ser necessário o uso de dispositivos como CPAP (pressão positiva contínua nas vias aéreas) ou a realização de cirurgia para corrigir obstruções nas vias aéreas.
Ignorar o ronco persistente pode ter sérias consequências para a saúde. Buscar orientação médica é fundamental para identificar a causa do problema e receber o tratamento adequado, melhorando a qualidade do sono e prevenindo complicações futuras.

