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Acidentes de Trabalho: Falhas na Prevenção Lideram Causas e Impactam Empresas e Trabalhadores

Riscos no ambiente de trabalho, muitas vezes negligenciados, podem resultar em doenças ocupacionais e acidentes graves. Especialistas alertam que a principal causa desses incidentes reside na falta de investimento em medidas preventivas adequadas.

Para além de proteger a saúde física e mental dos empregados, a implementação de programas de treinamento, a manutenção de infraestruturas seguras, o acompanhamento médico regular e o incentivo a uma cultura de segurança no trabalho evitam problemas legais e perdas financeiras para as empresas.

A distinção entre acidentes de trabalho e doenças ocupacionais é fundamental. Doenças ocupacionais são aquelas diretamente relacionadas às atividades exercidas no ambiente de trabalho, sejam elas de natureza física ou mental. A comprovação dessas doenças, no entanto, exige laudos médicos que atestem a relação entre a enfermidade e a atividade laboral, o que pode gerar dificuldades para os trabalhadores na reivindicação de seus direitos.

Acidentes de trabalho típicos, por sua vez, são aqueles que ocorrem dentro do ambiente de trabalho ou durante o trajeto entre a residência e o local de trabalho. Sua caracterização é geralmente mais fácil, resultando em afastamento ou sequelas para o trabalhador.

Entre os erros comuns na prevenção de acidentes, destaca-se a negligência no fornecimento e na fiscalização do uso de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs). A falta de treinamentos e orientações contínuas sobre os riscos e o uso correto dos equipamentos também é apontada como um problema recorrente. Subestimar o fator humano, a comunicação falha entre liderança e trabalhadores, a falta de investigação de incidentes e a confiança excessiva nos EPIs são outros pontos críticos.

No que diz respeito às doenças ocupacionais, a superficialidade nos exames admissionais e periódicos compromete a prevenção. Exames personalizados são essenciais para identificar sinais precoces de burnout, distúrbios do sono e problemas musculoesqueléticos, que, se ignorados, podem evoluir para doenças graves.

Estratégias eficazes de prevenção incluem a integração de medidas de engenharia, saúde e cultura organizacional. Além dos EPIs, os Equipamentos de Proteção Coletiva (EPCs), como barreiras físicas, sistemas de ventilação e alarmes, são fundamentais para reduzir os riscos na fonte. Ajustes ergonômicos, layout e iluminação adequada também são medidas preventivas eficazes.

A prevenção proativa e sistêmica, com monitoramento biológico e ambiental contínuo, é essencial para identificar a origem dos problemas antes que se tornem doenças crônicas ou acidentes graves. Programas de saúde mental, bem-estar e gerenciamento de estresse devem ter prioridade equivalente ou até maior que a segurança física.

Criar uma cultura contínua de segurança depende da liderança e da participação ativa dos colaboradores. A liderança deve praticar o que se pede, cobrar o cumprimento das normas, incentivar o diálogo sobre segurança e manter a transparência sobre incidentes.

A legislação exige ações preventivas contínuas, e a empresa pode ser responsabilizada mesmo que não ocorra um acidente. O não cumprimento das Normas Regulamentadoras (NRs) pode levar à responsabilização por parte do Ministério Público ou do Ministério do Trabalho. A legislação prevê indenizações por danos materiais, morais, estéticos ou pensão vitalícia, dependendo da gravidade do caso e da comprovação do acidente ou da doença ocupacional.

Em casos de acidentes ou suspeita de doença laboral, o trabalhador deve buscar atendimento médico imediato, informando a relação com o trabalho. A empresa deve ser comunicada e a emissão da Comunicação de Acidente de Trabalho (CAT) solicitada. Caso a empresa se negue a emitir a CAT, o trabalhador pode procurar o sindicato da categoria ou registrar denúncia no Ministério Público do Trabalho (MPT). Para acessar benefícios como auxílio-doença acidentário ou auxílio-acidente, o trabalhador deve procurar o INSS.

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