Em entrevista a Sean Hannity, o secretário de Estado Marco Rubio descreveu a Venezuela de Nicolás Maduro como um dos principais focos de instabilidade do hemisfério ocidental. O chanceler afirmou que o regime venezuelano não funciona como um governo formal, mas como uma estrutura montada para facilitar operações de narcotráfico e para permitir a entrada de influência iraniana e atuação do Hezbollah na América do Sul.
Rubio foi direto e categórico ao caracterizar o regime: “O regime de Maduro não é um governo legítimo. O que ele é, é uma organização de trânsito”. Segundo ele, a Venezuela se converteu em corredor oficial para a cocaína produzida na Colômbia, que atravessa o país com a participação e cooperação de integrantes do próprio regime antes de ser enviada aos Estados Unidos por meio de barcos e aviões.
No trecho mais sensível da entrevista, Rubio afirmou que a Venezuela abriga estruturas vinculadas ao Irã, à Guarda Revolucionária Iraniana (IRGC) e ao Hezbollah. De forma objetiva, disse: “O Irã, sua Guarda Revolucionária e até o Hezbollah têm presença na América do Sul, especialmente dentro da Venezuela”.
A mensagem central de Rubio é direta: a Venezuela não representa risco apenas por sua crise interna, mas pela combinação entre tráfico internacional de drogas, infiltração iraniana, atuação de grupos como o Hezbollah e deterioração institucional. Na sua avaliação, a resposta norte-americana se justifica pela gravidade e pela dimensão hemisférica do problema.

