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Saúde

Afinal, leite realmente é inflamatório?

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Com o aumento das preocupações com a saúde e o crescimento do interesse por dietas anti-inflamatórias, surge uma questão fundamental: o leite é realmente inflamatório?  

Estudos recentes indicam que o consumo de leite e produtos lácteos não demonstram ter um efeito pró-inflamatório em adultos saudáveis, com sobrepeso, obesidade, síndrome metabólica ou diabetes tipo 2. Pelo contrário, a maioria das pesquisas sugere um efeito anti-inflamatório significativo desses produtos em pessoas saudáveis ou com distúrbios metabólicos, conforme informações do Journal Advances in Nutrition.  

Edna Freignan, professora do curso de Nutrição da Faculdade Anhanguera, aponta que o consumo de laticínios não é inflamatório, pelo contrário, está associado à diminuição dos níveis de PCR (Proteína C-Reativa), um marcador de inflamação. Os mecanismos por trás desses efeitos incluem a ação de ácidos graxos específicos e a presença de peptídeos bioativos nos laticínios, que têm propriedades anti-inflamatórias e antioxidantes. “É importante esclarecer que o leite não provoca mais inflamação quando as pessoas estão doentes”

“Os laticínios são uma fonte valiosa de vários nutrientes essenciais, como o cálcio, fundamental para a saúde dos ossos e dos dentes. O consumo regular de leite está associado a diversos benefícios à saúde, incluindo a prevenção de doenças crônicas, cardiovasculares e osteoporose, além de contribuir para um melhor desempenho cognitivo”.

Entretanto, o especialista alerta que o leite pode ser problemático para pessoas com alergia à proteína do leite de vaca (APLV), podendo causar uma resposta inflamatória. “No entanto, para aqueles que não têm alergias, o consumo de laticínios pode realmente ajudar a melhorar os marcadores inflamatórios em adultos. Para os intolerantes à lactose, a ingestão de leite pode variar conforme o grau de intolerância (leve, moderada ou grave), permitindo que consumam quantidades que se sintam confortáveis. Além disso, eles podem optar por leites sem lactose ou utilizar suplementos de lactase para facilitar a digestão ao consumir produtos lácteos”

Os principais tipos de leite disponíveis no mercado diferem pelo teor de gordura, pela adição ou exclusão de nutrientes específicos e pelo tipo de tratamento térmico utilizado na fabricação. “É importante ressaltar que a escolha do tipo de leite deve ser feita de forma individual e não está diretamente ligada a um possível efeito inflamatório. Na verdade, estudos apontam para um efeito anti-inflamatório, além dos benefícios que o consumo de laticínios pode trazer”, ressalta. 

Recentemente, o leite tipo A2A2 começou a ser comercializado no Brasil, proveniente de rebanhos cujos animais possuem apenas os genes A2A2, produzindo a proteína β-caseína A2. “Essa diferença é relevante, pois a β-caseína A1 pode provocar desconforto gastrointestinal em algumas pessoas que consomem leite de vaca, mesmo que não sejam intolerantes à lactose. Além disso, existem crenças populares que afirmam que o leite UHT não é seguro, mas isso não é verdade. O leite UHT é submetido a um processo altamente seguro e validado desde meados do século 20, o que garante sua qualidade e segurança microbiológica”, explica. 

Por fim, Edna salienta ainda que crianças que consomem a quantidade recomendada de laticínios têm menor risco de deficiência de nutrientes essenciais, como cálcio, magnésio, fósforo, proteínas, riboflavina, vitaminas A, B12 e D, selênio, potássio e colina. O leite pode ajudar a controlar a pressão arterial e reduzir o risco cardiovascular, e possui efeitos antiobesidade e antidiabéticos. 

Foto ShutterStock

Por Rafael Damas

           

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Saúde

Caso de transplantados que receberam órgãos infectados pelo HIV é inédito no Brasil

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O caso dos seis pacientes transplantados que receberam órgãos infectados com HIV no Rio de Janeiro é o primeiro tipo no Brasil, conforme relatado pela infectologista Lígia Câmera Pierrotti, coordenadora da Comissão de Infecção em Transplante da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO).

Pierrotti mencionou que o país possui um sistema avançado de triagem de infecções em doadores, o que torna esse erro alarmante. Os procedimentos de transplante seguem protocolos rígidos, exigindo testes de sorologia para diversas infecções, incluindo HIV, hepatite B, hepatite C e outras, para garantir a segurança dos receptores.

No entanto, o erro que permitiu a transmissão do HIV foi associado ao laboratório privado PCS Lab Saleme, contratado pela Secretaria Estadual de Saúde do RJ para realizar exames sorológicos. Segundo a Anvisa, o laboratório não tinha kits necessários para os testes, levantando suspeitas de que os exames não foram realizados de forma adequada e os resultados podem ter sido forjados.

A situação gerou uma investigação por parte de várias autoridades, como o Ministério da Saúde, o Ministério Público e a Polícia Civil. O laboratório foi interditado e uma nova rodada de testes foi solicitada para todos os doadores. O incidente expôs falhas graves no sistema de fiscalização e trouxe à tona a importância de reforçar as normas de segurança para evitar a repetição de casos como este, que foi completamente inesperado e evitável.

O HIV é um vírus com alta sensibilidade aos testes atuais, o que reduz drasticamente a possibilidade de erros como o que ocorreu no Rio de Janeiro. O Ministério da Saúde solicitou a interdição cautelar do laboratório e pediu a retestagem do material de todos os doadores.

Por Conexão Política

           

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Saúde

Sintomas de hipotiroidismo que podem passar despercebidos facilmente

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Os hormônios da tireoide desempenham um papel crucial em múltiplos processos corporais, e sua disfunção pode afetar diversas áreas, desde o cabelo até as unhas dos pés, alerta o médico Afreen Shariff, em entrevista à revista Self.

O hipotireoidismo, uma condição em que a glândula tireoide não produz hormônios suficientes, pode ser difícil de diagnosticar devido aos sintomas comuns e frequentemente confundidos com outras doenças.

Entre os sinais que podem passar despercebidos estão:

-Ganho de peso
– Fadiga
– Menstruações mais intensas
– Depressão
– Pele e cabelo secos
– Cabelo fino
– Intolerância ao frio
– Cãibras ou dores musculares
– Dores nas articulações
– Ritmo cardíaco lento.

Foto Shutterstock

Por Notícias ao Minuto

           

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Saúde

Pancreatite: reconhecendo os sinais e entendendo os riscos

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A saúde é um bem precioso, e entender as condições que podem afetá-la é fundamental. A pancreatite, uma inflamação do pâncreas, é uma condição que merece atenção.

Segundo o Dr. Ernesto Alarcon, o consumo excessivo de alimentos gordurosos e o abuso de álcool são grandes vilões na inflamação do pâncreas. Além disso, ele explora como cálculos biliares, abuso de medicamentos e algumas doenças virais podem desencadear essa condição dolorosa.

Cálculos biliares que migram para o pâncreas são uma causa comum de inflamação. O uso abusivo de certos medicamentos, níveis elevados de triglicérides e algumas infecções virais também podem provocar a inflamação do órgão – explica o Dr. Ernesto Alarcon

Embora possa se apresentar de maneiras variadas, há sinais claros que podem indicar sua presença. Vamos explorar cinco sinais cruciais que você não deve ignorar.

Dor Abdominal Intensa: 

Um dos primeiros sinais de pancreatite é a dor abdominal intensa, frequentemente descrita como uma dor aguda ou em faixas na parte superior do abdômen. Essa dor pode irradiar para as costas e piorar após refeições ricas em gordura.

Náuseas e Vômitos: 

Se você se sentir nauseado ou vomitar frequentemente, isso pode ser um indicativo de que seu pâncreas está em apuros. Esses sintomas geralmente acompanham a dor abdominal.

Febre e Aumento da Frequência Cardíaca: 

Um sinal de inflamação no corpo é a febre. Quando o pâncreas está inflamado, o corpo pode reagir com febre e aumento da frequência cardíaca.

Icterícia: 

A icterícia, caracterizada pela coloração amarelada da pele e dos olhos, pode ocorrer se a inflamação do pâncreas afetar os ductos biliares.

 Alterações nas Fezes: 

Fezes oleosas ou de cor clara podem ser um sinal de que seu corpo não está absorvendo adequadamente os nutrientes devido à disfunção pancreática.

Como Identificar e Tratar? 

Se você identificar esses sinais, é crucial procurar atendimento médico imediatamente. O diagnóstico precoce pode fazer toda a diferença no tratamento.

O Dr. Ernesto Alarcon enfatiza a importância de um tratamento adequado para a pancreatite, destacando várias abordagens essenciais para a recuperação. Ele explica que o manejo inicial da pancreatite aguda inclui a reposição de líquidos e a correção de desequilíbrios hidroeletrolíticos, juntamente com o suporte nutricional – É crucial prevenir e tratar as complicações locais e sistêmicas – ressalta o Dr. Alarcon, mencionando que o uso de antibióticos pode ser necessário em alguns casos.

O tratamento da pancreatite varia conforme a gravidade da condição. Pode incluir desde mudanças na dieta e medicamentos para controlar a dor até intervenções cirúrgicas em casos mais severos.

Pancreatite Aguda vs. Crônica: 

É importante diferenciar entre pancreatite aguda e crônica. A pancreatite aguda aparece subitamente e pode ser causada por cálculos biliares ou consumo excessivo de álcool. Já a pancreatite crônica é uma condição duradoura que se desenvolve ao longo do tempo, frequentemente resultado de danos repetidos ao pâncreas, muitas vezes devido ao álcool ou à obesidade.

Ambas as formas têm riscos significativos: enquanto a pancreatite aguda pode levar a complicações como infecções ou necrose do pâncreas, a crônica pode resultar em diabetes mellitus e insuficiência pancreática.

Para um tratamento eficaz, o acompanhamento médico contínuo é indispensável. A alimentação deve ser cuidadosamente limitada, evitando alimentos que possam irritar o pâncreas. Nos casos mais avançados de pancreatite crônica, pode ser necessária a reposição oral de enzimas pancreáticas. Uma dieta adequada e o suporte médico são fundamentais para a recuperação – finaliza o Dr. Ernesto Alarcon, reforçando a importância de um cuidado abrangente e especializado para melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

Compreender os sinais de pancreatite não só ajuda na identificação precoce da condição, mas também ressalta a importância de buscar ajuda médica assim que necessário. Mantenha-se informado e cuide bem do seu corpo!

Foto Shutterstock

Por Rafael Damas

           

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