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Saúde

Anvisa decide nesta quarta (13) se aprova uso da Coronavac para crianças

A agência decidirá se aprova uso da Coronavac para crianças de 3 a 5 anos

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A diretoria da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) se reúne nesta quarta-feira (13) para decidir sobre o pedido de autorização para uso emergencial da vacina Coronavac em crianças de 3 a 5 anos.

O imunizante fabricado pelo Instituto Butantan está liberado para uso emergencial no Brasil desde 17 de janeiro de 2021 para pessoas a partir de 18 anos e passou a ser aplicado em crianças e adolescentes de 6 a 17 anos em janeiro deste ano.

Na época, o pedido do instituto era para usar as doses em crianças a partir de três anos. No entanto, a Anvisa entendeu que não existiam dados suficientes para liberar a vacinação nessa faixa etária.

Em março, o Butantan fez uma nova solicitação para ampliar o uso da Coronavac em crianças de 3 a 5 anos. Mas os especialistas da agência reguladora concluíram no mês seguinte que as informações apresentadas ainda eram insuficientes e solicitaram a submissão de dados complementares sobre estudos em andamento.

Desde então, diversas reuniões entre a Anvisa, o Butantan e entidades médicas foram feitas para debater a inclusão da faixa etária na bula da Coronavac.

O presidente do Departamento Científico de Imunizações da SBP (Sociedade Brasileira de Pediatria), Renato Kfouri, destacou que a agência possui um padrão rigoroso de avaliação e que, até então, os dados apresentados pelo Butantan ainda tinham limitações, pois não haviam sido obtidos em estudos controlados.

“O importante é a Anvisa ter os dados necessários para aprovação. Toda aprovação de um medicamento precisa ter os dados de segurança e eficácia e se baseia na relação de risco e benefício”, disse.

A agência reguladora tem enfrentado pressão de grupos de pais, que se queixam da espera pelo anúncio da decisão. O processo já dura quatro meses. No Brasil, crianças a partir de cinco anos podem ser vacinadas com o imunizante da Pfizer, mas a aplicação de doses abaixo dessa idade não está liberada.

A Anvisa autorizou em 16 de dezembro o uso da vacina da Pfizer para imunizar crianças de 5 a 11 anos. O Ministério da Saúde anunciou em janeiro que crianças receberiam a vacina sem a necessidade de apresentação de prescrição médica.

A campanha de vacinação foi aberta em 14 de janeiro em São Paulo. O primeiro imunizado foi Davi Seremramiwe Xavante, um menino indígena de oito anos.

No último mês, hospitais tiveram aumento de internações de crianças menores de cinco anos por Covid-19. O Brasil tem registrado uma média de duas mortes diárias pela doença entre crianças abaixo dessa idade.

Como o jornal Folha de S.Paulo mostrou, uma análise do Observa Infância, projeto ligado ao Instituto de Comunicação e Informação Científica e Tecnológica em Saúde (Icict/Fiocruz), indicou que houve 1.439 mortes no grupo dessa faixa etária em 2020 e 2021, sendo que 48% eram de bebês de 29 dias a 1 ano incompleto. Isso significa uma média de 1,9 por dia.

Até 11 de junho deste ano, foram pelo menos mais 291 mortes abaixo dos cinco anos de idade, uma média de 1,8 por dia.

“A gente precisa [das vacinas], sobretudo a partir dos seis meses. O primeiro ano de vida é quando se concentra a maior gravidade dos casos das crianças. As vacinas da Pfizer e da Moderna têm registro nos Estados Unidos a partir dos seis meses e já começaram a ser utilizadas lá, a gente espera com muita ansiedade que sejam utilizadas aqui também”, afirmou Kfouri.

Em junho, os Estados Unidos começaram a aplicar vacinas de Covid-19 para crianças a partir de seis meses. Desde o início da pandemia, o país registrou 442 mortes entre crianças abaixo dos cinco anos por Covid, ou seja, quase um terço (30,7%) do total de óbitos no Brasil.

Um levantamento realizado pelo Conass (Conselho Nacional de Secretários de Saúde) de janeiro a maio deste ano apontou que houve aumento de casos de síndrome respiratória aguda grave em crianças menores de cinco anos em 18 das 20 unidades federativas, sendo que em 17 delas cresceu a demanda por leitos de terapia intensiva pediátrica.

“Consideramos, assim, que existem evidências da necessidade de se ampliar a oferta de vacinas contra a Covid-19 para as crianças com menos de cinco anos de idade. Esta avaliação foi explicitada pelo Conass em reunião da Comissão Intergestores Tripartite, que reúne gestores federais, estaduais e municipais, e também em ofício encaminhado à Anvisa”, disse a entidade em nota.​

A vacinação de crianças e adolescentes é um tema sensível no governo Jair Bolsonaro (PL), que chegou a distorcer dados e desestimular a imunização infantil. O presidente até mesmo ameaçou expor nomes dos servidores da Anvisa que aprovaram o uso de vacinas da Pfizer nos mais jovens.

Por Folhapress

 

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Saúde

Casos de febre oropouche disparam no Brasil; conheça a doença

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O número de casos de febre oropouche quadruplicaram no Brasil. Enquanto em 2023 foram registrados 832 casos da doença, o Ministério da Saúde (MS) contabilizou 3.354 apenas nas quinze primeiras semanas de 2024.

Do total deste ano, 2.538 dos casos são em residentes dos Amazonas, seguidos por Rondônia (574), Acre (108), Pará (29) e Roraima (18). Fora da região Norte, Bahia (31), Mato Grosso (11), São Paulo (7) e Rio de Janeiro (6) foram os Estados com maior número de registros da doença.

De acordo com o MS, a descentralização do diagnóstico laboratorial para detecção do vírus nos Estados da região amazônica, onde a febre é considerada endêmica, é o principal motivo por trás do aumento no número de casos.

A situação, contudo, é mais complexa. Enquanto locais da Amazônia têm maior disponibilidade de exames, há outras regiões do Brasil sem possibilidade de detecção, o que sugere que o número de casos de febre oropouche seja muito superior ao registrado.

Além disso, outro fator que colabora com a subnotificação é a semelhança entre os sintomas da oropouche com a dengue. Além de serem arboviroses – grupo de doenças virais transmitidas principalmente por artrópodes, como mosquitos e carrapatos -, os dois quadros costumam causar dor de cabeça, nos músculos e articulações, além de náusea e diarreia.

Na análise da infectologista do Hospital Israelita Albert Einstein, Emy Gouveia, o ritmo atípico da febre oropouche, assim como de dengue, também pode ser associado ao fenômeno El Niño e às mudanças climáticas, que resultam em temperaturas elevadas e chuvas irregulares, condições ideais para a reprodução dos mosquitos transmissores e, consequentemente, disseminação da doença.

O que é a febre oropouche?

Como o nome sugere, a febre oropouche é uma doença causada pelo vírus oropouche. Transmitido aos seres humanos principalmente pela picada do Culicoides paraensis, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora, esse vírus foi detectado no Brasil na década de 1960 a partir de amostra de sangue de um bicho-preguiça capturado durante a construção da rodovia Belém-Brasília.

Desde então, casos isolados e surtos foram relatados no Brasil, principalmente nos Estados da região Amazônica. Também já foram relatados casos e surtos em outros países das Américas Central e do Sul (Panamá, Argentina, Bolívia, Equador, Peru e Venezuela).

Como ocorre a transmissão?

Segundo Emy, a transmissão ocorre quando um mosquito pica primeiro uma pessoa ou animal infectado e, em seguida, pica uma pessoa saudável, passando a doença para ela.

Existem dois tipos de ciclos de transmissão da doença:

Ciclo silvestre: nesse ciclo, os animais como bichos-preguiça e macacos são os hospedeiros do vírus. Alguns tipos de mosquitos, como o Coquilletti diavenezuelensis e o Aedes serratus, também podem carregar o vírus, mas o maruim é considerado o principal transmissor nesse ciclo.

Ciclo urbano: já no ciclo urbano, os humanos são os principais hospedeiros do vírus. O maruim também é o vetor principal, porém, alguns casos também podem estar associados ao Culex quinquefasciatus, comumente encontrado em ambientes urbanos.

“A diversidade de mosquitos envolvidos na transmissão do vírus é uma das preocupações mais sérias em relação ao aumento de casos no Brasil, especialmente em regiões além da Amazônia, uma vez que a disseminação pode ocorrer de maneira mais rápida, considerando que as pessoas também são hospedeiras”, afirma Emy.

Como diferenciar a febre oropouche da dengue?

Além da diferença entre os mosquitos vetores, que, no caso da dengue, é o Aedes aegypti, as doenças se diferenciam pela evolução do quadro clínico.

O paciente diagnosticado com dengue pode começar a sentir dores abdominais intensas e, no pior dos casos, pode apresentar hemorragias internas, o que não acontece na oropouche.

Uma característica específica da oropouche é a apresentação de ciclo bifásico. Geralmente, a pessoa tem febre e dores por alguns dias e eles desaparecem em seguida. Após uma semana, o quadro da doença retorna, até sumir novamente.

Segundo Emy, não há casos de mortalidade pela doença. Porém, uma outra característica marcante é que nos casos mais graves pode haver comprometimento do sistema nervoso central, com quadros como meningite asséptica e meningoencefalite, principalmente em pacientes imunocomprometidos.

Vale ressaltar também que, diferente da dengue, ainda não há imunizantes específicos para a febre oropouche.

Quais são os grupos de risco?

De acordo com a infectologista do Hospital Albert Einstein, os idosos e as crianças são os principais grupos de risco da febre oropouche.

No caso dos idosos, o perigo está relacionado à maior possibilidade de desidratação e presença de comorbidades. Já entre crianças, além da desidratação, a dificuldade de controlar a febre é o que amplia o risco de a doença evoluir para um quadro pior.

Como o diagnóstico é feito?

Atualmente, apenas um exame faz a identificação da doença: o RT-PCR desenvolvido pela Fiocruz Amazonas. A coleta é por meio do sangue e o exame fica disponível nos Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacens).

Existem também testes que dizem se a pessoa tem anticorpos da doença, e que revelam infecção recente, mas são poucos disponibilizados em laboratórios.

“Geralmente, por causa da pouca disponibilidade de exames, eles ficam restritos às pessoas com sintomas típicos da fase aguda da doença ou que testaram negativo para dengue ou chicungunya. Além disso, quando o paciente não é da Amazônia, mas teve passagem pela região, a atenção é redobrada”, afirmou Emy.

Como é o tratamento?

De acordo com a especialista, ainda não há um medicamento específico para tratar a febre oropouche. Por isso, o tratamento é de suporte. Ou seja, costumam ser administradas medicações para dor, náuseas e febre, além da indicação de hidratação e repouso.

Outra diferença em relação à dengue é que a febre oropouche não possui contraindicação de medicamentos. Então, a administração de anti-inflamatórios é liberada. Mas, para isso, é essencial que exista uma diferenciação do quadro clínico, já que a administração de certos medicamentos durante a dengue pode agravar a situação do paciente, ocasionando inclusive quadros hemorrágicos.

Como prevenir?

De acordo com o Ministério da Saúde, as formas de prevenção incluem:

– Evitar áreas onde há muitos mosquitos, se possível;

– Usar roupas que cubram a maior parte do corpo e aplique repelente nas áreas expostas da pele, especialmente nas regiões com maior número de casos;

– Manter a casa limpa, removendo possíveis criadouros de mosquitos, como água parada e folhas acumuladas;

– Se houver casos confirmados na sua região, é recomendado seguir as orientações das autoridades de saúde local para reduzir o risco de transmissão, como medidas específicas de controle de mosquitos.

Fonte:  ESTADAO CONTEUDO

 

           

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Saúde

Vacina da Dengue: governo amplia faixa etária que pode tomar doses perto de vencer; veja regra

Caso a ampliação ainda não seja suficiente para dar conta do estoque de vacinas a vencer, os municípios poderão vacinar pessoas de 4 a 59 anos.

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O Ministério da Saúde recomendou na quarta-feira, 17, que Estados e municípios ampliem o público-alvo da vacina contra dengue caso tenham doses a vencer até 30 de abril. Atualmente, a vacina é recomendada para o público de 10 a 14 anos, mas a pasta indica que caso haja risco de perda de vacina, as redes poderão aplicar doses em pessoas de 6 a 16 anos.

Segundo a nota técnica, a qual o Estadão teve acesso, caso a ampliação ainda não seja suficiente para dar conta do estoque de vacinas a vencer, os municípios poderão vacinar pessoas de 4 a 59 anos. Essa faixa etária está prevista na bula da vacina da dengue.

A pasta determina ainda que deve ser garantida a segunda dose para pessoas que forem imunizadas nesse contexto. No início da semana, o jornal “O Globo” noticiou que cerca de 145 mil doses de vacina da dengue estavam próximas do vencimento.

“Reforçamos que essa é uma estratégia temporária, aplicada apenas para as vacinas que possuem prazo de validade até 30 de abril de 2024?, diz a nota do ministério.

O ministério também orientou que os Estados façam remanejamento das doses próximas ao vencimento entre seus municípios.

Foto Shutterstock

Por Estadão

           

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Saúde

Ministério da Saúde amplia faixa etária de vacinação da dengue; vacinas estão perto de vencer

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A Câmara Técnica de Imunizações do Ministério da Saúde publicou nessa quinta-feira (17/4), uma nota técnica na qual aponta uma estratégia temporária para vacinação contra dengue das doses com validade até 30 de abril de 2024. Dessa forma, a pasta decidiu liberar a ampliação das faixas etárias no Sistema Único de Saúde (SUS).

As vacinas com validade até 30 de abril poderão ser aplicadas em pessoas de 4 a 59 anos. Contudo, a ampliação da faixa etária ficará a critério dos próprios municípios que tiverem doses sobrando.

Uma segundo nota técnica será enviada aos estados com a nova orientação.

Fonte: DP

 

           

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