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Saúde

Bariátrica em pacientes idosos reduz em 80% risco de problemas cardíacos

Menos de 1% dos pacientes elegíveis realizam o procedimento; pesquisa aponta queda de 60% na mortalidade de obesos com mais de 60 anos que passaram pelo procedimento.

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Gerilda Silveira Maçaneiro, 63 anos, sempre foi uma mulher ativa, mas o excesso de peso trazia problemas como pressão alta, colesterol e cansaço constante. Nos joelhos, a artrose agravada pelos quilos a mais já a tinha levado duas vezes ao centro cirúrgico para corrigir o problema. Como o marido já tinha passado pela cirurgia bariátrica e eliminado 50 quilos, a família achou que essa também pudesse ser uma alternativa para que ela tivesse mais qualidade de vida.

“Nunca fui de ficar parada, mas o excesso de peso me cansava com muita facilidade. Eu tinha 59 anos quando passei pelo procedimento. Tenho 1,63m de altura e baixei de 93kg para 58kg, é bastante coisa. Hoje, consigo brincar com meus netos e minha saúde está muito melhor, o que eu não conseguiria sem a bariátrica”, conta Gerilda.

Uma pesquisa realizada pelo Medicare – seguro de saúde norteamericano – apontou redução de 60% na mortalidade de idosos submetidos à cirurgia bariátrica. Para chegar a esse número, os pesquisadores analisaram 189.770 pessoas com comorbidades limitantes, durante quatro anos. Os participantes foram divididos igualmente em dois grupos, um com aqueles que passaram pela cirurgia e outro, de controle, com pacientes obesos que não haviam sido submetidos ao procedimento. Houve mais índices animadores: o risco de hospitalização por insuficiência cardíaca diminuiu 79% e o de infarto, foi 80% menor. Analisadas também as internações em hospitais de curta permanência, enfermagem especializada e cuidados de longa duração.

“Em ambos os grupos, tinham pessoas com hipertensão (80% em um grupo e 78% no outro), diabetes sem complicações (32% e 31%) e doença pulmonar obstrutiva (11% das pessoas em ambos os grupos), o que torna a comparação mais precisa”, explica o cirurgião bariátrico e metabólico do Hospital Marcelino Champagnat, Caetano Marchesini.

 Problemas no coração

Nos pacientes mais jovens (menos de 65 anos), que passaram pelo procedimento, a pesquisa apontou queda de 54% dos riscos de insuficiência cardíaca e 37% de infartos. “O excesso de peso costuma vir acompanhado de uma série de problemas cardiovasculares, principalmente a longo prazo. Por isso, a diminuição no índice de mortalidade em idosos é maior”, ressalta o cardiologista Gustavo Lenci. “Nosso corpo foi feito para trabalhar com um peso x e o coração programado para bombear o sangue para esse peso. Quando a pessoa está acima do peso ideal, o coração precisa fazer um esforço duas, três vezes maior e isso repercute no aumento do risco de falência do coração e de infartos”, complementa.

Idosos estão mais obesos

Segundo dados do Ministério da Saúde, entre 2006 e 2019, o número de idosos obesos aumentou de 16,1% para 23%, e isso preocupa especialistas que afirmam que menos de 3% das pessoas elegíveis para cirurgia bariátrica fazem efetivamente o procedimento. Já dados do IFSO (International Federation for the Surgery of Obesity and Metabolic Disorders) mostram que o número é ainda menor que 1%.

A indicação da cirurgia bariátrica para idosos segue os mesmos critérios já estabelecidos para os menores de 60 anos, ou seja, pacientes com índice de massa corporal (IMC) maior que 35 kg/m2 que tenham doenças associadas à obesidade como síndrome da apneia do sono (SAOS), hipertensão arterial sistêmica (HAS), diabetes melito (DM), dislipidemia e doenças articulares degenerativas e para pacientes com IMC maior ou igual a 40 kg/m2 que não tenham obtido sucesso na perda de peso após dois anos de tratamento clínico (incluindo o uso de medicamentos).

“Entre os motivos para o baixo número de pessoas submetidas ao procedimento estão o medo, a pouca informação e preconceito, principalmente acreditando que o excesso de peso pode voltar. Outro fator é que pacientes acima de 60 anos acham que já passaram da idade de fazer a cirurgia, o que é um erro.  A cirurgia bariátrica vai muito além do procedimento em si. Para que os resultados da cirurgia durem a vida toda é realizado um trabalho com profissionais de várias especialidades entre eles a nutricionista e a psicóloga.  A pessoa precisa mudar os hábitos de vida para que a cirurgia seja realmente eficiente”, conclui Marchesini.

Por Rafael Damas

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Saúde

Come acidentalmente algum alimento mofado geralmente não causa problemas; veja o que fazer

“Para a grande maioria das pessoas, desde que o sistema imunológico e intestinal estejam saudáveis e intactos, consumir acidentalmente um pouco de bolor não causa grandes problemas”, começa Christine Lee.

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Às vezes, sem perceber, acabamos consumindo bolores em alimentos como pão ou queijo. Mas será que isso representa algum risco para nossa saúde? Um gastroenterologista compartilhou com o site USA Today o que está em jogo.

“Para a grande maioria das pessoas, desde que o sistema imunológico e intestinal estejam saudáveis e intactos, consumir acidentalmente um pouco de bolor não causa grandes problemas”, começa Christine Lee.

Tudo depende da quantidade. Se for significativa, pode resultar em indigestão, cólicas, diarreia ou náuseas, o que, na verdade, pode ser uma reação protetora do corpo para se livrar do agente estranho.

Se você perceber que consumiu bolor acidentalmente, o melhor a fazer é descansar e se hidratar, recomenda a especialista. Apesar de muitas pessoas não apresentarem reações ao consumir alimentos mofados, isso não é seguro.

“Pode levar a outros tipos de infecções, como as bacterianas, que causarão outros problemas. É uma boa ideia evitá-los completamente e não se colocar em perigo ou correr riscos desnecessários”.

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Saúde

Pode fazer exame genético para diagnóstico de autismo? especialista explica

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A neuropediatra especialista em autismo, Caroline Teles, explica:

“Pode e não pode… Te explico:

O diagnóstico de autismo é clínico, e realizado de acordo com os critérios da quinta edição do manual de saúde mental, o DSM-V.

O exame genético, ainda que você possua algum dos mais de 100 genes envolvidos no autismo, não fecha nenhum diagnóstico se você não possuir sinais clínicos – assim como a falta desses genes também não descarta o transtorno.

Quando realizar então?

O exame genético será útil para aquele paciente que suspeitamos que possa haver alguma síndrome associada.

Esse diagnóstico promove um aconselhamento genético mais adequado para a família, esclarecimento do risco para as futuras gerações, além da possibilidade de identificar outras síndromes associadas.

Ou seja, os exames genéticos não nos auxiliaram no diagnóstico do autismo, que é clínico. Porém eles poderão complementar a nossa avaliação em suspeitas de síndromes ou na necessidade de um aconselhamento genético”.

Dra. Caroline Teles
Neuropediatria

           

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Saúde

Vírus causa morte de cinco bebês na França este ano; médicos em alerta

Trata-se do parvovírus B19, uma doença que, segundo as autoridades francesas, não era tão intensamente registrada há muito tempo e ainda não atingiu seu pico.

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Um novo vírus preocupa as autoridades sanitárias e já causou pelo menos cinco mortes, na França. As vítimas são bebês.

Trata-se do parvovírus B19, uma doença que, segundo as autoridades francesas, não era tão intensamente registrada há muito tempo e ainda não atingiu seu pico.

O parvovírus B19, da família parvoviridae, é frequentemente transmitido por via respiratória. Geralmente causa formas assintomáticas da doença, mas também pode resultar no eritema infeccioso, conhecido como a “quinta doença” por ser a quinta infecção viral – juntamente com sarampo, rubéola, varicela e roséola – a causar erupção cutânea em crianças.

Existem formas graves em pessoas imunocomprometidas e com anemia crônica, além de mulheres grávidas, pois o vírus pode causar abortos espontâneos e representar um risco de edema feto-placentário grave, conforme relatado pelo Le Parisien.

No verão passado, as autoridades de saúde foram alertadas para “um número incomum de hospitalizações pediátricas graves” no Hospital Necker, em Paris.

Desde então, nos primeiros três meses deste ano, já foram registradas cinco mortes de bebês com menos de um ano de idade, sendo quatro delas “nos primeiros dias de vida” devido à infecção transmitida pela mãe.

Esses números são considerados “inusitadamente altos” e chamam a atenção das autoridades sanitárias francesas.

De acordo com o Le Parisien, nos cinco anos anteriores à Covid-19, ocorriam apenas duas mortes por ano devido a esse vírus, o que torna preocupante o registro de cinco mortes em apenas três meses.

O diagnóstico de uma infecção por parvovírus B19 sem teste é complicado, pois se trata de uma erupção cutânea viral com algumas características típicas, que nem sempre estão presentes, esclarece o especialista em clínica geral, Michaël Rochoy. Ele recomenda que, em casos de suspeita de sarampo com teste negativo, se consulte um serviço especializado em caso de diminuição dos movimentos ativos do feto.

Foto  Wikimedia Commons

Por Notícias ao Minuto

           

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