O futebol brasileiro continua sendo um dos maiores exportadores de talentos do planeta. Um estudo divulgado pelo Observatório do Futebol (CIES) revelou que o Brasil ocupa o segundo lugar mundial em faturamento com transferências de jogadores formados no país nos últimos 10 anos.
De acordo com o levantamento, as negociações de atletas revelados em clubes brasileiros movimentaram R$ 16,2 bilhões (aproximadamente 2,6 bilhões de euros) entre 2016 e 2025. O desempenho deixa o país atrás apenas da França, que lidera o ranking com R$ 24,4 bilhões (cerca de 3,9 bilhões de euros), e à frente de grandes países como Espanha, Portugal e Inglaterra.
Kylian Mbappe, da França, comemora o segundo gol de sua equipe durante a partida pelas eliminatórias da Copa do Mundo da FIFA 2026 entre Ucrânia e França na Arena Tarczynski em 5 de setembro de 2025 em Wroclaw, Polônia.
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Estêvão marcou o primeiro gol na Champions League
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O relatório analisou as transferências internacionais de jogadores que passaram por períodos de formação em clubes locais, ou seja, que tiveram parte da base feita no país onde nasceram.
Top 10 países que mais lucraram com transferências internacionais (2016–2025):
França – R$ 24,4 bilhões (3,9 bilhões de euros)
Brasil – R$ 16,2 bilhões (2,6 bilhões de euros)
Espanha – R$ 13,7 bilhões (2,2 bilhões de euros)
Portugal – R$ 11,8 bilhões (1,9 bilhão de euros)
Holanda – R$ 10,2 bilhões (1,63 bilhão de euros)
Inglaterra – R$ 10 bilhões (1,6 bilhão de euros)
Argentina – R$ 9,3 bilhões (1,5 bilhão de euros)
Alemanha – R$ 8,7 bilhões (1,4 bilhão de euros)
Itália – R$ 6,2 bilhões (1 bilhão de euros)
Bélgica – R$ 5,3 bilhões (847 milhões de euros)
Mais da metade (50,1%) do valor arrecadado pelo Brasil veio de atletas com até 20 anos, o maior índice entre os dez países que mais lucraram no período. A informação segue a tendência de jovens talentos brasileiros deixando o país cada vez mais cedo, como aconteceu recentemente com Endrick, Estêvão e Vitor Reis.
O estudo mostra ainda que apenas três países ultrapassaram a marca de R$ 12,5 bilhões (2 bilhões de euros) em receitas com transferências de jogadores formados em casa: França, Brasil e Espanha. A lista de nações com mais de 1 bilhão de euros em vendas é dominada por europeus, com exceção da Argentina, a única representante sul-americana além do Brasil.

