Conecte-se Conosco

Esporte

Brasil encerra em Paris no top 5, com o recorde de 25 ouros e 89 medalhas no total

Publicado

em

Os Jogos Paralímpicos de Paris-2024 elevaram ainda mais o patamar do Brasil, que se despede com sua melhor campanha da história, em todos os aspectos possíveis. Até então com o top 7 como melhor colocação dentro do quadro de medalhas em uma edição de Paralimpíada, o País encerrou a participação na França como dono do inédito 5º lugar, com o recorde de 25 ouros e 89 do total de medalhas.

A meta do Comitê Paralímpico Brasileiro (CPB) era de conquistar de 70 a 90 pódios e terminar no top-8 do quadro de medalhas. Nos Jogos do Japão, em 2021, melhor desempenho até então, foram conquistados 22 ouros, 20 pratas e 30 bronzes – 72 pódios no total.

Mais do que as marcas expressivas, as competições em Paris consolidaram nomes que já eram icônicos para o esporte brasileiro como verdadeiras lendas. É o caso da nadadora Carol Santiago, que se tornou a maior medalhista de ouro brasileira da história dos Jogos Paralímpicos.

Campeã nos 100m costas e nos 100m livre na categoria S12 – destinada a atletas com deficiência visual pequena, mas significativa – e nos 50m livre da S13 – para casos de deficiência visual menos severa dentro da classificação, ela ainda faturou prata nos 100m peito (SB12) e no revezamento 4x100m livre misto.

Junto ao desempenho já histórico que havia apresentado nos Jogos de Tóquio, em 2021, a pernambucana de 39 anos tem agora dez medalhas paralímpicas. São seis ouros, três pratas e um bronze, que a tornam a quinta na lista de representantes do Brasil com mais pódios, atrás de Daniel Dias (27), André Brasil (14), Clodoaldo Silva (14) e Ádria Santos (13).

A natação brasileira, de forma geral, trouxe muitas alegrias e rendeu 25 medalhas. Além de Carol, o Brasil teve grande destaque com Gabriel Araújo, vencedor de três medalhas de ouros (100m costas, 50m costas e 200m livre), todos na classe S2, para nadadores com falta de coordenação motora de alto grau no tronco, nas pernas e nas mãos, e de baixo grau nos braços.

Com o desempenho, Gabrielzinho bateu a marca de seis medalhas paralímpicas, pois já havia conquistado dois ouros e uma prata nos Jogos de Tóquio, há três anos. Outro nadador brasileiro que subiu no primeiro lugar do pódio foi Talisson Glock, campeão dos 400m livre S6.

Apesar do sucesso da natação, a principal fonte de medalhas do Brasil foi o atletismo, que teve 35 pódios de atletas brasileiros, dos quais dez subiram no primeiro lugar. Estrela paralímpica, Petrúcio Ferreira foi ouro nos 100m T47 e celebrou a sexta medalha da carreira. Ele já tinha um ouro e duas pratas conquistadas no Rio-2016, além de um ouro e um bronze nos Jogos de Tóquio.

  • Uma das grandes estrelas brasileiras em Paris foi Jerusa Geber, de 42 anos, que foi ouro nos 100m e nos 200m da classe T11. Foi a primeira vez que ela se tornou campeã em Jogos Paralímpicos, após dois bronzes em Pequim-2008 e pratas em Londres-2012 e Tóquio.

    Os demais ouros do atletismo vieram de Júlio Agripino dos Santos (500m T1), Ricardo Mendonça (100m T37), Fernanda Yara (400m T47), Yeltsin Jacques (1500m T11), Rayane Soares (400m T13), Claudiney Batista (lançamento de disco F56) e Elizabeth Gomes (lançamento de disco F53).

    Outra paratleta que se colocou em um patamar ainda mais alto foi a halterofilista Mariana D’Andrea. Com a medalha de ouro conquistada em Paris na categoria até 73kg, ela tornou-se bicampeã olímpica, pois já havia ficado em primeiro lugar na Paralimpíada passada.

    Por que o Brasil é uma potência paralímpica?

    A resposta é, de fato, complexa. Mas é possível traçar um caminho feito pelas organizações e atletas paralímpicos ao longo das últimas décadas e que explicam o salto de qualidade que o Brasil teve e que foi obtido nas provas na capital francesa.

    As principais razões que apontam o país como um dos destaques paralímpicos passam desde a lógica de que os investimentos geram resultados, principalmente a longo prazo, até um contexto social que é muito forte no Brasil.

    Em um país onde as pessoas com deficiência encontram barreiras para praticar suas atividades mais simples do dia a dia nas ruas de quase todas as cidades, o esporte surge como uma realidade onde há, de fato, uma valorização diante do esforço e evolução constante de quem tem alguma limitação. E a combinação desses fatores com o talento de cada um dos atletas vem colocando o Brasil como um destaque mundial.

    De 2008, na edição de Pequim, para cá, o Brasil sempre figurou no top 10 de melhores nações da competição. Mas o recorte de medalhas conquistadas evidencia um crescimento do esporte paralímpico a partir da realização dos Jogos do Rio, em 2016. Nas duas últimas edições, o país levou 72 medalhas para casa. A título de comparação, em Londres, 2012, quando o Brasil também foi 7º colocado, foram “apenas” 43 pódios nos Jogos.

    Hoje, a participação do Comitê Paralímpico Brasileiro está muito mais voltada para a formação de atletas e desenvolvimento das modalidades paralímpicas. Uma das heranças deixadas pela Rio 2016 foi justamente o centro de treinamento oficial do CPB, localizado em São Paulo.

    O espaço com mais de 100 mil metros quadrados é responsável por desenvolver 17 modalidades paralímpicas, tendo abrigado quase 1.500 eventos esportivos paralímpicos entre os Jogos do Rio e o começo de 2023.

    No total, quase 90 mil atletas passaram pelas instalações, que custaram R$ 264,2 milhões, investidos pelo Governo do Estado de São Paulo e pelo Governo Federal, por meio do Ministério dos Esportes. Mas os investimento não trariam os mesmos resultados se não houvesse, da parte do atleta, o foco e a vontade de se colocar em posição de destaque dentro de cada uma das modalidades.

    Desempenho melhor nas Paralimpíadas do que nas Olimpíadas

    O questionamento sobre o bom desempenho do Brasil nos Jogos Paralímpicos também enviesa para o lado da comparação com os resultados do Brasil nos Jogos Olímpicos. Na edição de Paris, por exemplo, não conseguiu quebrar sua melhor marca da história.

    Em números absolutos, é possível criar uma balança que pesa mais para as disputas paralímpicas, já que o Brasil tinha, antes de Paris, 373 medalhas conquistadas, enquanto os esportes olímpicos somavam 170 pódios já contando com esta última edição na capital francesa.

    Há também uma diferença de recursos chamativa entre o que foi recebido pelo Comitê Olímpico do Brasil (COB) e o CPB. A maior fonte de investimentos recebidos pelo CPB é a Lei das Loterias. Em pouco mais de duas décadas, o CPB recebeu R$ 1,64 bilhão do Governo Federal, valor 40% menor do que o COB recebeu no mesmo período. Segundo Mizael Conrado, presidente d CPB a lei é responsável por 80% de todos os recursos de financiamento ao esporte brasileiro.

    Uma resposta mais objetiva para o questionamento é que os Jogos Paralímpicos apresentam uma variedade maior de categorias dentro da mesma modalidade. Adria Santos, maior medalhista entre as mulheres na história dos Jogos Paralímpicos, conquistou 13 medalhas, sendo quatro ouros, na classe T11, onde os competidores correm ao lado do atleta-guia e usam o cordão de ligação.

    No atletismo, existem classes para amputados, cadeirantes, deficientes intelectuais e visuais, por exemplo. Ou seja, se cada uma das classes tiverem mais de um atleta brasileiro competindo, a chance de medalha já torna-se maior do que nas Olimpíadas, nas quais as categorias são divididas entre masculino e feminino. Mas, muito além da quantidade, é preciso olhar para a qualidade desses atletas que representam o Brasil.

Fonte: Estadão Conteúdo

           

Seja sempre o primeiro a saber. Baixe os nossos aplicativos gratuito.

Siga-nos em nossas redes sociais FacebookTwitter e InstagramVocê também pode ajudar a fazer o nosso Blog, nos enviando sugestão de pauta, fotos e vídeos para nossa a redação do Blog do Silva Lima por e-mail blogdosilvalima@gmail.com ou WhatsApp (87) 9 9937-6606 ou 9 9155-5555.

Continue lendo
Clique para comentar

Responder

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *

Esporte

Sport vence Novorizontino

Publicado

em

Fim de tabu, de jejum e lei do ex. Este foi o cenário do duelo entre Novorizontino e Sport, na noite desta sexta-feira (11), no Jorge Ismael de Biasi, pela 31ª rodada da Série B. Melhor para o Rubro-negro, que fez valer a boa fase e emendou mais uma vitória na luta pelo acesso.

Sob chuva, o Leão soube ser cirúrgico para bater os donos da casa, por 3×1, e chegar ao nono jogo seguido sem derrota. Mais que isso, apesar de se manter em terceiro na tabela, o time de Pepa encurtou para apenas um ponto a distância para o Tigre, ainda líder da competição nacional, com 54 pontos.

Neste sábado (12), a equipe paulista pode cair para o segundo lugar na sequência da rodada. Isso porque, em outro duelo envolvendo equipes do G4, o Santos recebe o Mirassol, às 18h30, na Vila Belmiro. O Peixe pode chegar aos 56 pontos em caso de triunfo. Já o elenco dirigido por Mozart é o quarto lugar, com 50 pontos.

Por Yuri Teixeira/Folha de Pernambuco

Foto Paulo Paiva/SCR

           

Seja sempre o primeiro a saber. Baixe os nossos aplicativos gratuito.

Siga-nos em nossas redes sociais FacebookTwitter e InstagramVocê também pode ajudar a fazer o nosso Blog, nos enviando sugestão de pauta, fotos e vídeos para nossa a redação do Blog do Silva Lima por e-mail blogdosilvalima@gmail.com ou WhatsApp (87) 9 9937-6606 ou 9 9155-5555.

Continue lendo

Esporte

Dorival convoca Matheus Pereira para vaga de Paquetá no duelo da seleção com o Peru

Publicado

em

O técnico Dorival Júnior convocou, nesta sexta-feira, o meia Matheus Pereira, do Cruzeiro, para a partida da seleção brasileira com o Peru, na terça-feira, em Brasília (DF), pela décima rodada das Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo de 2026.

O atleta de 28 anos ocupará o lugar de Lucas Paquetá, do West Ham, que levou o segundo cartão amarelo na competição, na vitória do Brasil sobre o Chile por 2 a 1, em Santiago, na última quinta-feira, e terá de cumprir suspensão no próximo jogo.

Matheus Pereira é o principal destaque do Cruzeiro na temporada, com nove gols marcados e 13 assistências para os companheiros balançarem as redes em 48 partidas disputadas nesta temporada. Seu bom desempenho levou o clube mineiro a adquirir seus direitos econômicos junto ao Al Hilal, da Arábia Saudita, que o havia emprestado em 2023.

Os jogadores que atuam no Campeonato Brasileiro foram decisivos no triunfo contra o Chile. Igor Jesus e Luiz Henrique, ambos no Botafogo, fizeram os gols da virada da seleção brasileira.

A delegação nacional desembarca no início da noite desta sexta-feira em Brasília, local do jogo contra os peruanos, e fará seu primeiro treino preparatório neste sábado, no estádio Bezerrão, no Gama (DF).

Com a vitória sobre o Chile, fora de casa, o Brasil ocupa a quarta posição nas Eliminatórias, com 13 pontos somados em nove partidas. A Argentina lidera, com 19, seguida por Colômbia (16) e Uruguai (15), que visita o Peru, nesta sexta-feira, às 22h30 (horário de Brasília).

Foto Getty

Por Estadão

           

Seja sempre o primeiro a saber. Baixe os nossos aplicativos gratuito.

Siga-nos em nossas redes sociais FacebookTwitter e InstagramVocê também pode ajudar a fazer o nosso Blog, nos enviando sugestão de pauta, fotos e vídeos para nossa a redação do Blog do Silva Lima por e-mail blogdosilvalima@gmail.com ou WhatsApp (87) 9 9937-6606 ou 9 9155-5555.

Continue lendo

Esporte

CBF envia ofício e Corinthians vai ter que tirar patrocinadora da camisa

Publicado

em

Um ofício da CBF do dia 4 de outubro, recebido apenas na quarta (8) pelo Corinthians, aponta que a Esportes da Sorte não poderá anunciar na camisa do clube a partir desta sexta-feira (11) fora do Rio de Janeiro. Pelo menos na realidade atual do clube e das transmissões de futebol.

A CBF diz que “empresas autorizadas por Estados a explorar apostas de quota fixa somente poderão divulgar publicidade ou propaganda comercial nos limites de seu território”.

Ou seja, quem tem liberação estadual não pode extrapolar os limites do estado em questão. A Esportes da Sorte tem aval dado pelas Loterias do Rio (Loterj). De cara, não pode aparecer além das divisas fluminenses.

O documento da CBF faz menção ao artigo 114 do Regulamento Geral de Competições (RGC), que condiciona toda publicidade relativa às bets, inclusive nas camisas, ao cumprimento da Lei das Apostas Esportivas.

A CBF não aplica uma diretriz que ela mesma criou, mas se posicionou dizendo que seguirá a legislação e tem implementado todas as adequações em parceria com o governo. O artigo 35-A da Lei 13.756 reforça que as propagandas ficam restritas à localização.

“A comercialização e a publicidade de loteria pelos Estados ou pelo Distrito Federal realizadas em meio físico, eletrônico ou virtual serão restritas às pessoas fisicamente localizadas nos limites de suas circunscrições ou àquelas domiciliadas na sua territorialidade”. afirma o art. 35-A, parágrafo 4 da Lei das Apostas.

A reportagem apurou que a interpretação do Ministério da Fazenda é seguir o artigo à risca: as propagandas ficarão restritas ao estado em questão e não podem ir além dele, por meios físicos ou digitais. E isso inclui transmissões de TV para fora do estado.

Com essa visão, a publicidade de jogo do Corinthians exibido ou realizado em São Paulo, por exemplo, no qual a Esportes da Sorte apareça, será tratada como ilegal. A legalidade só aconteceria em partidas realizadas e transmitidas apenas para o Rio.

Esse quadro torna inviável que o clube estampe a Esportes da Sorte em jogos do Brasileirão e da Copa do Brasil. Mesmo no Paulista, a transmissão extrapola o estado de São Paulo.

E AGORA, CORINTHIANS?

Em contato com a reportagem, fontes da diretoria corintiana disseram que a autorização estadual daria “respiro” ao patrocínio, mas o cenário muda diante do ofício da CBF e a interpretação dada pelo Ministério da Fazenda.

O clube aguarda a data limite estipulada pela Secretaria de Apostas para se manifestar, mas mantém comunicação com a Esportes da Sorte, que cumpre com os todos os pagamentos em dia até o momento.

A Esportes da Sorte também não se posicionou sobre os rumos do patrocínio ao Timão e a outros clubes da Série A.

A interpretação de alguns advogados consultados pelo UOL varia. A quem entenda que as bets com licença estadual, inclusive, só poderão aparecer em campeonatos estaduais.

Fernando Haddad, ministro da Fazenda, confirmou que cerca de 2.040 sites de apostas devem sair do ar, nesta sexta-feira (11), a partir da meia noite. A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) emitiu ordem às agências de telefonia para impedir ou limitar o acesso aos sites.

Foto  Shutterstock

Por Folhapress

           

Seja sempre o primeiro a saber. Baixe os nossos aplicativos gratuito.

Siga-nos em nossas redes sociais FacebookTwitter e InstagramVocê também pode ajudar a fazer o nosso Blog, nos enviando sugestão de pauta, fotos e vídeos para nossa a redação do Blog do Silva Lima por e-mail blogdosilvalima@gmail.com ou WhatsApp (87) 9 9937-6606 ou 9 9155-5555.

Continue lendo
Propaganda

Trending

Fale conosco!!