Um navio de guerra dos Estados Unidos chegou neste domingo (26/10) a Trinidad e Tobago, um pequeno arquipélago situado logo em frente à Venezuela, num momento em que o presidente Donald Trump intensifica sua pressão sobre o regime do presidente Nicolás Maduro.
A chegada do USS Gravely, um navio lançador de mísseis, havia sido anunciada na quinta-feira pelo governo do arquipélago de 1,4 milhão de habitantes, cuja ponta ocidental está a cerca de 10 quilômetros da Venezuela.
O destróier permanecerá atracado em Port of Spain, a capital de Trinidad e Tobago, até quinta-feira, período durante o qual uma unidade de fuzileiros navais americanos realizará um treinamento conjunto com as forças de defesa do pequeno país caribenho.
O Ministério das Relações Exteriores de Trinidad e Tobago disse que o USS Gravely realizará treinamento conjunto com a Força de Defesa da ilha e partirá no dia 30.
“Esses esforços reforçam a intocabilidade, fortalecem a cooperação de defesa de longo prazo e melhoram a prontidão operacional entre as forças aliadas”, segundo o órgão. “A presença das forças militares dos EUA em Trinidad e Tobago ressalta o compromisso dos Estados Unidos com a segurança regional e a cooperação no Caribe.”
A chegada do USS Gravely ocorre após o secretário da Guerra dos EUA, Pete Hegseth, anunciar nesta semana o deslocamento do grupo de ataque USS Gerald Ford, que inclui o maior porta-aviões nuclear do mundo, para a área do Caribe.
Enquanto isso, o Corpo de Fuzileiros Navais dos EUA realizará exercícios militares com Trinidad e Tobago na costa da Venezuela, cujo governo alega que Washington está tentando derrubar Maduro com seu destacamento militar no Caribe.
A Venezuela também acusou o novo governo trinitino de servir aos interesses de Washington.
A primeira-ministra de Trinidad e Tobago, Kamla Persad-Bissessar, é uma fervorosa apoiadora de Trump e adotou, desde sua posse em maio de 2025, um discurso virulento contra a imigração e a criminalidade venezuelana em seu país.

