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Saúde

Cigarros eletrônico e tradicional têm em comum os riscos da nicotina; entenda os perigos

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Proibido no Brasil desde 2009, o cigarro eletrônico ainda é apresentado por seus fabricantes como uma alternativa mais saudável ao cigarro comum. É procurado principalmente por quem quer parar de fumar, mas também por jovens que fazem dele a porta de entrada para o tabagismo.

Especialistas consultados pelo G1 alertam que o cigarro eletrônico também oferece riscos, que em alguns casos podem ser iguais ou até maiores do que os do cigarro comum. Entenda, abaixo, as principais diferenças entre os dois tipos de cigarros e os danos que podem causar à saúde.

Como funcionam

A principal diferença entre os dois cigarros está no modo de funcionamento, que também determina as substâncias que acabam absorvidas pelo fumante.

Cigarro comum

O cigarro comum funciona a combustão. Quando ocorre a queima do fumo, ele solta substâncias que são inaladas na fumaça e absorvidas pelo organismo do fumante – e das pessoas próximas a ele.

Entre as milhares de substâncias do cigarro, as três mais famosas são:

  • Nicotina: É uma droga, ou o princípio ativo do tabaco. Após ser inalada, chega ao cérebro em poucos segundos e fica no sangue por algum tempo, liberando hormônios que dão sensação de prazer e saciedade. Quando os níveis de nicotina no corpo do fumante começam a baixar, ele sente ansiedade, com possíveis crises de abstinência. É um estímulo para fumar novamente. A nicotina, portanto, causa dependência;
  • Alcatrão: É, na verdade, uma mistura de 4 mil compostos químicos, muitos deles cancerígenos;
  • Monóxido de carbono: É o gás emitido na queima do cigarro. Ele diminui a capacidade das células vermelhas do sangue de transportar oxigênio.

O cigarro comum também tem outros elementos químicos, como os usados para produzir aromas, e eventuais resíduos da agricultura nas folhas de tabaco. Também pode ter impurezas e poeira. Se for falsificado ou contrabandeado, o nível de impurezas e substâncias tóxicas é ainda mais alto.

Cigarro eletrônico

A principal particularidade do cigarro eletrônico é que ele funciona com baterias e sem a necessidade da queima. É uma espécie de dispositivo “vaporizador” de aromas, sabores e outros produtos químicos: álcool, glicerina e, na maioria deles, nicotina.

Esses produtos são eletrônicos e têm um reservatório de líquido que precisa ser reabastecido esporadicamente. Também têm uma fonte de energia, geralmente uma bateria, e uma ponta aberta por onde o fumante inala o vapor.

Segundo Jaqueline Scholz, cardiologista e coordenadora do Comitê de Controle do Tabagismo da Sociedade Brasileira de Cardiologia, o cigarro eletrônico tem, de fato, menos substâncias tóxicas, mas “está longe de ser seguro”.

“Não existe consistência de evidências científicas sobre vantagens desse produto. É o novo cigarro do século 21. Com o cigarro eletrônico, a pessoa vai continuar dependente de nicotina e vai continuar fumando, só que de outra forma.” – Jaqueline Scholz, cardiologista.

Dependência química

Tanto o cigarro comum quanto o cigarro eletrônico induzem o fumante à dependência química, especialmente por causa da nicotina.

Mas, de acordo com Scholz, é uma ilusão achar que o vício pode ser menor com o cigarro eletrônico. Ela explica que, ao fazer uma transição do cigarro comum para o eletrônico, o fumante continua sob risco de ter problemas graves de saúde.

“É apenas uma substituição. Ao longo dos anos, o cigarro eletrônico se aperfeiçoou. No começo, era uma forma de fumar em lugares proibidos. Mas o fumante não sentia satisfação, pois a quantidade de nicotina era muito pequena”, conta. “Hoje, as baterias são mais potentes e a concentração de nicotina no vapor é bem maior.”

Cardiologista do HCor, Abrão Cury nota que, nos países onde é permitido, o cigarro eletrônico está se tornando uma porta de entrada dos mais jovens no tabagismo.

“Não é uma boa coisa. Entre muitos jovens, o uso do eletrônico acaba precedendo o cigarro comum. Há relatos contundentes de adolescentes que começam e, mais tarde, passam para o comum. Não é uma forma de tratar o tabagismo.” – Abrão Cury, cardiologista.

Riscos à saúde

Somente o cigarro comum leva alcatrão. Segundo a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), pelo menos 40 substâncias presentes no alcatrão são cancerígenas. Além disso, o fumo aumenta o risco de doenças no sistema respiratório, sendo muitos deles também relacionados à queima do cigarro.

Já o cigarro eletrônico não acarreta os mesmos problemas derivados da combustão, mas tem nicotina, que pode causar males tão sérios quanto os do cigarro comum.

“Pode causar irritação no sistema respiratório e o problema não é menos intenso que o cigarro a combustão”, afirma Cury.

Já Scholz afirma que, aos poucos, começam a aparecer evidências científicas de doenças cardiovasculares provocadas pela nicotina dos cigarros eletrônicos. “A pessoa pode ter problemas de pressão e nas artérias. Não adianta substituir. O importante é parar de fumar”, diz.

Por que o eletrônico é proibido no Brasil

O cigarro eletrônico está proibido pela Anvisa no Brasil desde 2009 e nunca teve registro no país. Em um parecer de 2017, a Anvisa informou que o cigarro eletrônico transmite uma falsa sensação de segurança ao fumante.

A Anvisa justifica essa decisão com “a falta de comprovação científica sobre a eficácia e segurança do produto”, especialmente quando apresentado como instrumento para parar de fumar. Também está vetada a publicidade e a importação do produto.

Segundo Scholz, não é eficaz usar o cigarro eletrônico no tratamento de pessoas que querem parar de fumar. “O tratamento tem que seguir uma técnica comportamental, acompanhada do uso de medicamentos”, diz ela.

“Evoluímos muito no Brasil e somos os campeões mundiais na redução de fumantes. Não podemos perder isso”, analisa. 

Por Filipe Domingues

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Saúde

Casos de febre oropouche disparam no Brasil; conheça a doença

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O número de casos de febre oropouche quadruplicaram no Brasil. Enquanto em 2023 foram registrados 832 casos da doença, o Ministério da Saúde (MS) contabilizou 3.354 apenas nas quinze primeiras semanas de 2024.

Do total deste ano, 2.538 dos casos são em residentes dos Amazonas, seguidos por Rondônia (574), Acre (108), Pará (29) e Roraima (18). Fora da região Norte, Bahia (31), Mato Grosso (11), São Paulo (7) e Rio de Janeiro (6) foram os Estados com maior número de registros da doença.

De acordo com o MS, a descentralização do diagnóstico laboratorial para detecção do vírus nos Estados da região amazônica, onde a febre é considerada endêmica, é o principal motivo por trás do aumento no número de casos.

A situação, contudo, é mais complexa. Enquanto locais da Amazônia têm maior disponibilidade de exames, há outras regiões do Brasil sem possibilidade de detecção, o que sugere que o número de casos de febre oropouche seja muito superior ao registrado.

Além disso, outro fator que colabora com a subnotificação é a semelhança entre os sintomas da oropouche com a dengue. Além de serem arboviroses – grupo de doenças virais transmitidas principalmente por artrópodes, como mosquitos e carrapatos -, os dois quadros costumam causar dor de cabeça, nos músculos e articulações, além de náusea e diarreia.

Na análise da infectologista do Hospital Israelita Albert Einstein, Emy Gouveia, o ritmo atípico da febre oropouche, assim como de dengue, também pode ser associado ao fenômeno El Niño e às mudanças climáticas, que resultam em temperaturas elevadas e chuvas irregulares, condições ideais para a reprodução dos mosquitos transmissores e, consequentemente, disseminação da doença.

O que é a febre oropouche?

Como o nome sugere, a febre oropouche é uma doença causada pelo vírus oropouche. Transmitido aos seres humanos principalmente pela picada do Culicoides paraensis, conhecido como maruim ou mosquito-pólvora, esse vírus foi detectado no Brasil na década de 1960 a partir de amostra de sangue de um bicho-preguiça capturado durante a construção da rodovia Belém-Brasília.

Desde então, casos isolados e surtos foram relatados no Brasil, principalmente nos Estados da região Amazônica. Também já foram relatados casos e surtos em outros países das Américas Central e do Sul (Panamá, Argentina, Bolívia, Equador, Peru e Venezuela).

Como ocorre a transmissão?

Segundo Emy, a transmissão ocorre quando um mosquito pica primeiro uma pessoa ou animal infectado e, em seguida, pica uma pessoa saudável, passando a doença para ela.

Existem dois tipos de ciclos de transmissão da doença:

Ciclo silvestre: nesse ciclo, os animais como bichos-preguiça e macacos são os hospedeiros do vírus. Alguns tipos de mosquitos, como o Coquilletti diavenezuelensis e o Aedes serratus, também podem carregar o vírus, mas o maruim é considerado o principal transmissor nesse ciclo.

Ciclo urbano: já no ciclo urbano, os humanos são os principais hospedeiros do vírus. O maruim também é o vetor principal, porém, alguns casos também podem estar associados ao Culex quinquefasciatus, comumente encontrado em ambientes urbanos.

“A diversidade de mosquitos envolvidos na transmissão do vírus é uma das preocupações mais sérias em relação ao aumento de casos no Brasil, especialmente em regiões além da Amazônia, uma vez que a disseminação pode ocorrer de maneira mais rápida, considerando que as pessoas também são hospedeiras”, afirma Emy.

Como diferenciar a febre oropouche da dengue?

Além da diferença entre os mosquitos vetores, que, no caso da dengue, é o Aedes aegypti, as doenças se diferenciam pela evolução do quadro clínico.

O paciente diagnosticado com dengue pode começar a sentir dores abdominais intensas e, no pior dos casos, pode apresentar hemorragias internas, o que não acontece na oropouche.

Uma característica específica da oropouche é a apresentação de ciclo bifásico. Geralmente, a pessoa tem febre e dores por alguns dias e eles desaparecem em seguida. Após uma semana, o quadro da doença retorna, até sumir novamente.

Segundo Emy, não há casos de mortalidade pela doença. Porém, uma outra característica marcante é que nos casos mais graves pode haver comprometimento do sistema nervoso central, com quadros como meningite asséptica e meningoencefalite, principalmente em pacientes imunocomprometidos.

Vale ressaltar também que, diferente da dengue, ainda não há imunizantes específicos para a febre oropouche.

Quais são os grupos de risco?

De acordo com a infectologista do Hospital Albert Einstein, os idosos e as crianças são os principais grupos de risco da febre oropouche.

No caso dos idosos, o perigo está relacionado à maior possibilidade de desidratação e presença de comorbidades. Já entre crianças, além da desidratação, a dificuldade de controlar a febre é o que amplia o risco de a doença evoluir para um quadro pior.

Como o diagnóstico é feito?

Atualmente, apenas um exame faz a identificação da doença: o RT-PCR desenvolvido pela Fiocruz Amazonas. A coleta é por meio do sangue e o exame fica disponível nos Laboratórios Centrais de Saúde Pública (Lacens).

Existem também testes que dizem se a pessoa tem anticorpos da doença, e que revelam infecção recente, mas são poucos disponibilizados em laboratórios.

“Geralmente, por causa da pouca disponibilidade de exames, eles ficam restritos às pessoas com sintomas típicos da fase aguda da doença ou que testaram negativo para dengue ou chicungunya. Além disso, quando o paciente não é da Amazônia, mas teve passagem pela região, a atenção é redobrada”, afirmou Emy.

Como é o tratamento?

De acordo com a especialista, ainda não há um medicamento específico para tratar a febre oropouche. Por isso, o tratamento é de suporte. Ou seja, costumam ser administradas medicações para dor, náuseas e febre, além da indicação de hidratação e repouso.

Outra diferença em relação à dengue é que a febre oropouche não possui contraindicação de medicamentos. Então, a administração de anti-inflamatórios é liberada. Mas, para isso, é essencial que exista uma diferenciação do quadro clínico, já que a administração de certos medicamentos durante a dengue pode agravar a situação do paciente, ocasionando inclusive quadros hemorrágicos.

Como prevenir?

De acordo com o Ministério da Saúde, as formas de prevenção incluem:

– Evitar áreas onde há muitos mosquitos, se possível;

– Usar roupas que cubram a maior parte do corpo e aplique repelente nas áreas expostas da pele, especialmente nas regiões com maior número de casos;

– Manter a casa limpa, removendo possíveis criadouros de mosquitos, como água parada e folhas acumuladas;

– Se houver casos confirmados na sua região, é recomendado seguir as orientações das autoridades de saúde local para reduzir o risco de transmissão, como medidas específicas de controle de mosquitos.

Fonte:  ESTADAO CONTEUDO

 

           

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Saúde

Vacina da Dengue: governo amplia faixa etária que pode tomar doses perto de vencer; veja regra

Caso a ampliação ainda não seja suficiente para dar conta do estoque de vacinas a vencer, os municípios poderão vacinar pessoas de 4 a 59 anos.

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O Ministério da Saúde recomendou na quarta-feira, 17, que Estados e municípios ampliem o público-alvo da vacina contra dengue caso tenham doses a vencer até 30 de abril. Atualmente, a vacina é recomendada para o público de 10 a 14 anos, mas a pasta indica que caso haja risco de perda de vacina, as redes poderão aplicar doses em pessoas de 6 a 16 anos.

Segundo a nota técnica, a qual o Estadão teve acesso, caso a ampliação ainda não seja suficiente para dar conta do estoque de vacinas a vencer, os municípios poderão vacinar pessoas de 4 a 59 anos. Essa faixa etária está prevista na bula da vacina da dengue.

A pasta determina ainda que deve ser garantida a segunda dose para pessoas que forem imunizadas nesse contexto. No início da semana, o jornal “O Globo” noticiou que cerca de 145 mil doses de vacina da dengue estavam próximas do vencimento.

“Reforçamos que essa é uma estratégia temporária, aplicada apenas para as vacinas que possuem prazo de validade até 30 de abril de 2024?, diz a nota do ministério.

O ministério também orientou que os Estados façam remanejamento das doses próximas ao vencimento entre seus municípios.

Foto Shutterstock

Por Estadão

           

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Saúde

Ministério da Saúde amplia faixa etária de vacinação da dengue; vacinas estão perto de vencer

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A Câmara Técnica de Imunizações do Ministério da Saúde publicou nessa quinta-feira (17/4), uma nota técnica na qual aponta uma estratégia temporária para vacinação contra dengue das doses com validade até 30 de abril de 2024. Dessa forma, a pasta decidiu liberar a ampliação das faixas etárias no Sistema Único de Saúde (SUS).

As vacinas com validade até 30 de abril poderão ser aplicadas em pessoas de 4 a 59 anos. Contudo, a ampliação da faixa etária ficará a critério dos próprios municípios que tiverem doses sobrando.

Uma segundo nota técnica será enviada aos estados com a nova orientação.

Fonte: DP

 

           

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