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Política

Ciro Nogueira empregou mãe, pai e quatro irmãos em seu gabinete na Câmara dos Deputados

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Escolhido pelo presidente Jair Bolsonaro para comandar a Casa Civil, Ciro Nogueira empregou durante os anos 1990 e 2000 em seu gabinete na Câmara dos Deputados seu pai, sua mãe e seus quatro irmãos.

Ciro Nogueira foi nomeado oficialmente ministro da Casa Civil na quarta-feira (28), em substituição ao general Luiz Eduardo Ramos. A chegada do senador pelo Piauí ao governo consolidou o avanço do centrão sobre a ala militar do Palácio do Planalto.

O parlamentar será responsável por melhorar a articulação com o Congresso Nacional, onde tem bom trânsito por ter passado 16 anos na Câmara e outros 10 anos no Senado.

Durante seu mandato na Câmara, Ciro Nogueira usou o seu gabinete oficial e também estruturas que comandou dentro da Casa legislativa para empregar os seus familiares. Procurado desde a tarde de sexta-feira (30), ele não se manifestou.

Uma das empregadas no gabinete de Ciro foi a sua mãe, Eliane Nogueira (PP-PI) , que assumiu como primeira suplente sua vaga no Senado na semana passada. Como a Folha mostrou, Eliane trabalhou também no gabinete do marido, nos anos 1990 e 2000.

A atual senadora afirmou na ocasião que a prática de nepotismo não era crime em tempos passados e que não houve vantagens indevidas.

“Há 30 anos, trabalhar ao lado de familiares na administração pública não era ilegal e ocorria por questões de confiança. Seria imoral somente se houvesse vantagem indevida, o que não era o caso. Entretanto, a sociedade avança e as leis se modernizam”, afirmou por meio de sua assessoria de imprensa.

Segundo a Lei das Inelegibilidades, a indicação de parentes à suplência das chapas que concorrem ao Senado não é ilegal, mas já há iniciativas no Congresso para impedir a prática.

Nepotismo também não era considerado uma prática ilegal ao longo dos anos 1990 e início dos 2000. No entanto, as sucessivas denúncias de uso de cargos públicos para acomodar familiares deu início a uma discussão, que resultou na proibição da prática.

Em 2008, o Supremo Tribunal Federal consolidou em súmula o entendimento de que o nepotismo viola os princípios da moralidade e impessoalidade expressos na Constituição de 1988, não necessitando de lei específica para sua proibição.

Ciro Nogueira iniciou sua carreira como deputado federal em 1995 e logo em seu primeiro mandato nomeou uma série de parentes para seu gabinete. Atuaram como secretários parlamentares neste período a sua mãe e quatro irmãos: Juliana e Silva Nogueira Lima, Raimundo Neto e Silva Nogueira Lima, Alessandra Nogueira Lima Castelo Branco e Gustavo e Silva Nogueira Lima.

Os familiares de Nogueira permaneceram em seu gabinete, pelo menos, pelos dois mandatos seguintes do deputado federal. Análise nos boletins de administração da Câmara mostram intensa movimentação, com exonerações e novas nomeações.

Em um intervalo de pouco mais de um ano, a partir de março de 1998, seu irmão Gustavo e Silva Nogueira Lima, por exemplo, trocou de cargo no gabinete pelo menos três vezes.

Situação semelhante se desenrolou com Alessandra Nogueira Lima Castelo Branco. Em março de 1998, foi exonerada do cargo de secretária parlamentar 20 que ocupada no gabinete do irmão. Foi nomeada na sequência como secretária parlamentar código 16. Em abril de 1999, voltou a ser exonerada e nomeada para o cargo de secretária parlamentar código 18. Ou seja, em um ano, ela foi exonerada do cargo de maior remuneração para outro considerado inferior e depois acabou novamente exonerada e nomeada, em uma espécie de “promoção”.

De acordo com o ato da mesa da Câmara 12/2003, a prática de repetidas nomeações e exonerações tinha como único objetivo forçar o pagamento da rescisão contratual dos assessores, com 13º salário proporcional e indenização por férias, não raro acumuladas acima do período permitido em lei.

Gustavo e Silva Nogueira e Lima, assim como sua mãe Eliane Nogueira, depois acabaram nomeadas para o gabinete de um dos aliados de Ciro Nogueira, o deputado federal Átila Lins (PP-AM). Os dois chegaram a ocupar os cargos de secretários parlamentares código 24, o segundo de maior remuneração nos gabinetes.

Além dos gabinetes pessoais, Ciro Nogueira também usou a estrutura de cargos que assumiu na Câmara para empregar os seus familiares.

O pai do atual ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira Lima (1933-2013) –o nome completo do atual ministro é Ciro Nogueira Lima Filho–, por exemplo, tornou-se em março de 2001 assessor técnico no gabinete do Quarto Secretário da Câmara. Nessa época, o deputado Ciro Nogueira ocupava esse posto. A mãe do atual ministro também atuou no mesmo gabinete durante a gestão do filho.

O pai foi deputado federal de 1983 a 1987 pelo MDB, partido de oposição à ditadura militar. Em 1986, concorreu a uma vaga no Senado pelo PFL, mas foi derrotado. Voltou à Câmara em 1991, onde cumpriu mandato até 1995, quando passou o bastão para seu filho mais velho.

Após quatro mandatos consecutivos como deputado federal, Ciro Nogueira assumiu uma cadeira no Senado pelo Piauí em 2011, após concorrer ao cargo em aliança com o hoje governador Wellington Dias (PT). Reelegeu-se em 2018 no mesmo palanque do PT, quando apoiou a candidatura ao Planalto de Fernando Haddad (PT) contra Jair Bolsonaro.

Ciro Nogueira e Wellington Dias romperam a aliança em 2020, meses antes das eleições municipais, aprofundando o afastamento do senador com o PT. Com mandato garantido até fevereiro de 2027, Nogueira deve concorrer ao governo do Piauí na eleição do próximo ano.

Por:Blog Alvinho Patriota

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Política

Moraes manda PF aprofundar investigação sobre fraude em cartão de vacina de Bolsonaro

O pedido foi feito pelo PGR Paulo Gonet.

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O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), atendeu a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR) e determinou que a Polícia Federal (STF) aprofunde as investigações que ligam o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) a uma fraude no cartão de vacinação.

O pedido do PGR, Paulo Gonet foi feito após análise do relatório em que a PF imputou ao ex-presidente e mais 16 investigados supostos crimes de associação criminosa e inserção de dados falsos em sistema de informação.

Moraes quer que a PF esclareça se algum certificado de vacinação foi apresentado por Bolsonaro e pelos demais integrantes da comitiva presidencial quando entrou nos EUA e se havia, à época, norma que exigisse apresentação de certificado de vacina de todo estrangeiro, mesmo que fosse detentor de passaporte e visto diplomático.

Também determinou que a PF aprofunde as investigações sobre os indícios de falsidade dos registros de vacinação em nome dos familiares do deputado Gutemberg Reis de Oliveira (MDB-RJ) e para que seja relatado o resultado da quebra de sigilo do seu celular.

Por fim, Moraes quer que sejam anexados os laudos periciais dos demais aparelhos eletrônicos apreendidos, além daqueles do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, e sua esposa, Gabriela Cid.

Foto Getty

Por Estadão

           

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Política

PT e PL entram com recurso contra absolvição de Moro na Justiça Eleitoral do Paraná

No PL, o presidente da sigla, Valdemar Costa Neto, decidiu prosseguir com o recurso apesar da resistência do ex-presidente Jair Bolsonaro.

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O PT e o PL entraram nesta segunda-feira (22) no TRE (Tribunal Regional Eleitoral) do Paraná com recursos contra a decisão da corte que rejeitou a cassação do senador Sergio Moro (União Brasil). Os apelos devem ser encaminhados ao TSE (Tribunal Superior Eleitoral).

Os recursos foram protocolados por volta das 23h30 -o prazo para contestações no TRE terminou às 23h59.

No PL, o presidente da sigla, Valdemar Costa Neto, decidiu prosseguir com o recurso apesar da resistência do ex-presidente Jair Bolsonaro.

O recurso do PT, com 218 páginas, foi assinado pelos advogados Luiz Eduardo Peccinin, que já atua para a sigla no Paraná, e Ângelo Ferraro, ligado ao diretório nacional da legenda e que entrou no caso agora. O partido diz que o relator do caso no TRE, Luciano Falavinha Carrasco, “cometeu equívocos na análise das provas”.

Em 9 de abril, por maioria de votos, os juízes do tribunal eleitoral rejeitaram pedido do PT e também do PL para tirar o mandato do ex-juiz da Lava Jato sob a justificativa principal de que o senador teria cometido abuso de poder econômico durante a pré-campanha eleitoral de 2022.

Cada partido entrou com uma proposta de Aije (Ação de Investigação Judicial Eleitoral) contra Moro, no final de 2022, mas as duas representações acabaram tramitando em conjunto no TRE, em função das semelhanças das acusações.

Os partidos pediram a cassação do mandato de Moro, a inelegibilidade dele por 8 anos e a realização de uma eleição suplementar no Paraná para a cadeira de senador.

O julgamento do caso no TRE durou quatro sessões e terminou com um placar de 5 a 2 a favor de Moro, em relação à acusação de abuso de poder econômico.

Além disso, todos os juízes rejeitaram a acusação de uso indevido dos meios de comunicação social e também não reconheceram indícios de caixa dois e triangulação de recursos, mencionados nas Aijes.

Em pronunciamento feito logo após a decisão da Justiça Eleitoral, Moro disse que o julgamento foi “técnico e impecável” e “representa um farol para a independência da magistratura frente ao poder político”.

“As ações rejeitadas estavam repletas de mentiras e de teses jurídicas sem o menor respaldo”, afirmou ele.

Foto Getty

Por Folhapress

           

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Política

Ministra mantém indenização de Deltan a Lula por caso de powerpoint

A ministra rejeitou o recurso por motivos processuais.

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A ministra Cármen Lúcia, do Supremo Tribunal Federal (STF), negou nesta segunda-feira (22) recurso para suspender a decisão que condenou o ex-procurador da Operação Lava Jato Deltan Dallagnol a indenizar em R$ 75 mil o presidente Luiz Inácio Lula da Silva pelo “caso do powerpoint”.

A ministra rejeitou o recurso por motivos processuais. No entendimento de Cármen Lúcia, não cabe o recurso extraordinário para reverter a condenação do ex-procurador.

Em 2016, então chefe da força-tarefa da Lava Jato, Dallagnol fez uma apresentação de powerpoint para acusar Lula, que era investigado pela operação, de chefiar uma organização criminosa. Posteriormente, os processos foram anulados após o STF considerar o ex-juiz Sergio Moro parcial na condução da investigação.

Em março de 2022, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) condenou Deltan Dallagnol ao pagamento de R$ 75 mil em danos morais a Lula.

Na ocasião, Cristiano Zanin, ex-advogado de Lula e atual ministro do STF, questionou a conduta funcional de Dallagnol. Segundo ele, o ex-procurador e outros integrantes da Lava Jato usaram a apresentação de powerpoint para acusar o ex-presidente de atuar como “comandante e maestro de uma organização criminosa”.

Para o STJ, o ex- procurador usou termos desabonadores e linguagem não técnica em relação ao então ex-presidente.

Foto Getty

Por Agência Brasil

           

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