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Educação

Como as Olimpíadas de Conhecimento potencializam o desempenho no Enem 2024

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A participação de estudantes em olimpíadas de conhecimento, sejam de Matemática, Química, História, Língua Portuguesa, Astronomia ou Robótica, pode contribuir de forma positiva para aqueles que vão fazer o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Nesta edição, que registrou mais de 5 milhões de candidatos inscritos, as provas serão aplicadas nos dias 3 e 10 de novembro.

Uma pesquisa conduzida pelo Interdisciplinaridade e Evidências no Debate Educacional (Iede), organização que se dedica a estudos em educação, divulgada em maio deste ano, mostrou que os alunos de escolas com altas taxas de participação na Olimpíada Brasileira de Matemática das Escolas Públicas (Obmep), por exemplo, têm obtido melhores resultados no Enem.

“Alguns pontos importantes que impactam positivamente no Enem são o desenvolvimento de habilidades cognitivas, pois as olimpíadas estimulam o raciocínio lógico, além da resolução de problemas e do estímulo ao pensamento crítico. Essas competições também trabalham a motivação e a confiança, porque acabam incentivando os estudantes a se dedicarem mais aos estudos”, afirmou o professor de Matemática e coordenador do Ensino Médio do Colégio Saber Viver, Ricardo Berardo.

Lidar com a pressão, o trabalho em equipe e a gestão do tempo são algumas das habilidades que servem não apenas para o Enem, mas para qualquer fase da vida desses estudantes. Para o professor de História da Escola de Aplicação do Recife, vinculada à Universidade de Pernambuco (UPE), Dayvison Freitas, as olimpíadas servem como mais um instrumento pedagógico no qual os alunos assumem, de certa forma, um protagonismo ao longo do processo.

“No caso das olimpíadas de História, especificamente, eles entram em contato com registros que chamamos de ‘fontes históricas’, então eles percebem como funciona o processo de produção historiográfica e quais são os métodos que usamos para analisar as fontes. E nisso, eles acabam desenvolvendo competências durante a realização das olimpíadas, então, além de trabalhar conhecimentos de história, a atuação deles na competição também está focada na compreensão dentro da sociedade”, afirmou o docente em entrevista à coluna Enem e Educação.

“Por exemplo, nas redações, temos relatos de alunos que já participaram de edições anteriores da olimpíada de História, principalmente, onde isso acaba refletindo em uma maior habilidade ao trabalhar certos temas dentro da redação do Enem. Os alunos pegam os textos de apoio e, ao fazerem a interpretação desses textos, conseguem perceber elementos estruturais para fazer a análise e desenvolvimento do tema”, destacou Freitas.

ROTINA DE ESTUDOS

As provas do Enem exigem uma visão mais ampla e interdisciplinar dos conteúdos, diferente do que é exigido nessas competições de conhecimento. No entanto, a participação dos estudantes acaba estimulando-os a conectar os conteúdos de diferentes áreas.

A aluna da Escola de Aplicação do Recife, Maria Luiza, tem 15 anos e ainda não decidiu sobre qual curso pretende fazer, mas sabe que será na área de tecnologia. Neste ano, ela fará o Enem como treineira e acredita que terá certa facilidade devido às experiências vivenciadas nessas competições científicas.

Entre as nove olimpíadas das quais já participou, a jovem conquistou medalhas de prata e bronze na etapa nacional da Obmep, em 2021, e, no mesmo ano, conquistou a prata na Olimpíada Brasileira de Informática (OBI). Maria Luiza também participou, em 2023, da Olimpíada de Matemática da Unicamp, ficando com o bronze nesta competição.

“As olimpíadas são uma oportunidade de ampliar os conhecimentos, e você acaba aprendendo a lidar com problemas maiores e mais difíceis. Isso gera uma certa facilidade quando você vai fazer, por exemplo, uma prova como o Enem, mesmo que as questões tratem de conceitos que não estão em um nível olímpico. E essa preparação ajuda muito porque você acaba se acostumando com o ambiente de prova, com o tempo e com as pressões”, afirmou a aluna.

Cauan Felipe, de 18 anos, está no 3º ano do ensino médio e quer cursar Ciência da Computação. Aluno da Escola de Aplicação do Recife, ele conquistou o bronze na Olimpíada Nacional de História do Brasil (ONHB), em 2023, e o bronze na Olimpíada Titãs em Matemática, no mesmo ano.

Com uma rotina de estudos intensa, iniciando os estudos pela manhã e terminando só à noite, Cauan também falou que as competições auxiliam na hora de entender a prioridade das questões a serem respondidas, trabalhando as estratégias.

“Na olimpíada de História, as questões focam no senso crítico e na problematização do que está sendo pedido. O Enem dá muito esse enfoque de usarmos a história para fazer analogias e conseguir problematizar coisas do presente. Já nas olimpíadas de Matemática, as questões são diferentes daquelas que caem no Enem, mas elas ajudam no raciocínio, porque sendo mais complexas que as do exame nacional, nós podemos usufruir desse exercício”, destacou o jovem.

Ele participou e ganhou prata na Olimpíada Pernambucana de Química (OPEQ), o que garantiu a participação na Olimpíada Brasileira de Química (OBQ)

Para Thiago Dias, aluno do Colégio Saber Viver, de 16 anos e com a intenção de cursar Medicina, é importante contar com o incentivo da escola nas competições. “São provas que nos ajudam não só para o Enem, mas também para o SSA (Sistema Seriado de Avaliação). Participar das olimpíadas é benéfico, pois você enfrenta uma prova em um ambiente diferente, com um nível mais alto e várias fases que precisamos superar. Isso contribui para a nossa preparação”, comentou Thiago, que está no 2º ano do ensino médio e fará o Enem este ano como treineiro.

Fonte: JC

           

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Educação

Secretaria de Educação e Esportes emite nota de esclarecimento sobre o Programa Ganhe o Mundo

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A Secretaria de Educação e Esportes (SEE) de Pernambuco vem a público esclarecer e tranquilizar todos os candidatos a respeito do Programa Ganhe o Mundo. Informamos que os estudantes já pré-selecionados no edital de resultado e classificação preliminar não serão prejudicados, pois serão selecionados para as primeiras 900 vagas de embarque, considerando a distribuição por país de destino e regras previstas no edital de abertura.

Para esses candidatos, o prazo e as normas de recursos continuam as mesmas. A reabertura do prazo para interposição de recursos no site do Instituto Avalia se inicia nesta quinta-feira (10), a partir das 16h até as 23h59 da sexta-feira (11). O candidato deverá, dentro desse prazo, verificar o Edital de Retificação e de Complemento do Edital de Prorrogação da Fase de Verificação de Requisitos. A divulgação do resultado dos recursos e do resultado final dos aprovados na primeira chamada de embarque será publicada no dia 18/10.

Para os candidatos que tiveram declarações indeferidas por motivos de preenchimento incorreto ou incompleto, por parte da gestão escolar, terão o prazo de 21 a 23 de outubro para a inserção das mesmas. Ressaltamos que esse prazo apenas se destina aos candidatos considerados inaptos no resultado preliminar. Aqueles que não enviaram a documentação necessária no período de 16/09 a 27/09 continuam desclassificados.

Por Educação PE Oficial

           

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Educação

Entre livros e telas, como as bibliotecas podem ajudar na preparação para o Enem 2024

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Com a tecnologia transformando o cenário educacional, os estudantes têm acesso a uma ampla gama de recursos digitais que potencializam sua preparação para os vestibulares, como o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). No entanto, é crucial destacar que as telas não substituem os livros, e espaços como as bibliotecas desempenham um papel vital nessa jornada de estudos.

“É inegável que a facilidade de acesso à informação pela internet pode colocar a biblioteca em segundo plano. No entanto, a biblioteca continua a ser uma fonte valiosa e confiável de informação, especialmente em um contexto onde há tantas informações falsas circulando online”, explica Juliana Belfort, bibliotecária do Colégio Saber Viver.

Ela reforça que a biblioteca escolar é essencial para o desenvolvimento das habilidades de leitura e escrita, que são fundamentais para a interpretação das questões do Enem. Com acesso a livros, periódicos e materiais didáticos, as bibliotecas disponibilizam uma seleção de obras que abrangem todas as disciplinas do Enem, como Matemática, Português, Ciências da Natureza e Ciências Humanas.

Isso permite que os estudantes encontrem materiais de referência que aprofundam seus conhecimentos e facilitam a compreensão de conteúdos complexos. Além disso, muitos espaços contam com guias de estudo e simulados, que são recursos valiosos para a prática e o aprimoramento das habilidades exigidas no exame.

A professora de Língua Portuguesa da Escola Técnica Estadual (ETE) Professor Lucilo Ávila Pessoa, Audjane Marques, observa que a procura dos estudantes pela biblioteca era maior antes da pandemia de covid-19, quando o uso de celulares e computadores para aulas remotas não era tão intenso. No entanto, hoje essa busca é considerada satisfatória.

“A biblioteca não deixa de ser o espaço mais apropriado para pesquisas, pois é um local que favorece a leitura e proporciona um ambiente silencioso, ideal para os estudos, especialmente nesta época do ano”, diz.

A docente destaca que professores e a bibliotecária da escola estão sempre estimulando os alunos com projetos de incentivo à leitura e aprimoramento das pesquisas. Em relação aos recursos digitais, que oferecem flexibilidade e acessibilidade, Audjane Marques ressalta a importância do uso consciente dessas tecnologias, como o celular. Assim, os estudantes podem aproveitar o melhor dos dois mundos, maximizando seu aprendizado e se preparando de forma mais eficaz para os desafios do Enem e outros vestibulares.

Um espaço para compartilhar conhecimento

Rebeca Letícia Falcão, aluna de 17 anos do 3º ano do ensino médio do curso de Administração da ETE Professor Lucilo Ávila Pessoa, afirma que sua rotina de estudos para o Enem tem sido intensa e que ela busca conciliar seus horários de maneira eficaz. Nesse processo, a biblioteca tem sido fundamental para sua vida acadêmica e para a promoção da cultura da leitura, oferecendo um acervo que se distingue dos conteúdos disponíveis na internet.

“Quando estava no 1º ano, as meninas do 3º ano me passaram a coordenação de um projeto chamado Café Filosófico, onde escolhemos um livro para debater com nossos colegas, incentivando a leitura no ambiente escolar”, conta a estudante.

Para Marcello Bruno dos Santos, também aluno da ETE Professor Lucilo Ávila, os livros disponíveis na biblioteca em formato físico facilitam a compreensão e a retenção de informações, pois promovem uma conexão mais profunda com o material estudado.

“Quando há algum assunto que não é suficientemente abordado no livro, sei que posso complementá-lo com uma pesquisa na biblioteca. Além disso, esse é um espaço que favorece a concentração e a atenção nos conteúdos”, afirma.

Ambientes como a biblioteca escolar e as salas de estudos também são importantes para integrar os alunos no compartilhamento de conhecimento. Estudar em grupo permite que os alunos permite que cada um traga suas próprias experiências, o que pode ampliar a compreensão dos temas, já que os grupos de estudo facilitam a troca de informações e recursos.

Um estudante pode ter domínio em Matemática, enquanto outro se destaca em Redação. “Nós costumamos estudar em grupo para dar aquela revisada, cada um vai complementando as informações com aquilo que sabe. O ideal é se reunir em grupos pequenos para não virar aquela bagunça, e também para dividirmos melhor o tempo que vamos estudar cada matéria”, destacou Ester Dourado, 15 anos, aluna do Colégio Saber Viver e que vai fazer o SSA e o Enem, como treineira, neste ano.

Democratização do acesso à informação

Em abril, foi sancionada a Lei 14.836/2024, que incentiva a criação e a melhoria de bibliotecas no Brasil e cria o Sistema Nacional de Bibliotecas Escolares (SNBE). Com a nova norma, as bibliotecas escolares terão como principais objetivos democratizar o acesso à informação e às novas tecnologias, além de promover competências que garantam os direitos e a aprendizagem dos alunos, especialmente nas áreas de leitura e escrita.

As bibliotecas também devem funcionar como locais de estudo, encontros e lazer para a comunidade, servindo como um ambiente educativo integrado ao ensino. Para isso, a lei inclui ações que visam criar novos espaços e melhorar a rede existente. Serão definidos parâmetros mínimos para a instalação física das bibliotecas, garantindo que sejam espaços inclusivos, e convênios poderão ser firmados com entidades culturais.

Quanto aos acervos, o SNBE será responsável pela atualização e definição de um número mínimo de livros e materiais didáticos, levando em consideração o número de alunos matriculados e as características locais. O SNBE também deverá implementar políticas para ampliar, preservar, organizar e operar as bibliotecas.

Além disso, o Sistema Nacional terá a tarefa de oferecer treinamento e qualificação para os profissionais que atuam nas bibliotecas escolares. Outra função importante será integrar as bibliotecas à internet e manter um cadastro atualizado de todas as unidades.

Fonte: JC

           

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Educação

Instituições de Ensino Superior de Pernambuco se destacam no ranking de universidades da América Latina

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O Brasil se destacou na 14ª edição do QS World University Rankings: Latin America & The Caribbean 2025, com 96 universidades classificadas entre as 437 avaliadas, o que representa 22% do total. Dentre essas, 50% são instituições federais, vinculadas ao Ministério da Educação (MEC).

A Universidade Federal de Pernambuco (UFPE) manteve-se como a melhor colocada do Norte/Nordeste, ocupando a 49ª posição no ranking, com uma nota de 60,5 — um aumento significativo em relação aos 54,5 do ano anterior. O resultado foi divulgado na última quinta-feira (3).

O ranking é liderado pela Universidade de São Paulo (USP), com nota 100; pela Pontifícia Universidade Católica do Chile, com 99,7; e pela Universidade Estadual de Campinas (Unicamp), com 99,3. Outras instituições brasileiras que se destacam incluem UFRJ, Unesp, UFMG, PUC-RJ, UFRGS, UFSC, UnB, Unifesp, UFSCar e UFPR, além da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE).

A avaliação é realizada pela QS Quacquarelli Symonds, que analisa critérios como impacto e produtividade da pesquisa, compromisso docente, empregabilidade, impacto online e internacionalização. A UFPE apresentou um desempenho superior em seis dos oito indicadores avaliados, com destaque para os critérios “Employer Reputation” e “Citations per Paper”, que registraram aumentos superiores a 70%.

Entre os indicadores de destaque da UFPE estão as notas de 84,7 para “Papers per Faculty” (produtividade em pesquisa), 97 para “Faculty Staff with PhD” (qualidade do corpo docente) e 95,8 para “International Research Network” (colaboração internacional em pesquisa).

Os dados também mostraram a Universidade de Pernambuco (UPE) como a segunda melhor instituição de ensino superior do estado, ocupando a 56ª posição no Brasil, 154ª na América do Sul e entre as 241 melhores da América Latina e do Caribe.

Segundo a UPE, em comparação a 2023, houve uma melhora em todos os pontos avaliados. “Nos últimos anos, a Universidade de Pernambuco tem desenvolvido projetos e ações em diferentes frentes, envolvendo toda a sua comunidade acadêmica. O resultado reflete o trabalho dos servidores, estudantes e colaboradores da instituição. Ainda temos muito a melhorar, por isso, continuaremos trabalhando para ampliar nossos índices”, enfatizou a professora Socorro Cavalcanti, reitora da UPE.

Fonte: JC

           

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