A descentralização do cuidado, que consiste em aproximar a assistência da população no ambiente menos complexo possível, emerge como uma estratégia promissora em diversos sistemas de saúde. Essa abordagem tem demonstrado potencial para aprimorar a experiência do paciente, aliviar a pressão sobre hospitais e otimizar a eficiência dos sistemas. No Brasil, país de vastas dimensões e marcantes desigualdades, a discussão sobre a descentralização ganha ainda mais relevância, apesar de já estar presente nos princípios que regem o Sistema Único de Saúde (SUS).
Um novo estudo explora essa temática, reunindo dados, experiências de sucesso e análises de especialistas e gestores envolvidos nessa transformação. O material oferece uma visão abrangente sobre o tema, expandindo o debate realizado anteriormente em um evento que reuniu especialistas da área.
A publicação apresenta exemplos internacionais que ilustram a aplicação da descentralização no Reino Unido, Singapura, Bélgica e Países Baixos. Além disso, o estudo destaca experiências brasileiras no SUS, em localidades como São Paulo, Minas Gerais e Recife, com modelos focados na regionalização, atenção primária e digitalização.
Especialistas e gestores de saúde contribuem com reflexões e insights sobre o nível de desenvolvimento do sistema de saúde brasileiro e as oportunidades para a descentralização. Espera-se que, à medida que essa abordagem se expanda, seu impacto na vida das pessoas se intensifique, reduzindo a necessidade de deslocamentos, aumentando a capacidade de resolução na ponta e garantindo que o cuidado esteja mais acessível onde o paciente reside.
