Um relatório da Abin (Agência Brasileira de Inteligência) indica que uma região do Brasil com a Colômbia é um dos principais corredores do narcotráfico mundial. Facções criminosas como o CV (Comando Vermelho) e o PCC (Primeiro Comando da Capital) mantêm negócios com grupos colombianos para levar as drogas para serem consumidas em outros locais do Brasil e para o escoamento da produção com destino à Europa e à África.
Os entorpecentes produzidos na Colômbia e no Peru seguem a rota do Solimões. No lado brasileiro, o CV domina o varejo de entorpecentes no Amazonas, Pará, Acre e Rondônia. O relatório, feito em parceria com a DNI (Direção Nacional de Inteligência) da Colômbia, identifica o narcotráfico, a mineração ilegal de ouro e o tráfico humano de migrantes como as principais ameaças.
As rotas avançam pelos rios Javari, Içá e Japurá, desaguando no rio Solimões em direção a Manaus. De Manaus, os entorpecentes seguem para o Pará, sendo distribuídos para diferentes regiões do Brasil ou encaminhados para a Europa e a África através do porto de Vila do Conde.
O estudo aponta que a Tríplice Fronteira é um polo do narcotráfico e lavagem de dinheiro. A cocaína colombiana abastece o mercado interno brasileiro e é usada como rota para a África e a Europa. A maconha skunk é destinada ao consumo brasileiro.
A UNODC (Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes) reporta um aumento de 126% no cultivo de coca nas regiões da Colômbia que fazem fronteira com Equador, Peru e Brasil desde 2020, intensificando o uso das rotas fluviais amazônicas.
Por Syft.AI

