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Saúde

Diabete tipo 1 causa complicações em 31% de adolescentes no Brasil

Em níveis altos, a diabete tipo 1 pode causar complicações no coração, nas artérias, nos olhos, nos rins e nos nervos dos pacientes.

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A diabete Mellitus é uma doença crônica e não transmissível provocada pela produção insuficiente ou má absorção de insulina, hormônio produzido pelo pâncreas que regula a glicemia (açúcar) na corrente sanguínea e garante energia para o organismo. Em níveis altos, pode causar complicações no coração, nas artérias, nos olhos, nos rins e nos nervos dos pacientes. Há ao menos quatro casos clínicos envolvendo formas diferentes de diabete. Em quadros mais graves, a enfermidade pode levar à morte.

De acordo com a Federação Internacional de Diabetes (IDF, sigla em inglês), estimativas relacionadas ao número de casos existentes de diabete tipo 1 em crianças e adolescentes com menos de 20 anos mostram que o Brasil ocupa o terceiro lugar no panorama mundial, com 92,3 mil casos, atrás da Índia (229,4 mil) e dos Estados Unidos ( 157,9 mil).

Segundo o IDF, a diabete tipo 1 causa complicações como doenças renais, cardíacas e oculares em 31% dos brasileiros entre 13 e 19 anos diagnosticadas com a doença. Desta forma, programas educacionais devem ser colocados em prática para evitar o agravamento do quadro de pacientes jovens.

Diferentemente da diabete tipo 2, que está mais relacionada ao estilo de vida da pessoa ou à obesidade, sendo possível evitá-la por meio de alimentação saudável e prática de exercícios, o tipo 1, apesar de ser menos comum – com cerca de 10% dos diagnósticos -, é considerado mais grave. Tem origem autoimune ou de fatores genéticos e surge geralmente na infância ou na adolescência.

“A diabete tipo 1 é quando as células produtoras de insulina no pâncreas são destruídas pelo próprio organismo por uma reação imunológica. Ainda não se sabe ao certo o que acontece, mas o próprio organismo produz substâncias que destroem essas células e levam à não produção de insulina. E isso faz com que a glicose não seja absorvida nas células”, afirma Cid Pitombo, especialista em tratamentos de obesidade.

Em geral, a descoberta é feita partir do momento em que o paciente começa a apresentar sintomas como sede constante, vontade frequente para urinar, fadiga, perda de peso, entre outros. Para o diagnóstico, são realizados exames de sangue para medir a glicemia, nível de açúcar no sangue. Testes mais específicos também podem ser solicitados, como de anticorpos e de níveis de glicose para confirmar o tipo de diabete do paciente.

“É importante também entender que dentro da diabete do tipo 1 há os tipos A e B. No tipo A, é quando conseguimos identificar alguns tipos de anticorpos que atacam o pâncreas. No caso do tipo B, nem conseguimos identificar quais são esses anticorpos. Não se sabe quais são as causas. Mas ambos são tratados com insulina”, acrescenta Pitombo.

Não há prevenção e o tratamento envolve aplicações diárias de insulina para regular os níveis de glicose no sangue, assim como medições de controle constantes, imediatamente após ser confirmado o diagnóstico. Sem a insulina, o paciente não sobrevive.

“No caso da diabete tipo 1 é difícil dar dicas preventivas, porque nem sabemos exatamente como se inicia esse processo no organismo. O que sabemos é que a obesidade é um dos grandes vilões no início de doenças envolvendo diabete. A obesidade produz substâncias que dificultam a ação da insulina nas células, faz sobrecarga nas células pancreáticas, sendo um dos grandes fatores que podem diminuir a função dos pâncreas, assim como consumo excessivo de carboidratos, alimentos gordurosos e açúcar”, explica o especialista.

Orientações

No entanto, ao receber o diagnóstico, algumas medidas devem ser colocadas em prática. É importante que a pessoa adote novo estilo de vida, que envolva alimentação saudável e prática de exercícios, para manter os níveis de glicose sob controle. Um profissional de saúde também deve acompanhar regularmente o paciente.

Além disso, os fumantes diagnosticados com o tipo 1 devem abandonar imediatamente o cigarro. “As lesões produzidas futuramente por causa da diabete, como lesões vasculares e renais, são agravadas com o fumo. Quem está fora do peso, também deve emagrecer para não ter a sobrecarga do pâncreas e o mau funcionamento da insulina na absorção da glicose, que é a chamada resistência insulínica”, orienta o especialista.

Com relação a cirurgias metabólicas, Pitombo afirma que elas têm bom efeito apenas para portadores do tipo 2. “Porque produz substâncias que estimulam a produção de insulina e as novas células no pâncreas, mas a cirurgia não tem efeito no portador de diabete tipo 1, pois ele não tem mais células a serem estimuladas”, disse ele.

Segundo o Ministério da Saúde, pessoas com parentes próximos que têm ou tiveram a diabete tipo 1 devem fazer exames regularmente para acompanhar o nível de glicose no sangue.

Além dos tipos 1 e 2, há ainda o termo pré-diabete, usado cada vez mais para descrever pessoas com deficiência de tolerância à glicose e/ou glicemia de jejum alterada e também diabete gestacional.

Mundialmente, mais de 537 milhões de pessoas entre 20 e 79 anos vivem atualmente com a diabete. Sexto país em incidência no mundo, o País tem ao menos 15,7 milhões de pessoas adultas com esta condição. A estimativa é que a doença alcance 23,2 milhões de adultos brasileiros até 2045, conforme informações do IDF.

Sintomas da diabete tipo 1:

– Fome frequente

– Sede constante

– Vontade de urinar diversas vezes ao dia

– Perda de peso

– Fraqueza

– Fadiga

– Mudanças de humor

– Mal-estar

– Náusea e vômito

Entre os sintomas das crianças diagnosticadas com diabete tipo 1, é possível observar que elas tendem a voltar a fazer xixi na cama durante a noite ou apresentar infecções recorrentes na região íntima.

Conheça os tipos de diabete:

Diabete tipo 1 é o principal tipo de diabete na infância, mas pode ocorrer em qualquer idade. Não pode ser prevenido. Pessoas com diabete tipo 1 precisam de insulina para sobreviver.

Diabete tipo 2 é responsável pela grande maioria (mais de 90%) dos casos no mundo. Existem evidências de que a diabete tipo 2 pode ser prevenida ou retardada com alimentação saudável e prática de atividade física.

Pré-diabete é um termo usado cada vez mais para descrever pessoas com deficiência de tolerância à glicose e/ou glicemia de jejum alterada. Indica um risco maior de desenvolver diabete tipo 2 e complicações relacionadas à doença.

Diabete gestacional: as grávidas com diabete gestacional podem ter bebês grandes para idade gestacional, aumentando o risco de complicações na gravidez e no parto para a mãe e o bebê.

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Saúde

Com avanço da febre oropouche em Pernambuco, Saúde reforça cuidados para gestantes

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Após o caso do feto morto com 30 semanas de gestação (sete meses) por possível infecção da mãe causada pelo vírus oropouche, a Secretaria de Saúde de Pernambuco (SES-PE) alerta sobre a importância das precauções básicas para minimizar os perigos às mulheres grávidas e aos seus bebês.

A preocupação com os efeitos pouco conhecidos da febre oropouche nos dias atuais levou a SES-PE a compartilhar também, em nota técnica lançada nesta quarta-feira (17), orientações relativas à assistência às gestantes e que são direcionadas aos profissionais de saúde que cuidam diretamente da mulher na gravidez.

O documento foi elaborado pelas gerências de Atenção à Saúde da Mulher (Geasm) e Atenção à Saúde da Criança e do Adolescente (Geasc) da pasta. A nota técnica está disponível no site do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde de Pernambuco (Cievs-PE).

A publicação Arboviroses e os Cuidados na Gestação destaca como medidas de prevenção:

  • O uso de repelentes especiais para grávidas e crianças nas áreas expostas do corpo;
  • Uso de roupas compridas de cor clara;
  • Mosquiteiros e telas nas residências;
  • Uso de inseticida e larvicida;
  • Vedação de caixas de água e outros recipientes;
  • Garrafas sempre emborcadas;
  • Limpeza de quintal e calhas, além de descarte de lixo em sacolas fechadas e locais adequados.

“A gente ressalta que as arboviroses, ao adoecerem pessoas com útero gestantes, podem trazer complicações. Esse grupo merece um acompanhamento próximo, principalmente nas situações de vulnerabilidade. Não há tratamento antiviral específico, sendo o manejo sintomático (cuidados para aliviar os sintomas). Os impactos gerados pelo adoecimento podem atingir o binômio gestante e feto, o que aumenta os desafios na Saúde Pública”, alerta a médica ginecologista Cleonúsia Vasconcelos, gerente da Geasm.

Na nota técnica, além do reforço à necessidade de as pessoas, principalmente as gestantes, procurarem ajuda nas unidades de saúde a partir sintomas sugestivos (febre súbita, mal-estar, dor de cabeça, dor na parte profunda dos olhos, dor abdominal intensa e manifestações hemorrágicas, entre outros), foram pontuadas orientações para os profissionais da ponta. Entre elas, avaliação de sinais vitais, de hidratação de pele e mucosa, assim como ausculta pulmonar.

Como os sintomas fisiológicos da gravidez podem mascarar e retardar o diagnóstico de gravidade, os profissionais devem se embasar principalmente pela confirmação laboratorial da doença, com a realização de testes moleculares (RT-PCR).

Mulheres grávidas, sem quadro de risco, em acompanhamento ambulatorial, devem ser instruídas a repousar, reforçar a hidratação, fazer hemograma de plaquetas para controle basal e manter monitoramento até 48 horas de queda da febre. Para gestantes com risco, deve-se fazer encaminhamento para internamento.

“O fato de a febre oropouche ser uma doença autolimitada, seus efeitos durante a gravidez não são totalmente compreendidos, o que gera a necessidade de monitoramento cuidadoso e gestão adequada. Os profissionais de saúde devem estar atentos para fazer avaliação clínica, ofertar exames diagnósticos e medicações sintomáticas, além de realizar a notificação compulsória”, frisa Cleonúsia Vasconcelos.

Fonte: JC

           

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Saúde

Mioma Uterino: a importância de conhecer e tratar essa condição feminina

Veja algumas informações com a Dra. Bianca Bernardo, que é ginecologista e especialista em reprodução.

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Segundo a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, 80% das mulheres em idade fértil possuem miomas uterinos. Embora seja um tema recorrente em conversas entre mulheres, muitas dúvidas ainda pairam sobre essa condição e seus impactos na saúde feminina.

Recentemente, a apresentadora Cariúcha foi internada de emergência para a retirada de 17 miomas. Ela revelou que chegou a ficar quatro meses menstruada, vivendo à base de antibióticos e anti-inflamatórios.

A Dra. Bianca Bernardo, ginecologista e especialista em reprodução da Nilo Frantz Medicina Reprodutiva, explica que o mioma uterino, ou fibroma uterino, é um tumor benigno originado de uma célula alterada do miométrio, a camada muscular do útero. “O mioma surge de uma célula modificada que perde sua capacidade de controle de divisão celular e, sob estímulo dos hormônios esteroides, começa a crescer. Eles possuem receptores para estrogênio e progesterona, que induzem esse crescimento formando nódulos”, explica Bianca.

Em 2023, de acordo com o Ministério da Previdência Social, os miomas foram a principal causa de afastamento de mulheres do trabalho no primeiro semestre, afetando mais de 21 mil pessoas.

Fatores de risco, como genética e raça, podem favorecer o aparecimento de miomas. Estudos mostram que mulheres negras são mais propensas a desenvolver miomas do que mulheres de outros grupos raciais. Outros fatores incluem hábitos de vida, consumo de álcool, obesidade e hipertensão.

Enquanto 75% das mulheres não apresentam sintomas e só descobrem a doença em exames de rotina, 25% sofrem com sintomas como sangramentos, cólicas, dores, alterações no ciclo menstrual, volume abdominal, dores durante o ato sexual, prisão de ventre, incontinência urinária e infertilidade. “O tratamento do mioma depende da gravidade dos sintomas de cada paciente. Se os sintomas forem leves, é possível apenas acompanhar com o ginecologista. Mas, se forem intensos e afetarem a qualidade de vida, é preciso tratá-los”, afirma Bianca.

Para mulheres que não desejam engravidar, o uso de medicamentos, como pílulas contraceptivas, DIU ou anti-inflamatórios, pode ser recomendado para alívio dos sintomas. Caso o tratamento conservador não melhore o quadro clínico, cirurgias como retirada do útero, laparotomia, laparoscopia, cirurgia robótica, histeroscopia, ablação dos miomas por radiofrequência ou embolização das artérias que nutrem esses tumores podem ser opções.

Para mulheres com sintomas de infertilidade, onde o mioma pode atrapalhar uma possível gestação, o tratamento cirúrgico pode ser necessário. “Não há uma relação direta entre mioma uterino e infertilidade feminina, mas a condição pode dificultar uma gestação dependendo do tamanho e localização dos miomas, especialmente os maiores que 5 cm ou aqueles que afetam a cavidade endometrial. Eles podem gerar abortos de repetição ao distorcer a anatomia uterina e impedir a implantação adequada do embrião no endométrio”, aponta Bianca.

Foto  iStock

Por Rafael Damas

           

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Saúde

Dicas de Saúde: Infecções Vaginais Comuns

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1️⃣ Candidíase: Causada pelo fungo Candida, provoca coceira, corrimento branco e espesso, além de ardor ao urinar.

2️⃣ Vaginose Bacteriana: Caracterizada por um corrimento cinza e um odor forte. O desequilíbrio das bactérias vaginais é o principal responsável.

3️⃣ Tricomoníase: Uma infecção sexualmente transmissível causada pelo protozoário Trichomonas vaginalis, que pode provocar corrimento amarelado ou esverdeado e coceira.

4️⃣ Clamídia: Outra IST que pode ser assintomática, mas também pode causar dor pélvica, corrimento e desconforto ao urinar.

5️⃣ Gonorreia: Causada pela bactéria Neisseria gonorrhoeae, pode provocar corrimento, dor ao urinar e sangramento entre as menstruações.

Se você suspeitar de alguma infecção, procure um ginecologista para diagnóstico e tratamento adequado.

Por Dra. Giannini Carvalho  – Ginecologista e Obstetra

 

           

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