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Foliões escondem ou até removem app de banco em 1º Carnaval com Pix

No melhor estilo “vão-se os anéis, ficam os dedos”, muitos têm escondido ou até mesmo desinstalado os aplicativos de bancos para evitar que a conta seja esvaziada por ladrões.

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O primeiro Carnaval de rua desde o lançamento do Pix tem levado foliões a adotar estratégias para diminuir o prejuízo, caso o celular seja levado por bandidos em meio às aglomerações. No melhor estilo “vão-se os anéis, ficam os dedos”, muitos têm escondido ou até mesmo desinstalado os aplicativos de bancos para evitar que a conta seja esvaziada por ladrões.

No ano passado, a Folha de S.Paulo mostrou que bandidos conseguem invadir as contas bancárias depois que celulares são furtados ou roubados, deixando as vítimas sem dinheiro. Tudo isso burlando as travas de segurança rapidamente, muitas vezes sem tempo para que quem foi roubado consiga reagir.

Nos blocos, as aglomerações são o cenário perfeito para a ação de bandidos. Por isso, muita gente tem até mesmo desinstalado aplicativos de bancos para não ficar sem dinheiro de uma hora para outra.

A publicitária Raíssa, 33, usou um segundo aparelho para participar na sexta-feira (22) do bloco Perdidos no Paraíso, na Água Branca, zona oeste de São Paulo. No local, a reportagem ouviu relatos de furtos em meio aos foliões. “Vim com um celular quebrado. Sem aplicativo de banco, com senha extra para Gmail. Antes, a gente nem se preocupava. Se perdeu, perdeu. Mas, agora, tem o Pix”, disse.

O editor de vídeo Alexandre Amendola, 36, notou que o Pix poderia ser tornar uma grande armadilha no período de arrefecimento da pandemia, quando as pessoas voltariam a se aglomerar, facilitando a ação de ladrões. “Fiquei esperto. Hoje, vim para o bloco e desinstalei o aplicativo”, disse na última quinta (21), na praça Olavo Bilac, onde a reportagem presenciou o furto de dois celulares, após a apresentação do Bloco do Amor.

A advogada Andréa Miranda, 29, manteve em seu celular os aplicativos onde possui conta bancária, mas desinstalou o da corretora de valores onde aplica o seu dinheiro. Na tarde de quinta, ela ficou com aparelho em mãos por alguns minutos durante o cortejo do bloco Vai Quem Quer no bairro do Butantã, zona oeste da capital.

“O receio é que, para reinstalar o aplicativo do banco, vou precisar ir à agência. Deixo pequena quantia de dinheiro, inclusive, mas onde faço meu investimento eu já deletei”, afirmou.

A tática da foliona Letícia Lemes, que acompanhou o Vai Quem Quer, consiste em manter dois aparelhos. “Tenho um celular, pouco mais antigo, apenas para os aplicativos de bancos. Este fica em casa, raramente uso ele na rua. Quando vou para o Carnaval e até mesmo baladas, nem carrego”, disse.

“Eu não deleto, mas também não deixo os aplicativos de bancos visíveis. Até a pessoa procurar e descobrir vai demorar. Tenho múltiplo fator de autenticação, todas as ferramentas de segurança possíveis”, disse a administradora Gabriela Gaspar, 30. “Esse negócio do Pix precisa ser melhor regulamentado”, afirmou.

A gerente de produtos Fernanda Sotelli, 30, também optou por esconder o aplicativo do banco onde mantém sua principal conta. “Deixo só um à mostra, com pouco dinheiro, para gastar no dia a dia. Também tirei pagamento por aproximação”, afirmou. “Se perder, perco menos dinheiro”, completou.

Também tem quem adote uma “solução raiz” para evitar transtornos com os ladrões. A servidora pública Ana Carolina Adriano, 44, leva para a folia um celular que custou R$ 100, sem acesso à internet. “Ele não tem nada. Só manda SMS e faz ligação. Também venho com o meu bilhete único. Se quiser ir embora, pego o trem ou o metrô”, afirmou.

Ana Carolina diz que foi assaltada em um Carnaval passado e, desde então, desistiu de levar smartphone para os blocos. “Comprei esse aqui em 2020 e a bateria dele dura os quatro dias”, disse. “Dá até para andar com ele pendurado, porque alguém pode achar que é um objeto de fetiche”, brincou.

OUTRO LADO
Questionada sobre a insegurança nos blocos, diante da ação dos criminosos, a Secretaria Estadual de Segurança Pública, sob a gestão de Rodrigo Garcia (PSDB), não se manifestou até a publicação desta reportagem.

Já a Febraban (Federação Brasileira de Bancos) afirmou que os aplicativos dos bancos contam com o máximo de segurança em todas as suas etapas, desde o seu desenvolvimento até a sua utilização, e que não existe qualquer registro de violação da segurança.

Segundo a entidade, os aplicativos contam com o que existe de mais moderno no mundo para este assunto. Mas diz que os bandidos têm técnicas de convencimento e, por meio de emails ou mensagens falsas, induzem a vítima a informar as senhas de desbloqueio do aparelho celular.

A Febraban diz que investe constantemente em campanhas e ações de conscientização em seus canais de comunicação com os clientes com o objetivo de orientar a população a se prevenir de fraudes no ambiente digital e realizar suas transações financeiras no dia a dia com total segurança.

“Constantemente são realizadas ações nas mídias sociais das instituições financeiras com conteúdo voltado à explicação e dicas de como se proteger de fraudes e golpes específicos”, afirma.

Segundo a Febraban, desde 4 de outubro os clientes do setor bancário usuários do Pix passaram a ter um limite de R$ 1.000 para transferências entre pessoas físicas no período entre 20h e 6h do dia seguinte, conforme resoluções do Banco Central.

A Febraban diz também que existe a função Meus Limites, dentro dos aplicativos dos bancos, de forma a permitir que os clientes possam eventualmente solicitar aumento ou redução dos limites do Pix, de acordo com as suas necessidades. Também afirma que tem parceria com forças policiais e que investe em segurança.

Foliões questionaram o fato de a Prefeitura de São Paulo não ter dado suporte aos blocos em abril deste ano, inclusive nas ações relacionadas à segurança. A gestão Ricardo Nunes (MDB) afirmou que realizou uma série de reuniões com organizadores de blocos nas últimas semanas, nas quais, ao final, foi proposta a realização do Esquenta de Carnaval, nos dias 16 e 17 de julho.

Também foi solicitado aos blocos que insistissem em ir para as ruas durante este feriado que comunicassem às subprefeituras para que fosse realizada a limpeza dos locais. “Nenhum comunicado foi feito até o momento. Apesar disso, 100 funcionários e 18 equipamentos permanecem de prontidão, entre eles 7 caminhões pipas; 6 basculantes; 2 varredeiras e 3 compactadores, para realizar a zeladoria após a realização destes blocos”, disse a prefeitura, em nota.
“Já a CET escalou 400 agentes que monitoram o trânsito e realizam operações pontuais de desvio e orientação, quando necessário”, completou.

DICAS DOS BANCOS
A senha do banco deve ser exclusivamente usada para acessar sua instituição financeira; nunca use a mesma senha em outros aplicativos

Jamais anote senhas de acesso ao banco em blocos de notas, emails, mensagens de WhatsApp ou outros locais em seu celular; memorize-a para o uso

Utilize sempre o procedimento de bloqueio da tela de início do celular
Nunca utilize o recurso de “lembrar/salvar senha” em navegadores e sites

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Brasil

Projeto que libera estados legislarem sobre armas avança na Câmara

De autoria da presidente da comissão, deputada Caroline de Toni (PL-SC), o projeto vai contra o entendimento de decisões recentes do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre o porte de armas.

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A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) da Câmara dos Deputados aprovou na tarde desta quarta-feira (24) um projeto de lei complementar que concede poderes aos estados para formular leis e flexibilizar as atuais regras de porte de armas, num revés para o governo Lula (PT).

De autoria da presidente da comissão, deputada Caroline de Toni (PL-SC), o projeto vai contra o entendimento de decisões recentes do STF (Supremo Tribunal Federal) sobre o porte de armas e preocupa membros do governo petista. No colegiado, ele foi relatado por outro parlamentar da ala bolsonarista do PL, Paulo Bilynskyj (PL-SP).

Desde que o projeto foi incluído na pauta da CCJ, líderes governistas mobilizaram deputados da base do petista para que eles atuassem no colegiado contra o projeto. A proposta de De Toni foi apresentada ainda em 2023, após o governo do petista reverter parte da flexibilização ao acesso de armas promovida pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

Nesta quarta, governistas tentaram adiar a votação da matéria, com apresentação de requerimentos de retirada de pauta e adiamento da discussão (que foram derrotados). Foram 34 votos favoráveis ao projeto e 30 contrários, numa votação apertada. Apesar da aprovação no âmbito do colegiado, o texto ainda precisa ser analisado pelo plenário da Câmara.

O projeto aprovado concede aos estados a competência para legislar sobre temas relacionados ao porte e posse de armas de fogo, “tanto para fins de defesa pessoal, como também para as práticas esportivas e de controle da fauna exótica invasora”.

A matéria também determina que as autorizações concedidas pelo estado só valerão no espaço territorial da própria unidade da federação. O texto diz ainda que o estado deverá editar a norma, que será apreciada pelo Poder Legislativo estadual, “regulamentando as autorizações relacionadas às armas de fogo”.

O STF analisa atualmente nove ADIs (Ações Diretas de Inconstitucionalidade) e uma ADPFs (Arguição de Descumprimento de Preceito Fundamental) contra leis estaduais e municipais sobre o porte de armas.

As ações questionam leis sobre de CACs (colecionadores, atiradores e caçadores) e que asseguram o porte a profissionais como defensores públicos, policiais científicos, vigilantes, seguranças e agentes de segurança socioeducativos.

Os pedidos para o STF invalidar essas leis é assinado pelo próprio presidente Lula e pelo advogado-geral da União, Jorge Messias.

Na CCJ nesta quarta, parlamentares governistas criticaram o teor do projeto, afirmando que ele é inconstitucional, e se queixaram da condução da comissão nas últimas semanas, afirmando que a pauta não está equilibrada.

Eles citaram, por exemplo, a aprovação de projeto que mira o MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais sem Terra) e veta benefícios do governo (como Bolsa Família) a invasores de propriedades na CCJ na terça.

Um dos vice-líderes do governo na Câmara, o deputado Bacelar (PV-BA) afirmou que o colegiado está atuando como um “puxadinho da extrema-direita, um espaço para lacrar”. “Essa é uma comissão que precisa retomar o seu caminho. Fica aqui um apelo a deputada Caroline De Toni, esqueça essas aves agorentas que ficam exigindo e lhe impondo uma pauta que é contra os interesses da nação”, disse.

O deputado Paulo Magalhães (PSD-BA) disse na CCJ que a aprovação do projeto fará com que o STF interfira na discussão. “Esse projeto é flagrantemente inconstitucional. Aliás, votamos mal e convocamos o STF aqui para dentro. Está se convidando que o STF venha legislar por nós, disse.

A deputada Dandara (PT-MG) argumentou que autorizar os estados a legislar sobre armas irá criar no país “mais morte, mais crime de ódio e mais onda de violência”. “Não teremos o fortalecimento de uma política pública de segurança em todo o território nacional capaz de dar conta e, de fato, preservar a vida e frear o crime organizado.”

“Esse projeto não ajuda em nada a esse Parlamento, em nada na promoção da paz e em nada na questão da insegurança, seja de quem for “, disse o deputado Welter (PT-PR).

Parlamentares da oposição, por sua vez, defenderam a matéria e criticaram as medidas do governo Lula que restringiram o acesso a armas no país.

De Toni disse que o país é uma “república federativa só no nome, mas não na prática”. “As federações hoje não têm praticamente competência para legislar sobre os grandes temas da nação brasileira”, disse.

“Nós queremos ter o direito de escolher, ninguém está querendo armar a população. Isso não influencia em nada a questão da segurança”, afirmou o deputado Capitão Alberto Neto (PL-AM).

Foto  iStock

Por Folhapress

           

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Anvisa atende solicitação de Eduardo da Fonte e proíbe venda de cigarro eletrônico no país

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A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) acatou a solicitação do deputado federal Eduardo da Fonte, referente ao PL 2398/2023, e manteve a proibição da venda de cigarro eletrônico no país, que pode apresentar mais de 80 substâncias tóxicas e tornar o fumante propenso ao surgimento do câncer.

Popularmente conhecido como “vape”, a Organização Mundial da Saúde (OMS) relaciona que o uso da nicotina em pessoas com menos de 20 anos pode acarretar em mais chances de se tornarem fumantes do cigarro tradicional na vida adulta. Somente no ano de 2023, segundo dados do Inca, 73.500 pessoas foram diagnosticadas com algum tipo de câncer provocado pelo uso do cigarro. Mais de 156 mil mortes poderiam ser evitadas todo ano se o tabagismo fosse rejeitado.

“É uma vitória para a saúde do povo brasileiro a proibição da venda dos cigarros eletrônicos. Os usuários destes cigarros estão mais propensos a terem AVC e infarto, além de potencializar a ansiedade, depressão, transtornos de humor e síndrome do pânico. A ilegalidade do vape no Brasil, em contraponto à permissividade em outros países, coloca o bem-estar e a qualidade de vida de todos em primeiro lugar”, justificou Eduardo da Fonte.

Apesar de já serem proibidos em todo o território nacional, esses produtos podem ser facilmente encontrados no comércio ou online. Os diretores da Anvisa justificaram na sua decisão o aumento do uso entre os jovens em países que liberaram, como os Estados Unidos; o seu potencial de dependência devido à nicotina, que pode chegar a ter cerca de 20 vezes a mais que o cigarro comum; e a ausência de pesquisas a longo prazo.

Por Alberes Xavier

           

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CCJ aprova proibir invasores de terra de receber auxílios do governo

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A CCJ (Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania) da Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (23.abr.2024) um projeto de lei que impede invasores de propriedades de receberem ou de participarem de benefícios do governo, como o Bolsa Família e o Minha Casa, Minha Vida. O texto foi aprovado por 38 votos a favor, 8 contra e uma abstenção. A expectativa é de seguir ao plenário da Casa Baixa.

A proposta foi pautada pela presidente da CCJ, deputada Caroline de Toni (PL-SC), em resposta ao aumento de ocupações durante o chamado “Abril Vermelho” do MST (Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra). O movimento realizou 31 invasões neste mês.

O projeto tem só 2 artigos e estabelce que as condições valem para condenados por “crime de invasão de domicílio” ou “esbulho possessório“, ambos determinados no Código Penal.

Além da proibição de participar de programas sociais do governo, os invasores de propriedade não poderão se inscrever em concursos públicos e serem nomeados a cargos públicos comissionados por 8 anos depois da condenação.

Por Poder 360

           

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