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Manda a sabedoria popular que se você não pode ajudar, não atrapalhe. O ministro da Fazenda Paulo Guedes está atrapalhando o combate ao Covid19.
Para começo de conversa, mesmo com a perspectiva de o evento travar o crescimento da economia, ele não apresentou medidas na sua área que possa ajudar as empresas. E entendeu de cobrar ações do Congresso para as pautas econômicas. Ele foi a uma reunião no Congresso e não levou nenhuma proposta de ajuda ao mercado para ajudar a atravessar a crise.
Como se sabe os ministros de Fazenda de países atingidos como a China, Itália, Irã e Estados Unidos, que articulam a colocação de linhas de crédito para as empresas atingidas pelo evento. Primeiramente as de turismo, depois as de serviços, a seguir indústrias e até bancos. Mas o Guedes achou que era hora de falar das relações do Executivo com o Legislativo.
Em lugar de oferecer ações e dinheiro – mesmo que a situação do caixa esteja dramática- o ministro entendeu de cobrar postura solidária dos deputados e senadores as propostas de reformas do Governo. Levou um pito.
O problema do Guedes é que ele é ruim de entender as relações Executivo-Legislativo. No dia anterior, ele tinha respondido à cobrança dos líderes de vários setores sobre a questão do conflito Rússia Arábia Saudita e do Corona Vírus com uma lista de projetos (19 ao todo) que, nem que quisesse, o Congresso votaria até o final do ano. Agora pergunta se algum deputado quer saber de lista de dever de casa?
Ontem, numa nova reunião onde o ministro da Saúde, Luiz Fernando Mandetta foi humildemente pedir que o Congresso aprovasse dinheiro extra orçamento para o Covid19, o Guedes inventou dar uma lição de moral nos deputados cobrando ações que ajudem as pautas do Governo. Ou seja, o cara conseguiu desviar a energia do Congresso (que está disposto a autorizar tudo que for necessário para o combate à doença), com um debate sobre contas públicas.
Guedes, de fato, tem dificuldades de percepção sobre o todo fora da bolha econômica. Ele está pressionado por Jair Bolsonaro, que lhe deu prazo para apresentar resultados na economia – e que ele sabe que vai entregar. Mas tem dificuldades de entender o contexto que o país está passando. E mais uma vez meteu os pés pelas mãos.
Ele deveria refletir sobre o que disse o ex-ministro Delfim Neto que reconheceu que o ministro é “competente, corajoso, tem um bom programa, mas talvez tenha sido ambicioso demais e tenha posto muitas ideias ao mesmo tempo em circulação”. Para depois ensinar “ocorre que as prioridades do Executivo e do Legislativo não coincidem. A realidade, no final, vai acabar se impondo.”
É isso que o Guedes não entende. A realidade vai se impor de qualquer forma ele não vai poder mudar tudo que pretende ou que se auto impôs. E aqui para nós é numa hora dessas que a gente ver a falta de que faz uma cara como o Rogério Marinho que agora não está mais perto dele. Ah faz…
Por Fernando Castilho – JC Online
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