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INSS: Prisões de Ex-Presidente e Ministro Celebradas por CPMI; Fraudes Desmascaradas

O presidente da CPMI do INSS, senador Carlos Viana, expressou satisfação com a decisão do ministro do STF, André Mendonça, que resultou na prisão preventiva de figuras-chave envolvidas em fraudes no instituto. Entre os detidos estão o empresário Antônio Carlos Camilo Antunes, conhecido como Careca do INSS, o ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, o ex-ministro da Previdência, Ahmed Mohamad Oliveira, e outros investigados. Viana atribui o sucesso da Operação Sem Desconto à atuação independente da Polícia Federal (PF) e da Controladoria-Geral da União (CGU), assegurada pelo ministro Mendonça.

O senador destacou a importância da autonomia de certos membros do STF para que a verdade viesse à tona. Classificando Mendonça como “íntegro e temente a Deus”, Viana manifestou esperança por novas revelações sobre o “rombo” no INSS. Ele enfatizou que a sociedade não tolera mais essa injustiça, referindo-se aos suspeitos como criminosos que se escondiam na escuridão e usavam a CPMI para se declararem inocentes.

A prioridade da CPMI agora é identificar os responsáveis por manter os servidores envolvidos no esquema em cargos-chave, permitindo a continuidade das fraudes. O senador questiona como esses indivíduos conseguiram permanecer em seus postos desde o governo Temer até o governo Lula, sugerindo a existência de “padrinhos” políticos.

A CPMI inicia uma nova fase, com a convocação de representantes de bancos supostamente envolvidos em fraudes. As instituições financeiras são investigadas por cobrança de juros abusivos, venda casada de seguros e obrigatoriedade de aprovação de descontos a associações e sindicatos.

O relator da CPMI, deputado Alfredo Gaspar, também elogiou a atuação de André Mendonça, afirmando que a comissão está expondo fatos novos sem blindar nenhuma tendência ideológica. Ele ressaltou que a CPMI está contribuindo para ações das instituições de fiscalização, denunciando impunidade, roubo e corrupção.

Durante a oitiva, o advogado Eric Douglas Martins Fidelis, filho do ex-diretor de benefícios do INSS, André Fidelis, manteve-se em silêncio diante das perguntas dos parlamentares. Embora tenha confirmado a existência de seu escritório de advocacia, não explicou os valores elevados movimentados ou a conexão com entidades que recebiam recursos do INSS.

O senador Izalci Lucas alega que documentos obtidos pela CPMI revelam um esquema de contratos de serviços de advocacia por empresas de parentes de envolvidos na investigação, incluindo André Fidelis. Ele questionou o depoente sobre o uso de empresas criadas por Eric para “pulverizar o dinheiro roubado” dos aposentados, mas não obteve resposta. O senador apontou que Eric Fidelis recebeu R$ 11 milhões em distribuição de dividendos, questionando se seria a “distribuição da roubalheira dos aposentados”.

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