Conecte-se Conosco

Mundo

Itamaraty confirma morte de brasileiro na Guerra da Ucrânia

André Hack Bahi atuava como socorrista pela Legião Internacional de Defesa do país no Leste Europeu.

Publicado

em

[responsivevoice_button voice=”Brazilian Portuguese Female”]

O Itamaraty confirmou nesta quinta-feira (9) a morte do brasileiro André Hack Bahi, que tinha 43 anos, durante a Guerra da Ucrânia. Ele atuava como socorrista pela Legião Internacional de Defesa do país no Leste Europeu desde o dia 28 de fevereiro, logo depois de a Rússia iniciar a invasão da nação vizinha.

“O Ministério das Relações Exteriores recebeu, por meio da embaixada do Brasil em Kiev, a confirmação do falecimento de nacional brasileiro em território ucraniano em decorrência do conflito naquele país e mantém contato com familiares para prestar-lhes toda a assistência cabível, em conformidade com os tratados internacionais vigentes e com a legislação local”, diz a nota. A pasta afirma que “continua a desaconselhar enfaticamente” a ida de brasileiros para a região, enquanto o conflito não acabar.

Na manhã desta quinta, um diplomata brasileiro em Kiev entrou em contato com a família de Bahi para comunicar a morte do gaúcho nascido em Porto Alegre. O corpo dele estaria em um necrotério da região de Severodonetsk, no leste da Ucrânia. Agora, as autoridades brasileiras negociam o traslado do corpo.

Segundo Tatiane Hack Bahi, irmã do brasileiro alvejado na Ucrânia, a família desconfiou que algo havia acontecido em 3 de junho, quando ele não entrou em contato para parabenizar a mãe no aniversário dela. Dois dias depois, surgiram relatos de que Bahi teria sido morto em um conflito na região de Lugansk.

De acordo com um militar que comandava o grupo com o qual o brasileiro atuava, os combatentes foram divididos e posicionados em dois prédios. Um dos edifícios foi bombardeado, e Bahi foi até o local para resgatar companheiros. Conseguiu salvar um. O prédio continuou sob forte tiroteio, e ele teria sido alvejado ao tentar correr de onde estava. Depois, seu corpo foi arrastado para um ponto de resgate.

Bahi cresceu em Eldorado do Sul, na região metropolitana de Porto Alegre, onde a maior parte da família dele ainda vive. Após servir no Exército, ele, definido pelas irmãs como “um grande aventureiro”, atuou como vigilante de carros-fortes e socorrista e cursou faculdade de enfermagem.

Ele viveu na Islândia, onde trabalhou em navios pesqueiros, e na França, onde se alistou na Legião Estrangeira. Segundo a irmã Letícia Hack Bahi, em 2017, durante uma ação na Costa do Marfim, ele ficou gravemente ferido e passou quatro meses hospitalizado na França. Voltou ao Rio Grande do Sul naquele que foi o último período de convivência com a família no sul do Brasil. Como uma das sequelas, Bahi tinha “memória transitória” e passou a não se lembrar de boa parte da infância e da adolescência.

Pouco antes da pandemia, foi viver no Ceará, onde concluiu a faculdade de enfermagem. Lá, começou um relacionamento e teve uma filha, hoje com três anos de idade. Em fevereiro, mudou-se para Portugal, e lá trabalhou como motorista de aplicativo. Os planos mudaram devido ao conflito na Ucrânia.

Ele então voltou a procurar a Legião Estrangeira Francesa, mas, como o grupo não se engajou na guerra, desligou-se da legião e comunicou à família que embarcaria para o Leste Europeu. “Todos me perguntam: mas o que o André foi fazer lá? Uma guerra que não tem nada a ver com o Brasil. Mas ele era assim. Disse para mim: ‘Tu vai ver, vou voltar de lá cheio de medalhas por salvar um monte de gente'”, disse Letícia.

Recentemente, Bahi se dizia impressionado com a barbárie no país, relatada em vídeos e fotos. Ao mesmo tempo, também se mostrava orgulhoso de combater e cultivar amizades com outros voluntários de todo o mundo. Para a irmã, mandou os documentos de cidadão ucraniano, reconhecimento por lutar pelo país.

O brasileiro deixou uma porção de filhos a ponto de a família, por vezes, perder as contas. Quatro estão registrados em seu nome. Tem um filho de 18 anos do primeiro casamento e dois adolescentes do segundo, em Eldorado do Sul. Do relacionamento mais recente, tem a já citada filha de três anos que vive em Quixadá, no interior do Ceará. Além deles, Bahi teria três outras filhas, uma delas na Islândia.

Segundo Letícia, a família estuda cremar o corpo dele e espalhar as cinzas em uma praia do Ceará.

Por Folhapress

Seja sempre o primeiro a saber. Baixe os nossos aplicativos gratuito.

Siga-nos em nossas redes sociais FacebookTwitter e InstagramVocê também pode ajudar a fazer o nosso Blog, nos enviando sugestão de pauta, fotos e vídeos para nossa a redação do Blog do Silva Lima por e-mail blogdosilvalima@gmail.com ou WhatsApp (87) 9 9937-6606 ou 9 9101-6973.

Mundo

Indianos vão às urnas em eleição nacional

O primeiro-ministro Narendra Modi busca um terceiro mandato.

Publicado

em

Um número substancial de indianos vai às urnas nesta sexta-feira (19), na primeira fase da maior eleição do mundo, de acordo com autoridades. O primeiro-ministro Narendra Modi busca um terceiro mandato histórico com base em questões como crescimento econômico, bem-estar e nacionalismo hindu.

O pleito coloca o Partido Bharatiya Janata (PBJ), de Modi, contra uma aliança de duas dúzias de partidos de oposição que prometem maior ação afirmativa e mais ajuda, ao mesmo tempo em que enfatizam o que chamam de necessidade de salvar as instituições democráticas.

Três horas antes do fechamento das urnas, os números da Comissão Eleitoral mostraram que o comparecimento dos eleitores variou entre 40% no extenso estado de Bihar, no Norte do país, e 68% no pequeno estado de Tripura, no Nordeste.

“Os eleitores demonstram grande entusiasmo à medida que a votação atinge a metade do caminho”, disse um porta-voz do painel eleitoral na rede X. “Foi registrada participação substancial de eleitores.”

A primeira de sete fases, a votação desta sexta-feira abrangeu 166 milhões de eleitores em 102 distritos eleitorais em 21 Estados e territórios, de Tamil Nadu, no sul, a Arunachal Pradesh, na fronteira do Himalaia com a China.

Quase1 bilhão de pessoas no país mais populoso do mundo estão aptas a votar na eleição, que vai até 1º de junho, com os resultados previstos para 4 de junho.

“Modi voltará ao poder porque, além do impulso religioso, seu outro trabalho, em áreas como segurança e proteção, é bom”, disse Abdul Sattar, de 32 anos, um eleitor muçulmano da cidade de Kairana, no estado de Uttar Pradesh.

As pesquisas sugerem que o PBJ conquistará facilmente a maioria, embora os eleitores se preocupem com o desemprego, a inflação e as dificuldades rurais na economia de crescimento mais rápido do mundo.

Os críticos acusam o governo e o partido de Modi de mirar os 200 milhões de muçulmanos minoritários da Índia para agradar sua base hindu – acusações que ambos negam.

Modi pretende conquistar 370 das 543 cadeiras do Parlamento, ante 303 em 2019, na esperança de obter maioria de dois terços, que alguns analistas e membros da oposição temem que possa permitir que seu partido promova mudanças constitucionais de longo alcance.

A campanha do PBJ se concentra na garantia de Modi de cumprir as promessas feitas aos eleitores.

“Esta eleição não é apenas para escolher um membro do Parlamento”, disse Modi nesta sexta-feira. “É para garantir o futuro das gerações que virão depois de vocês.”

A Índia precisava de um governo “forte”, em um momento em que “nuvens de guerra pairam sobre o mundo”, acrescentou.

A vitória de Modi o tornaria apenas o segundo primeiro-ministro indiano a ser eleito três vezes consecutivas, depois do líder pós-independência Jawaharlal Nehru.

Foto Reuters / Jayanta Dey

Por Agência Brasil

           

Seja sempre o primeiro a saber. Baixe os nossos aplicativos gratuito.

Siga-nos em nossas redes sociais FacebookTwitter e InstagramVocê também pode ajudar a fazer o nosso Blog, nos enviando sugestão de pauta, fotos e vídeos para nossa a redação do Blog do Silva Lima por e-mail blogdosilvalima@gmail.com ou WhatsApp (87) 9 9937-6606 ou 9 9155-5555.

Continue lendo

Mundo

Adolescente de 12 anos sofre infarto e morre após ficar isolada em escola na França

Escola foi isolada após um ataque com faca numa outra escola nas redondezas.

Publicado

em

Uma jovem de 12 anos sofreu uma ataque cardíaco e morreu depois de a sua escola ter sido isolada, devido a um ataque com faca.

Nesta quinta-feira (18), duas meninas, de 6 e 11 anos, foram esfaqueadas em Souffelweyersheim, na França, junto a uma escola.

Depois de tomar conhecimento dos fatos, a diretora da escola emitiu um alerta para proceder ao fechamento, que foi simultaneamente efetuado por uma outra escola localizada nas proximidades.

“Os professores fizeram isso com extrema precisão e rigor e, infelizmente, esta estudante sofreu um episódio de pânico crítico que lhe provocou uma parada cardíaca”, explicou um diretor da escola, Olivier Faron.

A menina foi transportada para uma unidade hospitalar “em estado grave”. O Le Monde revelou que ela não resistiu e morreu.

“Foi socorrida por professores, que rapidamente chamaram os bombeiros. Morreu ao fim da tarde”, declarou Olivier Faron, reitor da autoridade educativa, à Agence France-Presse (AFP).

O agressor, que fontes de investigação identificam como um homem de 30 anos com problemas psiquiátricos, foi detido após o ataque.

A polícia francesa declarou que o suspeito não tem antecedentes criminais e a Procuradoria de Estrasburgo informou que os motivos do ataque permanecem desconhecidos e que não há razão para suspeitar de intenções terroristas.

Foto Getty Images/MATHILDE CYBULSKI/

Por Notícias ao Minuto

           

Seja sempre o primeiro a saber. Baixe os nossos aplicativos gratuito.

Siga-nos em nossas redes sociais FacebookTwitter e InstagramVocê também pode ajudar a fazer o nosso Blog, nos enviando sugestão de pauta, fotos e vídeos para nossa a redação do Blog do Silva Lima por e-mail blogdosilvalima@gmail.com ou WhatsApp (87) 9 9937-6606 ou 9 9155-5555.

Continue lendo

Mundo

Guerra Mundial: entenda riscos de um conflito entre Israel e Irã

Publicado

em

O risco de uma nova guerra mundial existe caso Israel revide o último ataque do Irã, o que pode arrastar o planeta para uma crise econômica de grandes proporções, segundo especialistas entrevistados pela Agência Brasil.

O mundo aguarda qual será a resposta militar de Israel ao ataque sofrido do Irã que, por sua vez, estava revidando o ataque à sua embaixada em Damasco, na Síria. Os aliados de Tel Aviv apelam, publicamente, para que o país não amplie a guerra no Oriente Médio, Já o Irã promete uma “resposta feroz”, rápida e “ainda mais dura” caso Israel revide o ataque.

O doutor em história pela Universidade de São Paulo (USP), José Arbex Junior, avalia que estamos caminhando para um cenário que, se não for contido, pode levar a uma guerra mundial.

“Quando você engaja o Irã no conflito, você está mexendo com toda a estrutura geopolítica de poder e, historicamente, os Estados Unidos mantém uma relação bastante hostil com o Irã desde pelo menos 1979, quando teve a Revolução Iraniana”, comentou.

Para o especialista, os Estados Unidos (EUA) e seus aliados vivem agora um novo impasse. “Eles não têm como entrar com tudo em uma guerra contra o Irã. Afinal, isso arruinaria a economia mundial e arruinaria as chances do [Joe] Biden se reeleger presidente dos EUA”, destacou.

Arbex lembrou que o Irã controla o Estreito de Hormuz, pequeno pedaço de oceano por onde passa boa parte do comércio mundial de petróleo. “Imagina se o Irã, em uma situação de conflito, resolve fechar o Estreito de Hormuz? O preço do barril do petróleo sobe, tranquilamente, para 150 dólares ou mais. Isso explode a economia europeia. Por isso que os europeus estão em pânico”, completou.

O professor de jornalismo da USP, que foi correspondente internacional em Moscou e Nova Iorque, citou ainda que o Irã é fundamental para economia chinesa.

“[O petróleo do Irã] é o sangue da economia chinesa. Então, se for interrompido o fornecimento de petróleo para a China, por força da guerra, não tenho dúvida nenhuma de que a China vai se alinhar com o Irã”, completou José, acrescentando que, diplomaticamente, Pequim já é próximo de Teerã.

A professora de Relações Internacionais do Ibmec de São Paulo, Natalia Fingermann, também avaliou que a guerra, hoje regional, pode escalar para uma guerra global devido ao cenário de grande instabilidade, que vem se agravando desde a Guerra na Ucrânia.

“O risco existe. Não é uma coisa totalmente distante, louca ou sem sentido nenhum. O risco existe e acho que ele nunca foi tão possível, pelo menos nos últimos 40 anos”, destacou a professora, acrescentando que há ainda o risco do uso de armas nucleares.

Fingermann lembrou que a escalada do conflito pode aumentar a inflação global, afetando todo o mundo. “[Se o conflito aumentar], vamos ter um aumento do preço do petróleo e, consequentemente, um processo de inflação global porque, querendo ou não, o petróleo ainda é a principal fonte de energia e de transporte do alimento do mundo”, acrescentou

O professor José Arbex avaliou que Israel atacou a Embaixada do Irã, em Damasco, com objetivo de envolver Teerã no conflito para, com isso, tentar trazer os EUA para mais perto de Tel Aviv.

O especialista argumentou que Israel estava isolado internacionalmente e, internamente, o governo vinha sofrendo pressões pela saída do primeiro-ministro, Benjamim Netanyahu, que corre o risco ser preso se deixar o poder. Além disso, citou a econômica do país, parcialmente paralisada pela guerra, como outro fator preocupante para Israel.

“Netanyahu jogou todas as fichas no agravamento do conflito com o Irã para puxar apoio dos Estados Unidos, que ele estava perdendo por causa das eleições nos EUA.” Ele acrescentou que Gaza tem afetado a perspectiva eleitoral de Biden.

A professora Natalia Fingermann lembrou que, oficialmente, Israel justificou o ataque contra a embaixada do Irã para desarticular o apoio que do país ao Hezbollah, grupo do Líbano em conflito na fronteira Norte de Israel. Porém, ela avaliou que Netanyahu teve outros ganhos com o envolvimento direto do Irã.

“Primeiro, ele tira o foco sobre Gaza, que sai da pauta internacional, e ele volta a ter apoio internacional e doméstico. Então, em certa medida, ele consegue fazer a sua manutenção de poder”, resssaltou.

Fingermann disse ainda que a entrada do Irã pode ter consequências negativas para causa palestina. Para a especialista, Netanyahu foi quem mais tirou vantagem na nova situação.

“Quando todos os grandes aliados de Israel, como Estados Unidos, França e Inglaterra, param de olhar para Gaza e focam mais no Irã, a gente tem, assim, o receio de que aquela população fique abandonada.”

Para o professor José Urbex, a questão palestina se fortalece, pois mostra que eles não estariam sozinhos contra Israel. Ele citou ainda a manifestação da presidente da União Europeia, Ursula von der Leyen, que, apesar de condenar o Irã, pediu que a questão palestina seja resolvida.

“Não é por acaso que ela faz uma declaração dessa. O Irã demonstrou que, se essa coisa prosseguir e a guerra prevalecer, a coisa vai ficar muito feia”, disse. Além disso, Arbex avaliou que o ataque do Irã revelou certa fragilidade de Israel, que precisou dos aliados para conter os drones de Teerã.

“[Ajudaram Israel] os Estados Unidos, Inglaterra, Jordânia, Arábia Saudita, Emirados Árabes Unidos e a fragata francesa, que está estacionada lá perto. O que sobrou para Israel fazer? Sobrou pouquíssima coisa. Israel é integralmente dependente desses aliados externos”, acrescentou.

Fonte: Agência Brasil.

 

           

Seja sempre o primeiro a saber. Baixe os nossos aplicativos gratuito.

Siga-nos em nossas redes sociais FacebookTwitter e InstagramVocê também pode ajudar a fazer o nosso Blog, nos enviando sugestão de pauta, fotos e vídeos para nossa a redação do Blog do Silva Lima por e-mail blogdosilvalima@gmail.com ou WhatsApp (87) 9 9937-6606 ou 9 9155-5555.

Continue lendo
Propaganda

Trending

Fale conosco!!