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João Carlos Paes Mendonça Exalta Nordeste e Ética nos 90 Anos do JCPM

O empresário João Carlos Paes Mendonça, presidente do Grupo JCPM, destacou a trajetória de 90 anos do conglomerado, a importância do desenvolvimento estrutural para o Nordeste e sua visão sobre o cenário político atual. Aos 87 anos, Mendonça credita a longevidade do grupo ao trabalho árduo e a um código de conduta rigoroso.

“O segredo é trabalho. Você tem que ter um comportamento ético muito forte para atingir os objetivos”, afirmou, enfatizando a relevância da ética nos negócios. A história do grupo começou humildemente em 1935, expandindo-se de uma pequena mercearia até alcançar destaque em diversos setores. A chegada a Recife, em 1966, com a inauguração do primeiro supermercado, marcou um momento crucial.

Mendonça começou a trabalhar aos 9 anos, ao lado de seu pai, tornando-se gerente geral aos 18 e sócio aos 20. Questionado sobre a resiliência da empresa no Nordeste, ele reiterou a dedicação contínua e a importância dos relacionamentos com a comunidade e os clientes.

Em relação ao cenário econômico, Mendonça expressou otimismo cauteloso, demonstrando preocupações com a situação fiscal e a falta de planejamento de longo prazo no país. Apesar de reconhecer um ambiente positivo para a economia e a geração de empregos em 2025, alertou para as incertezas futuras. Ele também criticou a burocracia, que, segundo ele, dificulta a aprovação de projetos e atrasa o desenvolvimento.

Para o empresário, o Nordeste precisa priorizar investimentos estruturais para um crescimento sustentável. “Precisamos repensar o Nordeste. Aqui ficamos felizes da vida quando recebemos qualquer coisa do governo, mas não temos infraestrutura”, analisou, defendendo a necessidade de mercado de consumo para atrair empresas e aumentar o poder de compra da população.

Mendonça enfatizou a importância de direcionar os recursos federais e da Reforma Tributária para a infraestrutura, como estradas, água, portos e aeroportos, visando a retomada da liderança de Pernambuco. Ele criticou a “mamata” e a falta de infraestrutura adequada, contrastando com o desenvolvimento de outros estados, como São Paulo.

O presidente do Grupo JCPM manifestou esperança nos novos nomes da política, mas alertou sobre a dificuldade de atrair talentos para a vida pública e criticou o modelo de sucessão política vigente, defendendo a renovação com jovens líderes do meio empresarial e acadêmico.

Mendonça também destacou os projetos sociais do Grupo JCPM, como a Fundação Pedro Paes Mendonça, que beneficia cerca de 2 mil pessoas na Serra do Machado e povoados vizinhos, e o Instituto JCPM, que apoia jovens da rede pública em quatro capitais do Nordeste. Em 2024, o projeto recebeu um investimento de R$ 18 milhões, sem incentivos fiscais.

Ele diferenciou os termos “responsabilidade social” e “compromisso social”, definindo o primeiro como um dever e o segundo como uma ação voluntária impulsionada por valores pessoais.

Ao projetar o futuro do grupo, Mendonça reafirmou o compromisso de conduzi-lo rumo ao centenário, mantendo os princípios éticos e priorizando a solidez moral e a qualidade do trabalho. Segundo ele, o objetivo não é apenas ganhar dinheiro, mas ser bom e, se possível, grande. Mendonça finalizou a entrevista expressando seu profundo vínculo com o Nordeste e gratidão ao povo pernambucano.

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