Política
Juíza condena 8 por plano do PCC de ataque a Moro, e senador diz que falta descobrir mandante

A Justiça Federal no Paraná condenou oito pessoas ligadas ao PCC (Primeiro Comando da Capital) por organização criminosa e tentativa de extorsão mediante sequestro do senador Sergio Moro (União Brasil-PR), ex-ministro da Justiça do governo Jair Bolsonaro (PL) e ex-juiz federal na Lava Jato.
A sentença, com 241 páginas, foi assinada na terça-feira (21) pela juíza substituta Sandra Regina Soares, da 9ª Vara Federal de Curitiba, no âmbito de uma ação penal ligada à Operação Sequaz, deflagrada em março de 2023 pela Polícia Federal.
Em uma publicação em uma rede social nesta quinta-feira (23), Moro divulgou trecho da sentença, agradeceu as autoridades envolvidas na operação e afirmou que “falta descobrir o mandante do crime e a investigação da PF precisa continuar com este objetivo”.
“Solicitarei providências nesse sentido ao ministro da Justiça. Não nos curvaremos a criminosos. Continuarei, no Senado, defendendo lei, ordem e penas severas contra o crime organizado”, escreveu.
A denúncia do Ministério Público Federal foi acolhida pela Justiça Federal em maio de 2023. Entre os 13 denunciados, três foram absolvidos e outros dois morreram na prisão.
Segundo o MPF, nas trocas de mensagens entre os denunciados, Moro era chamado de “Tokio” e o código para a palavra “sequestro” era “flamengo”.
Os investigadores iniciaram a apuração com base em depoimento de um ex-integrante do PCC que se transformou em testemunha protegida da Justiça de São Paulo. Foi ele quem relatou o plano de sequestro de Moro, posteriormente levado para os investigadores da PF.
De acordo com a denúncia do MPF, o plano de sequestro teve relação com medidas adotadas por Moro na época em que ele era ministro da Justiça, como “a transferência de lideranças da facção criminosa Primeiro Comando da Capital para presídios federais de segurança máxima, bem como a proibição de visitas íntimas nesses presídios, para evitar a transmissão de ordens da alta hierarquia”.
Na sentença, a juíza cita que a facção criminosa pretendia barganhar a soltura ou a devolução do principal chefe do PCC, Marco Willians Herbas Camacho, conhecido como Marcola, ao sistema penitenciário paulista.
Marcola foi transferido de São Paulo para a penitenciária federal em Brasília em fevereiro de 2019. Meses depois, seguiu para uma unidade federal em Rondônia. Em 2024, retornou para a capital federal.
O grupo teria começado a organizar o plano de sequestro em maio de 2022. As investigações apontaram que integrantes do PCC monitoraram locais que Moro frequentava. Um dos endereços foi o clube em Curitiba onde o hoje senador vota -o sequestro ocorreria na data do segundo turno das eleições de 2022.
Segundo o MPF, os criminosos não atingiram o resultado pretendido “por circunstâncias alheias às vontades dos integrantes da referida organização, especificamente em razão da descoberta de fraude na locação do apartamento localizado em Curitiba, e ao aviso de que tal fato seria comunicado à polícia”.
O réu Janeferson Aparecido Mariano Gomes, que era apontado pelo MPF como líder do grupo denunciado, foi assassinado em junho passado. Na sentença, a juíza informa que ele foi morto por outros membros do PCC dentro da Penitenciária 2 de Presidente Venceslau, no interior paulista.
Ela acrescenta que a principal hipótese é de que o réu foi morto justamente por ter falhado no plano de sequestro. Outro réu preso também foi assassinado pelo PCC, Reginaldo de Oliveira de Sousa.
De acordo com o MPF, Janeferson pertencia a uma célula restrita do PCC, chamada de “Sintonia Restrita”. A subdivisão seria responsável por executar ações contra agentes de segurança, membros do Judiciário e políticos.
No ano passado, no depoimento que chegou a prestar à Justiça Federal, Janeferson disse que foi a Curitiba para fazer um protesto político e que os fatos narrados na denúncia não eram verdadeiros.
Todos os demais réus também negaram as acusações em seus depoimentos: Claudinei Gomes Carias, Franklin da Silva Correa, Herick da Silva Soares, Cintia Aparecida Pinheiro Melesqui, Aline Arndt Ferri, Aline de Lima Paixão, Oscalina Lima Graciote e Hemilly Adriane Mathias Abrantes.
Entre os réus, a maior pena chega a quase 15 anos de reclusão. Os oito foram condenados pelos crimes de organização criminosa e tentativa de extorsão mediante sequestro, exceto Hemilly, condenada apenas por organização criminosa. Ela e as outras quatro mulheres condenadas podem recorrer em liberdade.
“O conjunto probatório constante nos autos demonstra, de forma inequívoca, que a organização criminosa mantinha uma estrutura logística na cidade de Curitiba, sustentada pelo aluguel de imóveis utilizados como bases de apoio (…) para viabilizar o planejamento e a execução do crime”, escreve a juíza.
Outros três réus foram absolvidos: Sidney Rodrigo Aparecido Piovesan, Valter Lima Nascimento e Patric Uelinton Salomão. “As evidências colhidas não se mostram suficientes para sustentar, além da dúvida razoável, a condenação dos réus”, disse a juíza.
A operação da PF em 2023 que cumpriu mandados de prisão para desarticular o plano da facção criminosa contra autoridades, incluindo Moro, dividiu o governo Lula (PT) na época.
O presidente e alguns assessores próximos acirraram a disputa com opositores ao sugerir, sem provas, uma “armação” de Moro no caso.
“Eu não vou falar porque acho que é mais uma armação do Moro. Quero ser cauteloso, vou descobrir o que aconteceu. É visível que é uma armação do Moro”, disse o presidente na época, mesmo após integrantes do próprio governo petista terem exaltado a operação feita pela PF, que é ligada ao Ministério da Justiça.
Outros aliados lamentaram a declaração de Lula e iniciaram uma operação para tentar corrigir o discurso oficial.
Foto Getty
Por Folhapress


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Política
Parlamentares aliados de Bolsonaro criticam denúncia da PGR

Deputados e senadores bolsonaristas criticaram nesta terça-feira, 18, a denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). O procurador-geral da República, Paulo Gonet, concluiu que o ex-chefe do Executivo federal liderou as articulações para dar um golpe de Estado.
O líder da Oposição na Câmara, deputado Luciano Zucco (PL-RS), afirmou que a denúncia “carece de fundamentação jurídica sólida” e questionou a imparcialidade e a isenção da PGR.
“É imperativo destacar que tal denúncia carece de fundamentação jurídica sólida e parece estar alicerçada em interpretações subjetivas, desprovidas de evidências concretas que sustentem as graves acusações imputadas”, afirmou o líder da oposição.
Zucco disse ainda que a oposição vai seguir “vigilante e atuante” para garantir que Bolsonaro não seja alvo de uma “perseguição política disfarçada de procedimento legal”.
“A Liderança da Oposição reafirma seu total apoio ao ex-presidente Jair Bolsonaro, um líder que sempre se pautou pelo respeito à Constituição e ao Estado Democrático de Direito. Rejeitamos com firmeza qualquer tentativa de criminalização de sua trajetória política e denunciamos essa ação como uma ofensiva seletiva com motivações que transcendem o campo jurídico”, disse Zucco.
A líder da Minoria na Câmara, deputada Caroline de Toni (PL-SC), também disse que Bolsonaro é alvo de uma “perseguição política”. Segundo a parlamentar, as provas fundamentadas pela PGR com base no inquérito da Polícia Federal (PF) que investigou uma tentativa de golpe de Estado são “claramente políticas”.
“A perseguição política no Brasil tem patronos – e todos sabem quem são. Hoje, o maior líder deste País torna-se formalmente vítima da ditadura. Um processo cujos fundamentos são claramente políticos demonstra que o Estado Democrático de Direito não passa de letra morta. Quem coloca sua digital nisso não tem qualquer respeito pelo Brasil”, disse De Toni.
A deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) afirmou que a denúncia da PGR reforça a necessidade de se aprovar o projeto de lei que anistia os condenados pelos atos do 8 de Janeiro. Publicamente, bolsonaristas haviam afirmado que a proposta buscava isentar “pessoas comuns” que foram punidas pela depredação dos prédios públicos.
“A denúncia da PGR contra o ex-presidente Bolsonaro só reforça a necessidade de aprovarmos a anistia. O Brasil não pode permitir que a perseguição política se torne arma contra aqueles que apenas expressaram sua indignação e lutaram por um país mais justo”, afirmou Zambelli.
De acordo com a denúncia da PGR, Bolsonaro liderou uma organização criminosa “baseada em projeto autoritário de poder” e “com forte influência de setores militares”. Também foi apontado como comandante da trama o ex-ministro da Defesa general Walter Braga Netto, que está em prisão preventiva.
“A organização tinha por líderes o próprio presidente da República e o seu candidato a vice-presidente, o general Braga Neto. Ambos aceitaram, estimularam, e realizaram atos tipificados na legislação penal de atentado contra o bem jurídico da existência e independência dos poderes e do Estado de Direito democrático”, diz um trecho da denúncia.
Em nota, os advogados José Luis Oliveira Lima e Rodrigo Dall’Acqua, que representam Braga Netto, chamam a denúncia de “fantasiosa”. O texto diz ainda que o general “está preso há mais de 60 dias e ainda não teve amplo acesso aos autos, encontra-se preso em razão de uma delação premiada que não lhe foi permitido conhecer e contraditar”. “A defesa confia na Corte, que o STF irá colocar essa malfadada investigação nos trilhos”, conclui.
Foto Divulgação
Por Esadão


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Política
Eleições 2026: Lula empataria com Tarcísio e Michelle, e perderia para Bolsonaro, inelegível até 2030, aponta pesquisa

Levantamento sobre as intenções de voto para a eleição presidencial de 2026 divulgado pelo Paraná Pesquisas nesta terça-feira, 18, indica que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) empata tecnicamente com a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) e o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), em um eventual segundo turno. Se a disputa fosse contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), Lula perderia. Bolsonaro, no entanto, está inelegível até 2030.
Se um segundo turno fosse disputado hoje entre Bolsonaro e Lula, o ex-presidente teria 45,1% de preferência e Lula, 40,2%. Votos brancos e nulos são 10,7%, e 4% não souberam responder.
Entre Lula e Michelle, a ex-primeira-dama tem 42,9% e Lula, 40 5%. Os dois empatam tecnicamente dentro da margem de erro, de 2 2 pontos porcentuais. Votos nulos e brancos são 12,4%, e 4,2% não souberam responder.
Entre Lula e Tarcísio, o presidente tem 41,1% e o governador de São Paulo, 40,8%. São 13,6 os votos brancos e nulos e 4,5% não responderam.
O Paraná Pesquisas realizou 2.010 entrevistas em todas as unidades da federação entre os dias 13 e 16 de fevereiro de 2025. O índice de confiança é de 95%. A pesquisa foi contratada pelo PL, partido do ex-presidente. Com informações da Agência Estado.
Por Diário de Pernambuco


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Política
PGR denuncia Jair Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado

Na noite desta terça-feira (18), a Procuradoria-Geral da República (PGR) denunciou o ex-presidente Jair Bolsonaro pela tentativa de golpe de Estado em 2022. Entre os outros denunciados estão Mauro Cid, Braga Netto e Alexandre Ramagem.
Agora a denúncia será analisada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) e se for aceita, Bolsonaro se tornará réu e passará a responder a um processo penal no tribunal.
O ex-presidente Jair Messias Bolsonaro
foi denunciado pelos crimes de Golpe de Estado, Abolição violenta do Estado Democrático de Direito, Organização Criminosa.
Mauro Cid, Braga Netto, Alexandre Ramagem, Anderson Torres, Augusto Heleno, entre outros, foram denunciados pelos crimes de Golpe de Estado, Abolição violenta do Estado Democrático de Direito, Organização Criminosa.
A PGR se baseou no relatório da Polícia Federal que, em novembro do ano passado, concluiu pelo indiciamento de Bolsonaro e outras 36 pessoas.
Por Folhapress


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