Até mesmo o presidente François Hollande declarou voto em Macron.
om a definição dos dois candidatos que disputarão o segundo turno das eleições presidenciais na França, os principais líderes europeus já se manifestaram a favor do ex-ministro Emmanuel Macron, do Em Movimento.
Por sua postura europeísta, Macron é o favorito das principais potências da União Europeia em detrimento da líder da extrema-direita de Marine Le Pen, que já anunciou que colocará em pauta o “Frexit”, a saída da França do bloco econômico – ou, ao menos, a saída dos franceses da zona do euro.
O presidente francês, François Hollande, do derrotado Partido Socialista, fez um pronunciamento na televisão nesta segunda-feira (24) em que afirmou que “votará” em Macron.
“A presença da extrema-direita faz, novamente, nosso país correr um risco por sua longa história, os seus métodos, as suas ligações com grupos extremistas por toda a Europa, mas sobretudo, pelas consequências que ocorreriam na aplicação de seus programas na vida de nosso país”, disse o mandatário.
Por isso, prosseguiu Hollande, “é impossível ficar em silêncio, nem se refugiar na indiferença”. “Agora, se impõe a mobilização e a clareza: votarei Emmanuel Macron”, concluiu.
A chanceler alemã, Angela Merkel, não fez um pronunciamento oficial, mas seu vice-porta-voz, Georg Streiter, falou com a imprensa sobre o resultado. Durante a campanha eleitoral, o líder do governo alemão recebeu os principais candidatos franceses com exceção de Le Pen.
“A França é o mais próximo e mais importante parceiro da Alemanha. E há um candidato pró-Europa, que quer desenvolver um amizade franco-alemã”, disse Streiter ressaltando, no entanto, que “a Alemanha trabalhará com qualquer um que vença e a decisão é apenas do povo francês”.
O opositor de Merkel nas próximas eleições majoritárias, marcadas para setembro, Martin Schulz, se manifestou mais claramente em prol de Macron. Ele afirmou que espera que o candidato derrota a representante “anti-Europa e abertamente racista, Marine Le Pen”.
“Nós não podemos subestimar a mobilização necessária para garantir que Macron também vença no segundo turno. Isso é o que acontece a partir de agora”, destacou.
O ex-premier italiano Matteo Renzi também se manifestou em prol do candidato do Em Movimento.
“A vitória de Macron nas eleições francesas poderão dar muita força a quem quer mudar a Europa. Quem ama o ideal europeísta sabe que os adversários vem do populismo. Mas, a Europa também é um bem muito grande para ser deixado apenas para os tecnocratas.
Parabéns Macron, o desafio começa agora. Um desafio que também atinge a Itália. Vamos juntos”, escreveu em seu Facebook.
União Europeia: O presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker, parabenizou Macron e declarou apoio ao candidato porque “a França é um pilar central da UE, é um dos países-fundadores e uma das nações que encarna e simboliza todos os valores no qual a integração europeia foi fundada”.
Segundo seu porta-voz, Margaritis Schinas, o fato da concorrente ser Le Pen causa um pré-posicionamento inédito nas eleições francesas, já que a entidade “não tem muita escolha”.
Normalmente, a Comissão se mantém neutra em pleitos nacionais.
Já o presidente do Conselho Europeu, Antonio Tajani, demonstrou apoio público a Macron.
“Acredito que os dados demonstram uma coisa: o populismo não venceu e isso faz bem para a Europa. Mesmo com o clima de vigília e os atentados, aparentemente, o triunfo populista não ocorreu. Claro que não dá para contar com o resultado já definido, mas depois das primeiras declarações dos candidatos se entende que a frente anti-Le Pen é grande e compacta. Não estou preocupado”, acrescentou o italiano.
Quem também se manifestou foi a alta representante europeia para a Política Externa e Segurança, Federica Mogherini, que usou sua conta no Twitter para afirmar que “ver as bandeiras da França e da UE atrás de Emmanuel Macron é a esperança e o futuro da nossa geração”. A fala refere-se ao primeiro pronunciamento do candidato após a vitória, onde as bandeiras europeia e francesa foram colocadas no palco.
Rússia e Reino Unido: Quem também se manifestou sobre as eleições na França foi a Rússia, acusada por diversas vezes de tentar interferir no pleito em prol de Le Pen.
O porta-voz do governo, Dmitri Peskov, afirmou que o presidente Vladimir Putin “respeita a escolha dos cidadãos franceses” e que é “errado” afirmar que Moscou não quer que Macron vença.
“A Rússia está pronta para construir uma boa relação com quem acredita que as atuais diferenças possam ser superadas através do diálogo e levando em conta os interesses recíprocos”, destacou.
Já o governo britânico não se pronunciou oficialmente, mas o jornal “Daily Telegraph”, que é ligado ao Partido Conservador da premier Theresa May fez um artigo criticando Macron e dizendo que ele é um “mal para a Grã-Bretanha, para o euro e para a União Europeia”.
(ANSA)
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