Pesquisa recente revela que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) mantém a liderança numérica em todos os cenários de segundo turno para a eleição presidencial de 2026. Contudo, a distância entre o petista e seus principais concorrentes se estreitou em comparação com o mês de outubro, especialmente após controvérsia gerada por suas declarações sobre segurança pública.
Em um possível confronto direto com o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), a vantagem de Lula diminuiu de 12 para 5 pontos percentuais. Diante do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), atualmente inelegível, a pesquisa aponta para um empate técnico: 42% para Lula e 39% para Bolsonaro, em contraste com os 46% a 36% registrados no levantamento anterior.
A pesquisa foi realizada após uma grande operação policial no Rio de Janeiro, ocorrida em 28 de outubro, e a declaração de Lula na Indonésia, onde ele afirmou que “traficantes também são vítimas de usuários de drogas”. A fala provocou repercussão negativa, principalmente entre eleitores de centro.
Nos demais cenários de segundo turno, o presidente continua à frente, mas com margens mais apertadas. Contra Ciro Gomes (PSDB), a vantagem é de 38% a 33% (antes era de 41% a 32%). Diante de Tarcísio de Freitas, o placar é de 41% a 36% (anteriormente, 45% a 33%). Contra Ratinho Jr. (PSD), Lula marca 40% a 35% (em comparação com 44% a 31% no mês anterior). Contra Romeu Zema (Novo), o resultado é de 43% a 36%, e contra Ronaldo Caiado (União Brasil), 42% a 35%. Em um confronto com Michelle Bolsonaro (PL), Lula venceria por 44% a 35%.
Em simulações contra Eduardo Bolsonaro (PL-SP) e Eduardo Leite (PSD-RS), Lula também lidera com vantagem: 43% a 33% e 41% a 28%, respectivamente.
Nos cenários de primeiro turno, o petista se destaca em todas as combinações. Contra Bolsonaro, por exemplo, Lula alcança 32%, enquanto o ex-presidente registra 27%. Diante de Michelle Bolsonaro, Lula lidera com 31% contra 18%.
A pesquisa sugere que o debate sobre segurança pública interrompeu a recuperação da popularidade de Lula. A aprovação ao governo diminuiu de 48% para 47%, enquanto a desaprovação aumentou de 49% para 50%, representando a primeira oscilação negativa desde maio.
O levantamento ouviu 2.004 pessoas entre os dias 6 e 9 de novembro de 2025, por meio de entrevistas presenciais. A margem de erro é de dois pontos percentuais, com nível de confiança de 95%.

