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Luto na Música: Morre Lô Borges, Ícone do Clube da Esquina, Aos 73

O cenário musical brasileiro perdeu um de seus expoentes neste domingo, com a morte de Lô Borges, aos 73 anos. O músico estava hospitalizado desde 19 de outubro, após sofrer uma intoxicação por medicamentos. A causa do falecimento foi confirmada como falência múltipla de órgãos.

Nascido em Belo Horizonte, Salomão Borges Filho, conhecido como Lô Borges, desde cedo demonstrou inclinação para a música. Filho de pais músicos amadores, cresceu em um ambiente familiar que respirava melodias e poesias, ao lado de seus dez irmãos.

Lô Borges aprendeu a tocar violão ainda jovem, influenciado pela bossa nova e, posteriormente, pelos Beatles. Na adolescência, formou a banda cover The Bevers, ao lado de seu irmão Yé Borges, Beto Guedes e Márcio Aquino, apresentando-se em programas infantis de televisão em Belo Horizonte.

A parceria musical mais marcante de Lô Borges foi com seu irmão mais velho, Márcio Borges. Juntos, criaram obras que se tornariam clássicos da música popular brasileira. A amizade e colaboração com Milton Nascimento, que se tornou praticamente um membro da família Borges, também foram fundamentais em sua trajetória.

Aos 17 anos, Lô Borges mostrou suas composições para Milton Nascimento, resultando na criação de “Clube da Esquina”, canção que ganharia letra de Márcio Borges e seria gravada por Milton no álbum “Milton”, de 1970.

O encontro com Milton Nascimento o levou ao Rio de Janeiro, onde juntos conceberam o álbum “Clube da Esquina”, lançado em 1972. O disco, considerado um marco na música brasileira, misturava influências do rock dos Beatles, jazz, música barroca, ritmos mineiros, samba e umbanda.

Após o sucesso de “Clube da Esquina”, Lô Borges lançou seu primeiro álbum solo. O disco, experimental e psicodélico, foi recebido com pouco entusiasmo na época, mas se tornou cultuado ao longo dos anos.

Após um hiato de sete anos, Lô Borges lançou o álbum “A Via Láctea”, em 1979, que o colocou novamente em evidência. Nos anos 80, lançou outros álbuns e, em 1996, apresentou o disco “Meu Filme”, com participação de Caetano Veloso.

Em 2016, uniu-se a Samuel Rosa para o álbum “Samuel Rosa & Lô Borges – Ao Vivo No Cine Theatro Brasil”, apresentando novas versões de sucessos e canções inéditas. Nos últimos anos, Lô Borges manteve-se ativo, lançando um disco por ano com composições inéditas. Para ele, compor era um ato essencial, um alimento espiritual.

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