Saúde
Mães de bebês com microcefalia recebem kits para estímulos em casa
Exatamente um ano após Pernambuco e Recife decretarem estado de emergência devido às doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti, a capital pernambucana deu, nesta terça-feira (29), o pontapé inicial do projeto Redes de Inclusão. O lançamento aconteceu no auditório do Banco Central, em Santo Amaro, no Centro da cidade, com a participação de mães de bebês nascidos com a Síndrome Congênita do Zika Vírus, que receberam kits de apoio para o tratamento das crianças em casa.
A iniciativa é fruto de uma parceria entre as secretarias de Saúde do Recife, de Pernambuco, o Fundo das Nações Unidas para Infância (Unicef) e Fundação Altino Ventura, entre outras instituições. O evento também marcou a criação do Comitê Intersetorial Redes de Inclusão, com o intuito de unir esforços para dar atenção às famílias.
“Essa convergência de fatores e entidades faz com que a gente possa ter a distribuição dos kits, a preparação dos profissionais de saúde como elemento importante, mas também a preparação dos cuidadores, a atenção às famílias, as pessoas que lidam com essas crianças no dia a dia. Esse trabalho de treinamento e capacitação das famílias já vem sendo feito e será intensificado à medida em que o projeto vai transcorrendo”, garantiu o secretário de Saúde do Recife, Jaílson Correia.
O kit multissensorial contém 10 objetos, a maioria feita com materiais recicláveis, que servem para estimulação visual, auditiva, motora, táctil e cognitiva no ambiente domiciliar. A ideia está sendo testada no Recife e em Campina Grande, na Paraíba. De acordo com a coordenadora de Primeira Infância do Unicef Brasil, Cristina Albuquerque, os resultados serão avaliados e ações semelhantes podem ser implementadas em outros municípios, dependendo da iniciativa destes e do sucesso do projeto piloto.
“Esse é um projeto de intervenção, de criar um modelo de intervenção, mas que seja sustentável, ou seja, que ele entre na política pública. Com certeza, o maior desafio é construir nesse processo atividades que possam ficar no município para sempre, independente de epidemia de zika. Porque não são só as crianças afetadas pela zika que têm esses direitos, são todas as crianças com deficiência”, afirmou Cristina.
Cerca de 260 crianças serão beneficiadas inicialmente. A dona de casa Alexsandra Maria de Freitas, mãe de Cláudia, de um ano de idade, ressaltou que o acesso a esses kits vai fazer toda a diferença no processo de desenvolvimento de sua filha.
“Vai ajudar muito a gente, por dar mais experiência, mais segurança para a gente, dando dicas de como a gente possa usar materiais, trabalhar a parte sensorial da criança, as estimulações. Porque muitas coisas são caras. Isso ajuda o desenvolvimento deles e o nosso acompanhamento”, concluiu Alexsandra.
(Do G1 PE)
Saúde
Butantan começa a produzir sua vacina contra dengue; Anvisa ainda não aprovou
OInstituto Butantan deu início à produção de sua vacina contra a dengue, a Butantan-DV. Segundo a instituição, a expectativa é fabricar 1 milhão de doses em 2025 e mais 100 milhões nos próximos três anos.
A fabricação ocorre cerca de um mês depois de o Butantan enviar à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) a última leva de documentos necessários para o pedido do registro do imunizante. A avaliação ainda não foi concluída e, até o momento, a Butantan-DV não tem aval para distribuição e aplicação.
Segundo a Anvisa, a análise de pacotes de processos de submissão contínua – formato em que a documentação foi apresentada – costuma durar cerca de 90 dias. Nesse caso, como o pacote de dados foi submetido em 16 de dezembro, a expectativa é de que o parecer seja divulgado até meados de março.
Se aprovada, a vacina será a primeira do mundo em dose única contra a doença. “É um dos maiores avanços da saúde e da ciência na história do País e uma enorme conquista em nível internacional”, avaliou Esper Kallás, diretor do Instituto Butantan, quando os documentos foram enviados à agência.
“Vamos aguardar e respeitar todos os procedimentos da Anvisa, um órgão de altíssima competência. Mas estamos confiantes nos resultados que virão”, acrescentou Kallás na ocasião.
Próximos passos
A Butantan-DV não estará disponível para os brasileiros imediatamente após a aprovação do registro.
Se ela for aprovada, a Anvisa deverá enviar uma solicitação de autorização de preço à Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (CMED).
Depois dessa etapa, a Comissão Nacional de Incorporação de Tecnologias no Sistema Único de Saúde (Conitec) irá estudar a possível incorporação da vacina ao Sistema Único de Saúde (SUS). Caso o posicionamento seja favorável, então os trâmites para a distribuição da vacina pelo Ministério da Saúde poderão ser iniciados – mas a pasta já sinalizou que não prevê uma vacinação em massa neste ano.
Butantan-DV
A Butantan-DV é um imunizante tetravalente, formulado para proteger contra os quatro sorotipos do vírus da dengue (DENV-1, DENV-2, DENV-3 e DENV-4).
Os ensaios clínicos foram concluídos em junho do ano passado, com os resultados mais recentes publicados na revista científica The Lancet Infectious Diseases. Os dados refletem o acompanhamento de 16.235 participantes e indicam que o imunizante do Butantan demonstrou eficácia e segurança em pessoas de 2 a 59 anos.
A vacina atual: Qdenga
O Brasil tem um imunizante disponível contra a doença, a vacina Qdenga. Mas o produto, fabricado pela farmacêutica japonesa Takeda, precisar ser importado e requer duas doses para a imunização.
Além disso, a empresa tem capacidade limitada de produção e as doses são insuficientes para atender todo o público para qual a vacina foi aprovada pela Anvisa: pessoas de 4 a 60 anos. Com isso, apenas crianças de 10 a 14 anos, moradoras dos 1.920 municípios pré-selecionados, podem tomar a Qdenga na rede pública e, na rede particular, cada dose custa mais de R$ 300.
Foto iStock
Por Estadão
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Saúde
Donald Trump: o que significa a saída dos Estados Unidos da OMS
No primeiro dia de segundo mandato (20 de janeiro), o presidente americano, Donald Trump, assinou um decreto (entre cerca de 100 ordens executivas) para os Estados Unidos deixarem a Organização Mundial da Saúde (OMS), uma instituição com sede em Genebra que ele atacou previamente pela resposta à pandemia de covid-19.
Neste momento em que a saúde pública mundial enfrenta desafios significativos, o rompimento de relações dos Estados Unidos com a agência de saúde das Nações Unidas tem consequências importantes, especialmente no financiamento dos programas da organização.
O país, principal doador da OMS, fornece um financiamento vital para manter diversas operações da agência de saúde. Assim, essa quebra de laços deve gerar uma reestruturação da instituição e pode causar interrupções em iniciativas de saúde global.
Nesta terça-feira (21), o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom, lamentou o anúncio da retirada dos Estados Unidos da organização e expressou pesar com a decisão. Ele ressaltou que o país não apenas contribuiu, como também se beneficiou da participação na agência de saúde das Nações Unidas.
“Esperamos que os Estados Unidos reconsiderem e estamos ansiosos para nos envolver em um diálogo construtivo para manter a parceria entre os EUA e a OMS, em benefício da saúde e do bem-estar de milhões de pessoas ao redor do mundo”, disse Tedros.
Esse rompimento pode prejudicar a capacidade de resposta a crises sanitárias globais e desestabilizar o financiamento de programas essenciais de saúde. Além disso, a saída dos Estados Unidos da OMS abre espaço para novas dinâmicas geopolíticas; outros países podem assumindo maior protagonismo na saúde pública mundial.
Confira abaixo em tópicos:
Perda de influência global na saúde pública
Os Estados Unidos são um dos maiores financiadores da OMS, o que dá ao país grande influência nas decisões da organização. Com a saída, essa influência é reduzida e deixa espaço para que outros países assumam maior protagonismo. A lacuna deixada pelos Estados Unidos pode ser preenchida por potências como a China ou a União Europeia, e isso tende a alterar a dinâmica de poder e a liderança na saúde global.
Impactos financeiros e em pesquisa médica e outros setores
Parte do financiamento da OMS vai para programas de combate a doenças como malária, HIV/aids e poliomielite. Ao sair da entidade, os Estados Unidos perdem acesso a esses esforços, o que pode prejudicar iniciativas que também afetam americanos.
Desestabilização da OMS
Como os Estados Unidos contribuem com uma parte significativa do orçamento da OMS, a falta desses recursos pode fazer com que programas importantes, especialmente em países em desenvolvimento, possam sofrer cortes ou atrasos. Houve, por exemplo, contribuição americana na erradicação da varíola e nos avanços para o fim da poliomielite.
Aumento das desigualdades de saúde
Como a OMS utiliza os fundos de grandes financiadores para atender a países mais vulneráveis, a ruptura dos Estados Unidos com a agência tende a dificultar o combate a epidemias, campanhas de vacinação e melhorias em sistemas de saúde em regiões mais vulneráveis.
Riscos para a segurança sanitária global
Doenças infecciosas não respeitam fronteiras. Se os Estados Unidos deixarem de participarem de esforços globais coordenados, o risco de surtos, epidemias e pandemias mal geridas aumenta.
Possível retrocesso no combate a doenças
Programas vitais para erradicar doenças globais podem sofrer com a falta de financiamento, e isso desacelera progressos feitos nas últimas décadas.
Fonte: JC
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Saúde
Abusar do ar-condicionado no verão piora olho seco
Olhos vermelhos, sensação de corpo estranho, ardência, coceira e visão borrada são os sintomas da síndrome do olho seco que está lotando os consultórios. Não é para menos. A OMS (Organização Mundial da Saúde) aponta que a incidência da síndrome salta de 10% para 20% no verão entre trabalhadores que abusam do ar-condicionado em ambientes fechados e sem ventilação.
De acordo com o oftalmologista do Instituto Penido Burnier, Leôncio Queiroz Neto, a maioria dos pacientes trabalham em ambientes bastante refrigerados e alguns ainda usam lente de contato que também ajuda a reduzir a lubrificação do olho. Nessas condições o ar se torna muito seco e até quem tem produção normal de lágrima pode sentir algum desconforto ocular, afirma Queiroz Neto. O problema, ressalta, é que a exposição diária ao ar seco pode fazer com que este incômodo progrida para uma alteração crônica do filme lacrimal.
A situação fica pior ainda para quem trabalha o dia todo no computador. Isso porque, explica, diante das telas piscamos menos e a posição dos olhos facilita a evaporação da lágrima.
O especialista explica que baixa umidade dos ambientes refrigerados está associada ao olho seco evaporativo, um aumento da evaporação da lágrima que em 70% dos casos acontece por alterações nas glândulas de meibômio que ficam nas bordas da pálpebra e secretam a camada gordurosa da lágrima que impede este processo. .
Fatores de risco
Queiroz Neto diz que o olho seco pode acometer tanto homens como mulheres, mas a população feminina tem duas vezes mais chance de ter o problema. Isso porque, a síndrome pode estar relacionada às oscilações no nível do estrogênio durante a fase reprodutiva e à falta dele na pós menopausa.
Além do ar seco e alterações hormonais, Queiroz Neto aponta outros fatores de risco:
Medicamentos Descongestionantes, anti-histamínicos, tranquilizantes antidepressivos, diuréticos, pílula anticoncepcional, anestésicos, beta bloqueadores, anticolinérgicos.
Doenças
Artrite, lúpus, sarcoidose, Síndrome de Sjögren, alergias e Parkinson
Lente de Contato
Hidrofílicas que se hidratam da lágrima
Idade
A partir de 65 anos nossos olhos reduzem em 60% a produção lacrimal.
Excesso de lágrima artificial irrita os olhos
O único colírio indicado na terapia de olho seco é a lágrima artificial. Ao contrário do que muitos imaginam não é um medicamento inofensivo. O oftalmologista conta que alguns pacientes instilam este tipo de colírio até 10 vezes ao dia quando a indicação é de 4 vezes. O excesso provoca irritação por causa dos conservantes. “Como diz o ditado – a diferença entre veneno e remédio é a dose”, afirma. Nem a lágrima artificial é só uma “aguinha” e é necessário analisar a lágrima para indicar o tratamento correto Isso porque
Quando a produção lacrimal é prejudicada por blefarite, Queiroz Neto afirma que a aplicação de luz pulsada é o tratamento mais indicado. Isso porque, desobstrui as glândulas de meibômio nas pálpebras e restabelece a circulação da lágrima.
.Dicas de prevenção
O especialista diz que para estimular a produção da lágrima o primeiro passo é beber 35 ml/quilo o que equivale a 2 litros/dia para uma pessoa com 60 quilos. de água ao dia. “A alimentação deve incluir as fontes de ácidos graxos encontrados na semente de linhaça, óleo de peixes e amêndoas, além de frutas, verduras e legumes ricos em vitaminas A e E”, afirma
Nas atividades que exigem concentração visual como o uso de computador Queiroz Neto ensina 3 dicas: posicionar a tela 30 graus abaixo da linha dos olhos, fazer pausas de 5 minutos a cada hora de trabalho e piscar voluntariamente. Seguindo estas orientações simples é possível ganhar mais produtividade e conforto para os olhos, finaliza.
Foto divulgação
Por Notícias ao Minuto
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