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Mais caro do que a gasolina, preço do litro do leite atinge maior valor da história em Pernambuco e no País

Segundo dados do Dieese, preço do leite longa vida subiu 18,24% no primeiro semestre de 2022. Altas começaram a partir de março e não pararam mais ao longo do ano

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O leite longa vida nunca esteve tão caro. Na prateleira do supermercado, o preço da caixinha supera o litro da gasolina (produto que fez explodir a inflação, graças aos seus constantes aumentos). Dependendo da marca e do canal de venda, o leite UHT varia de perto de R$ 6,00 até R$ 7,99. Com a redução do ICMS sobre os combustíveis, o litro da gasolina é encontrado com valores entre R$ 6,89 e R$ 7,14 em Pernambuco.

A pergunta que o consumidor se faz, diante do preço do leite nas alturas, é o que provocou uma alta tão grande em um curto espaço de tempo. Pelos dados do Dieese, entre dezembro de 2021 e fevereiro deste ano, o valor do produto estava em queda. A subida começou a partir de março e não parou mais. A alta no primeiro semestre chegou a 18,24% no Estado. Embora seja um fenômeno nacional, o reajuste do leite tem algumas peculiaridades em Pernambuco.

Variação no preço do leite em 2022 (%)

  • Janeiro – 1,98%
  • Fevereiro – (-1,57%)
  • Março -0,91%
  • Abril – 3,39%
  • Maio – 7,42%
  • Junho – 9,35%
  • Semestre – 18,24%

O presidente do Sindicato das Indústrias do Leite no Estado de Pernambuco (Sindleite-PE), Alex Costa, explica que vários fatores contribuíram para que o longa vida alcançasse valores nunca vistos pelo consumidor. “O dólar favorável elevou as exportações de commodities como milho, soja e algodão, que são utilizados na alimentação do gado. Isso aumentou a disputa no mercado interno por esses insumos e provocou uma alta nos preços da ordem de 100%”, afirma.

Essa conjuntura afetou o preço do leite em todo o País, mas Pernambuco ainda contou com alguns agravantes. Em maio, o mercado de lácteos foi informado sobre a fusão da cearense Betania, com a mineira Embaré e o fundo de private equity Arlon LATAM. A união das três deu origem a Alvoar Lácteos, que passa a ser a quinta maior empresa de laticínios do Brasil.

“A Betania tem uma fábrica no município de Pedra (no Agreste) e a união das duas indústrias provocou um aumento na captação de produto na bacia leiteira de Pernambuco. O aumento da demanda reduziu a oferta e fez com que o preço do leite subisse”, destaca Costa.

Menos leite de outros Estados

Com preços altos por todo o País, Pernambuco também sofreu uma redução da oferta de leite de outros Estados. “Quando os preços estão baixos, Estados exportadores como São Paulo e Minas Gerais costumam desovar suas produções no Nordeste. Com o litro vendido a R$ 10,00 em São Paulo e R$ 7,00 em Minas, esse leite será comercializado no mercado local para aproveitar o valor, ao invés de seguir para um mercado onde o preço de venda seria menor”, observa.

De acordo com o Sindleite, Pernambuco importa cerca de 40% do leite que consome de outros estados. O sindicato diz que o volume de leite chegou a ser reduzido na prateleira dos supermercados, mas que não chegou a faltar. “As pessoas das classes A e B podem pagar o valor reajustado e continuam comprando, mas a população de baixa rende substituiu o longa vida pelo barriga mole (leite de saquinho) ou mesmo deixou de consumir”, diz.

Para completar o cenário, Pernambuco sofre com chuvas acima da média desde maio, que atrapalharam a logística do leite. Em função da lama, dos buracos e dos atoleiros provocados pela enchente, os caminhões estão enfrentando dificuldade para fazer a coleta de leite nas propriedades e as empresas aumentaram o frete. Isso sem falar nos constantes reajustes no preço do diesel.

“As chuvas atrapalharam bastante. Um trajeto que era feito em meia hora está demorando duas horas para ser concluído. Isso fez com que o preço tivesse um reajuste de 40%. Se antes se pagava R$ 11 mil por um caminhão, agora o valor subiu para algo entre R$ 16 mil e R$ 18 mil”, calcula Costa.

Essa dificuldade de escoar a produção também está trazendo prejuízo aos produtores. O presidente do Sindicato dos Produtores de Leite de Pernambuco (Sinproleite), Saulo Malta, revela que muitos pecuaristas já precisaram derramar o leite e perder a produção.

“Isso sem falar que nessa alta do leite não é o produtor quem está se beneficiando. Hoje esamos recebendo R$ 2,30 pelo litro; enquanto na mesma época do ano passado o valor estava em R$ 2,40”, compara. Atualmente Pernambuco tem uma média de 100 mil produtores e é responsável por produzir 2,5 milhões de litros de leite por dia.

Preços do leite devem voltar a cair

A exectativa é que a alta do leite não se transforme em uma tendência e que os preços voltem a cair e se acomodem em um patamar menor que o atual. O dólar arrefeceu em relação ao ano passado, as chuvas devem passar e os novos payers do mercado devem estabelecer um volume de compras.

“Esse preço (alto) não deverá se sustentar por muito tempo. A previsão é que caia e fique entre R$ 4,50 e R$ 6,00 até o final do ano”, acredita Costa.

 

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Programa Ponto a Ponto(03Abr24)

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Acompanhe o Programa Ponto a Ponto com o Jornalista Silva Lima, desta Quarta-feira, 03 de Abril de 2024.

 

           

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Haddad diz que MP do hedge cambial vai abarcar três propostas para destravar crédito no Brasil

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quarta-feira, 27, que a medida provisória do novo hedge cambial vai abarcar três propostas para destravar o mercado de crédito no Brasil. A expectativa é de que as medidas seja anunciadas na semana que vem.

De acordo com Haddad, a primeira medida propõe a criação de um mercado secundário de recebíveis imobiliários no País. “O banco financia uma casa e ele pode pegar os títulos de recebíveis dessa casa financiada e que tem imóvel como garantia e repassar para liberar seu balanço para novo financiamento. Este tipo de mecanismo, que é comum em todo mundo, é raro no Brasil, isso vai alavancar muito a construção civil”, explicou o ministro.

A segunda proposta, de acordo com Haddad, prevê a renegociação de dívidas dos beneficiários pelo Programa Nacional de Apoio às Microempresas e Empresas de Pequeno Porte (Pronampe), o programa de socorro a empreendedores e companhias de pequeno porte.

“Foi um programa bem sucedido, mas tinha uma trava de negociação inaceitável. Então hoje tem muita gente inadimplente que não consegue renegociar suas dívidas. E penso que é um defeito do Pronampe que precisa ser corrigido pelo atual governo”, disse Haddad.

A última medida mencionada pelo ministro diz respeito à criação de uma linha de microcrédito para pessoas que recebem Bolsa Família, mas querem empreender e se emancipar do programa de transferência de renda.

Fonte:ESTADAO CONTEUDO

 

           

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Israel mata dezenas em ataques em Gaza e cerca dois hospitais

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As Forças Armadas israelenses mataram dezenas de pessoas em novos ataques em Gaza, disseram médicos palestinos nesta segunda-feira (25). Suas forças mantiveram o bloqueio de dois hospitais onde, segundo os militares, estão escondidos militantes do Hamas.

Enquanto Israel prosseguia com sua ofensiva, o secretário-geral da Organização das Nações Unidas (ONU), António Guterres, disse que há crescente consenso internacional em torno da necessidade de um cessar-fogo e que um ataque a Rafah causaria desastre humanitário.

Rafah, o último refúgio para mais de 1 milhão de palestinos na fronteira sul da Faixa de Gaza com o Egito, está entre as cidades que foram atacadas.

Médicos palestinos disseram que 30 pessoas foram mortas nas últimas 24 horas em Rafah, cuja população foi aumentada por palestinos deslocados que fugiram dos combates em outras partes de Gaza após mais de cinco meses de guerra.

“A cada bombardeio que ocorre em Rafah, tememos que os tanques cheguem. As últimas 24 horas foram um dos piores dias desde que nos mudamos para Rafah”, disse Abu Khaled, pai de sete filhos, que não quis dar seu nome completo por medo de represálias.

“Em Rafah, vivemos com medo, passamos fome, estamos sem teto e nosso futuro é desconhecido. Sem um cessar-fogo à vista, podemos acabar mortos ou deslocados para outro lugar, talvez para o norte ou para o sul (para o Egito)”, afirmou ele à Reuters por meio de um aplicativo de bate-papo.

Dezenas de palestinos participaram de manifestações e compareceram a funerais no início desta segunda-feira, depois que um ataque aéreo israelense matou 18 palestinos em uma casa em Deir Al-Balah, no centro de Gaza, informaram médicos palestinos e testemunhas.

As forças israelenses também sitiaram os hospitais Al-Amal e Nasser na cidade de Khan Younis, no sul do país, uma semana depois de entrarem no hospital Al Shifa, na Cidade de Gaza, o principal hospital da Faixa.

Israel alega que os hospitais de Gaza são usados pelo grupo militante palestino Hamas como bases, e divulgou vídeos e fotos que comprovam essa afirmação. O Hamas e a equipe médica negam a alegação e não disseram se algum combatente estava entre os mortos nos últimos ataques.

Os militares israelenses disseram ainda, em comunicado, que suas forças estavam “continuando a conduzir atividades operacionais precisas na área do hospital Shifa, evitando danos a civis, pacientes, equipes médicas e equipamentos médicos”.

O governo afirmou que suas forças detiveram 500 pessoas afiliadas ao Hamas e à aliada Jihad Islâmica e localizaram armas na região. O Ministério da Saúde de Gaza, administrado pelo Hamas, disse que centenas de pacientes e funcionários médicos foram detidos em Al Shifa.

As Forças Armadas de Israel também disseram que suas forças continuavam “atacando com precisão a infraestrutura terrorista em Al-Amal” e que “20 terroristas foram eliminados na área de Al Amal no último dia em combates a curta distância e ataques aéreos”.

A Reuters não conseguiu acessar as áreas hospitalares de Gaza e verificar os relatos de ambos os lados.

Fonte:Agência Brasil

 

 

           

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