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Saúde

Novo caso de raiva humana segue protocolo que salvou único sobrevivente da doença no País

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A paciente de 56 anos infectada pelo vírus da raiva, internada no Hospital Universitário Oswaldo Cruz (Huoc), no Recife, recebe assistência a partir do mesmo protocolo de cuidados usado para salvar Marciano Menezes da Silva, o único sobrevivente da raiva humana no Brasil.

“Claro que é um protocolo atualizado (o caso de Marciano é de 2008). São procedimentos que visam o tratamento da raiva humana com antivirais e a adoção de medidas para identificar e intervir precocemente nas complicações da doença”, explica a médica do Huoc, Ana Flávia Campos.

“O prognóstico (previsão de como uma doença pode evoluir) é muito ruim, pois a raiva é quase 100% fatal. Mas a gente está aplicando nela o mesmo protocolo de Marciano, a fim de oferecer tudo o que é possível para que a paciente supere a doença, com o mínimo de sequelas. Mas não há garantias (de sobrevivência)”, diz Ana Flávia.

mulher está em estado grave, faz uso de ventilação mecânica e apresentou um quadro neurológico grave, além de insuficiência respiratória. Ela chegou a um rebaixamento do nível de consciência e atualmente segue sob sedação profunda. “Mas está livre de infecção respiratória e urinária, ou seja, sem comprometimentos além da raiva no momento. Isso nos possibilitou iniciar o protocolo feito com Marciano.”

Em junho de 2017, Ana Flávia também acompanhou o caso de uma paciente com raiva humana no Huoc, mas que não resistiu às complicações da doença. “Ela já chegou ao hospital em choque séptico, o que não nos permitiu seguir os mesmos procedimentos feitos com Marciano.”

Entenda o novo caso de raiva humana em Pernambuco

paciente de 56 anos, internada no Huoc, em Santo Amaro, área central do Recife, foi atacada por um sagui na mão esquerda no dia 28 de novembro de 2024. O período de incubação é variável entre as espécies, com uma média de 45 dias no ser humano.

A mulher deu entrada no Huoc no dia 31 de dezembro, com um quadro de dormência que se irradiou para o tórax, dores e fraqueza.

A Secretaria de Saúde de Pernambuco (SES-PE) informou que, às 23h da terça-feira (9/1), o exame realizado pelo Instituto Pasteur, em São Paulo, confirmou a infecção pelo vírus da raiva.

O último caso de raiva humana em Pernambuco, antes desse, ocorreu em junho de 2017.

“A paciente foi atendida no dia 31 dezembro e, no dia 2 de janeiro, teve uma piora significativa, indo para a ventilação mecânica e apresentando um quadro neurológico grave de agitação, além de insuficiência respiratória”, informa a médica do Huoc, Ana Flávia Campos.

“De lá para cá, não precisou de suporte, urina bem, não tem sinais de infecção bacteriana secundária e está seguindo sob sedação profunda. Ela continua sendo monitorada pela equipe médica acerca de possíveis complicações da doença, seguindo com o tratamento e observando caso apareça algum aumento significativo dessas dificuldades”, acrescenta.

A paciente mora em Santa Maria do Cambucá, cidade localizada no Agreste do Estado.

O laudo do exame demonstra que o vírus encontrado é de origem silvestre. Segundo relatos da investigação, nos dias anteriores ao contato da paciente com o animal, ocorreram queimadas na região, o que resultou na fuga do animal da mata e contato com a mulher.

“Há oito anos, não é identificado caso de raiva em humanos no Estado. A vigilância identifica o vírus da raiva em animais silvestres, de mata. Esses animais são diferentes dos domésticos, que devem ser vacinados contra a doença”, destaca o diretor-geral de Vigilância Ambiental de Pernambuco, Eduardo Bezerra.

Em caso de agressão de animais silvestres, a primeira medida de prevenção é procurar assistência médica para que seja realizada a profilaxia. Após análise do profissional de saúde, será indicada a aplicação de vacina e/ou soro.

“A raiva é uma doença rara, mas é fatal. A população precisa ter esta consciência. Após mordedura ou arranhadura por algum animal, mesmo que ele seja vacinado contra doença, é obrigatório que se procure o serviço de saúde para que o profissional capacitado verifique se é necessário realizar a profilaxia. E essa procura deve ser imediata”, ressaltou Ana Flávia Campos, quando concedeu entrevista ao JC, em junho de 2017, para comentar sobre a morte, naquele ano, de uma paciente com raiva humana.

Raiva humana

A raiva é uma doença infecciosa viral aguda causada pelo vírus do gênero Lyssavirus, com taxa de letalidade de 100%.

De acordo com o Ministério da Saúde, entre 2010 e 2024, foram registrados 48 casos de raiva humana no Brasil.

Desses, nove foram causados por mordidas de cães, 24 por morcegos, seis por primatas não humanos, dois por raposas, quatro por felinos e um por bovino.

Transmissão

A raiva pode ser transmitida ao ser humano através de mordedura, arranhadura ou lambedura de um animal infectado.

Sintomas

Se o ser humano tiver contato com o animal infectado (através de mordedura, arranhadura ou lambedura), após o período de incubação, que varia entre 2 e 10 dias, pode apresentar:

  • Mal-estar geral
  • Pequeno aumento de temperatura
  • Anorexia
  • Cefaleia
  • Náuseas
  • Dor de garganta
  • Entorpecimento
  • Irritabilidade
  • Inquietude
  • Sensação de angústia

À medida que a infecção pela raiva avança, surgem sintomas mais graves e complicações, como:

  • Aumento da ansiedade e da hiperexcitabilidade;
  • Febre;
  • Delírios;
  • Espasmos musculares involuntários, generalizados e/ou convulsões.

Os espasmos nos músculos da laringe, faringe e língua ocorrem ao tentar ingerir líquidos ou ao visualizá-los, causando sialorreia intensa, também conhecida como “hidrofobia”.

Esses espasmos musculares evoluem para paralisia, o que resulta em alterações no sistema cardiorrespiratório, retenção urinária e constipação intestinal.

Além disso, podem ser observados sintomas como disfagia (dificuldade para engolir), aerofobia (medo de ar ou correntes de ar), hiperacusia (sensibilidade excessiva aos sons) e fotofobia (sensibilidade à luz).

Diagnóstico

Obrigatoriamente feito por meio laboratorial pela utilização de técnicas diversas.

Tratamento

A medida mais eficaz é a prevenção, por meio da vacinação pré ou pós-exposição.

A raiva é uma doença fatal, e a principal forma de prevenção é a vacinação, seja antes ou após a exposição ao vírus.

Profilaxia Antirrábica Humana

O Ministério da Saúde adquire e distribui os imunobiológicos necessários para a profilaxia da raiva humana no Brasil:

  • Vacina antirrábica humana de cultivo celular
  • Soro antirrábico humano
  • Imunoglobulina antirrábica humana

Fonte: JC

           

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Saúde

Menino de 14 anos morre após amassar uma borboleta, misturar com água e injetar na sua perna

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Um adolescente de apenas 14 anos morreu após comprar uma seringa, amassar uma borboleta na água e aplicar o líquido na perna. O caso ocorreu em Vitória da Conquista, no sudoeste da Bahia.

Davi Nunes Moreira chegou a ser levado para o hospital após o pai perceber que o filho mancava uma semana antes. Ao ser questionado, o adolescente disse que tinha se machucado enquanto brincava.

Dias depois, Davi teve episódios de vômito. O pai decidiu levá-lo em um hospital da cidade. Como não apresentou melhoras, o garoto precisou fazer exames e ficou internado.

Após passar sete dias internado, foi transferido para o Hospital Geral de Vitória da Conquista (HGVC). Antes de morrer, Davi revelou para uma profissional da saúde que tinha ido em uma farmácia, comprado a seringa e feito a substância que aplicou na perna. Depois da morte do filho, o pai encontrou a seringa embaixo do travesseiro quando foi arrumar a casa. Com informações do Correio Braziliense.

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Saúde

Como aliviar os sintomas de uma infecção urinária: dicas de especialista

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As infecções urinárias são conhecidas pelos sintomas desconfortáveis e, muitas vezes, debilitantes, como dores intensas. “É um tipo de dor intrusiva e difícil de ignorar”, explica a médica Anne Ackerman, citada pela Self. Segundo a especialista, essas infecções ocorrem quando bactérias entram no trato urinário pela uretra, podendo atingir a bexiga.

O tratamento geralmente inclui antibióticos, mas é possível aliviar os sintomas com outras medidas. Confira as recomendações de especialistas:

Dicas para aliviar os sintomas da infecção urinária

Tome um analgésico de venda livre

A urologista E. Ann Gormley sugere o uso de medicamentos como ibuprofeno, que ajudam a reduzir a inflamação e a dor.

Hidrate-se bastante
Beber muita água é essencial. Segundo a médica Kecia Gaither, isso ajuda a eliminar as bactérias da bexiga e a diluir a urina, aliviando o desconforto.

Use sacos de água quente
Colocar um saco de água quente sobre a área dolorida pode ajudar a relaxar os músculos e minimizar a dor, recomenda Anne Ackerman. Outra opção é tomar um banho quente de imersão para aliviar o desconforto.

Pratique meditação e exercícios de respiração
Técnicas de relaxamento podem ser eficazes no manejo da dor crônica associada às infecções urinárias.

Cuidados adicionais

Se você estiver enfrentando sintomas de infecção urinária, não deixe de procurar orientação médica. O diagnóstico correto e o tratamento adequado são essenciais para evitar complicações.

Foto Shutterstock

Por Notícias ao Minuto

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Saúde

Ministra anuncia gratuidade dos 41 medicamentos no Farmácia Popular

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A ministra da Saúde, Nísia Trindade, anunciou, nesta quinta-feira (13), a total gratuidade do Programa Farmácia Popular. No Encontro Nacional de Prefeitos, em Brasília, ela explicou que todos os 41 itens do programa, a partir de agora, passam a ser distribuídos de graça nas farmácias credenciadas.

Segundo o Ministério da Saúde, a medida abrange toda a população brasileira e vai beneficiar de forma imediata mais de um milhão de pessoas por ano, que antes pagavam coparticipação.

As fraldas geriátricas, por exemplo, vão passar a ser fornecidas de graça para o público elegível, como pessoas com 60 anos ou mais. A ministra avalia que essa foi uma escolha importante em atenção ao envelhecimento da população.

“Tivemos mais de 24 milhões de pessoas beneficiadas em 2024 e vamos aumentar ainda mais esse alcance principalmente nas áreas mais remotas desse país”, disse a ministra.

O ministério contabiliza que, de 2022 para 2024, o total de pessoas atendidas passou de 20,7 milhões em 2022 para 24,7 milhões em 2024.

A ministra ainda anunciou que o governo ampliou o credenciamento para 758 cidades que ainda não contavam com o Farmácia Popular.

A ideia é chegar a todas as cidades, segundo a ministra. Atualmente, o programa já está presente em 4.812 municípios (86% das cidades e 97% da população com mais de 31 mil farmácias credenciadas). O programa foi criado em 2004.

Fonte: Agência Brasil

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