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Um dos problemas mais grave na vida do ser humano é a zona de conforto, e o que é essa zona de conforto? Para alguns é exatamente aquilo que o faz feliz! Entre 15 e 35 anos todo mundo luta pelo o seu espaço no mundo. Entre 35 e 50 anos quase toda humanidade já estar estável, inclusive se estiver ruim, nessa faixa etária torna-se ainda mais difícil conseguir melhorias principalmente na vida profissional, e todos os outros aspectos das nossas vidas já se encontram estáveis estando bons ou ruins, o fato é que não podemos parar.
Nosso cérebro precisa estar em constante atividade, pois o cérebro que não estar recebendo estar perdendo, tudo o que não estar crescendo estar diminuindo, tudo que não estar se expandindo estar encolhendo, tudo o que não se renova morre, no momento nem todos podem melhorar imediatamente, mas todos podem melhorar. Chega a ser impressionante como o ser humano consegue se acostumar com tudo, com exatamente tudo, e vamos criando zona de conforto vezes até imaginária, porém muito perigosas, uma vez que tudo aquilo que nos torna aconchegados e quentinhos se tornam nossos inimigos pois nos impede de crescer, faço menção aqui a pertinente colocação de Rubens Alves “Ostra feliz não faz pérola”, a pérola é fruto do incomodo, de um grão de areia que entrou na ostra e incomodou-a, a verdade é que muitos se acomodam mediante a felicidade e isso chega ser um mal.
Além do comodismo outro grande inimigo é o seu ponto cego, todo ser humano precisa refletir e olhar com clareza e determinação para aquilo que de alguma forma lhe traz medo e insegurança, observando com cautela o que me incomoda eu consigo absorver noções de defesa e assim impedir que esse algo venha ter algum tipo de poder sobre mim, aquilo que você não domina, domina você.
O homem contemporâneo também tem demonstrado dificuldades em lidar com a liberdade, em meados do século XIX J.P Sartre mencionou “Temos medo de sermos livres porque a liberdade implica angústia”, há quem ainda não aprendeu valorizar sua companhia, e isso torna se um fato irreverente, se você não valoriza sua companhia preferindo chama-la muitas vezes de solidão, quem vai valorizar? Lapide todos os sentimentos e ofereça sempre o melhor, evite criar vínculos com a paixão, diminuir tudo aquilo que me torna dependente da paixão me traz equilíbrio, um homem sem paixões é senhor de si.
A sociedade atual precisa o mais breve superar o preconceito, pois o preconceito é um grande obstáculo para a felicidade, existem dezenas de preconceitos, porém os quatro mais praticados são racismo, misoginia (preconceito contra mulheres), homofobia e o preconceito contra pessoas pobres. Qualquer que seja o preconceito atrapalha a vida, pois ele mostra minhas dores e a extensão dessas dores, é muito importante lembrar uma coisa que até mesmo os teólogos pouco lembrem, o maior de todos os mestres nunca admitiu nenhum tipo de preconceito, Jesus não veio buscar gente honrada, ele não veio atrás do homem da Lei, o essencial do cristianismo é o ser humano enquanto pecador e sua busca pela melhoria. A ideia do preconceito precisa ser imediatamente superada, guarde seu preconceito sufoque-o, ele é um defeito de caráter e insegurança, nunca deixe aparecer, o ser preconceituoso é limitado e imbecil, que morre de medo da mudança e da diferença.
Superar a noção de trabalho como castigo também é algo breve, o trabalho é uma instância que me torna socialmente produtivo, o trabalho é o modo como eu me insiro na sociedade, o trabalho estabelece relevância social, porém trabalhar deve te deixar apenas cansado e jamais esgotado, o esgotamento já é algo negativo que indica que você estar no lugar errado. Todas as formas de trabalhos precisam estar embasadas na ética, precisamos aprender a valorizar cada dia trabalhado e jamais trabalhar aguardando a gloriosa sexta-feira chegar, pois se eu imagino que o momento seguinte é o momento feliz eu invalido o momento atual. O trabalho associado a ética é a chave do sucesso.
Nunca fomos tão livres, porém nunca fomos tão deprimidos, a sociedade atual é a maior consumidora de todos os tempos de remédios para depressão. Na sociedade da liberdade regida a rivotril toda vida é postada e quem vai dizer se ela vale a pena ou não é a quantidade de likes obtida, dessa forma a vida é regida por likes e sua popularidade é medida por algo abstrato, a nossa era da liberdade é a era da solidão onde o celular é um grande amuleto. Nessa sociedade o importante não é o viver e sim o registrar e postar, não são o meu orgulho e segurança que estão fazendo isso, e sim minha fraqueza pessoal. A vida tem se tornado uma imensa postagem. A internet é uma ferramenta muito poderosa e como tudo nessa vida ela possui aspectos positivos e aspectos negativos, a internet é a grande representante do processo de globalização, como também tem facilitado a sociedade da informação, porém é preciso entender que informação se diverge muito de conhecimento e sabedoria, é preciso amadurecer e começar utilizar também o lado bom que a internet nos proporciona, não esquecendo que conhecimento é poder!
Portanto seja inteligente use toda bondade que o mundo te oferece em prol de melhorias para você, coisas ruins vão surgir todos os dias, vontade de desistir, de parar, jamais dê ouvidos aqueles que você não tem certeza se são seus verdadeiros amigos e para descobrir quem são os verdadeiros é bem simples, eles se alegram com a sua vitória, chorar de tristeza com você todo mundo chora, duvido é chorar de felicidade emocionado porque você conseguiu, todos querem que você esteja bem, poucos são os que aceitam que você esteja melhor do que eles. Seja feliz ao seu modo, só quem conhece as pedras do seu caminho é você, lembre-se sempre quando a felicidade começa a virar zona de conforto ela deixou de te fazer bem, ela deixou de ser felicidade.
Por Suelene Leal
Psicopedagoga Clínica e Institucional, especialista em Avaliação Psicopedagógica e Autismo, Professora Efetiva da Autarquia Educacional de Serra Talhada- AESET, Faculdade de Formação de Professores de Serra Talhada – FAFOPST, Coordenadora de Integração Escola Empresa na Escola Técnica Estadual Pedro Leão Leal.