A Polícia Federal prendeu, na manhã desta quinta-feira (13), o ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, em uma nova fase da Operação Sem Desconto, deflagrada em conjunto com a Controladoria-Geral da União.
Essa operação é aquela que investiga um esquema de descontos associativos não autorizados em aposentadorias e pensões do INSS.
Em nota, a defesa de Alessandro Stefanutto disse que não teve acesso à decisão e que se trata de uma prisão ilegal. A defesa sustenta que seu cliente “não tem causado nenhum tipo de embaraço à apuração”. E prometeu tomar providências necessárias e provar a inocência de Stefanutto.
Então presidente do INSS, Alessandro Stefanutto foi exonerado do cargo em abril, logo após a Operação Sem Desconto revelar as fraudes contra beneficiários do Instituto.
Além do ex-presidente, a PF cumpre hoje outros nove mandados de prisão e 63 de busca e apreensão no Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Minas Gerais, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe, Tocantins e no Distrito Federal.
A polícia investiga os crimes de inserção de dados falsos em sistemas oficiais, organização criminosa, estelionato previdenciário, corrupção ativa e passiva, além de atos de ocultação e dilapidação patrimonial.
Segundo cálculo da Controladoria Geral da União, as entidades investigadas descontaram de aposentados e pensionistas mais de R$ 6 bilhões entre 2019 e 2024. À época, pelo menos seis servidores técnicos do Seguro Social do INSS foram afastados de suas funções.
Fonte: Agência Brasil

