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Brasil

PF prende suspeitos de planejar ato terrorista na Olimpíada

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Suspeitos planejavam ataque durante a Olimpíada do Rio

Foto: Getty Images

A Polícia Federal realizou nesta quinta-feira (21) a prisão de um grupo que preparava atentados terroristas durante os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro, que começam no próximo dia 5 de agosto. Ao menos 10 brasileiros, em 10 estados diferentes do Brasil, foram presos na Operação Hashtag, que expediu 12 mandados de detenção temporária por 30 dias, podendo ser prorrogados por mais 30. Os outros dois suspeitos ainda não foram detidos, mas estão sendo monitorados.

Nenhum nome foi divulgado para manter o sigilo da investigação. Há um menor de idade na célula. Em uma coletiva de imprensa nesta manhã, o ministro da Justiça e da Cidadania, Alexandre de Moraes, disse que os detidos são brasileiros que conversavam através de redes sociais, entre elas o Telegram. Moraes ressaltou que o grupo não se encontrava pessoalmente e apenas dois membros se conheciam. Alguns já tinham realizado o “batismo” virtual, declarando apoio à organização extremista Estado Islâmico (EI, também chamado de Isis ou Daesh) nas redes sociais. “O máximo que houve foi uma comunicação entre os membros do grupo e um deles queria ir para o exterior, onde o Estado Islâmico atua, para fazer contato com eles. Mas o próprio membro admitiu que não conseguiria viajar por falta de dinheiro”, disse Moraes.

Segundo o ministro, os presos se comunicavam pelas redes sociais WhatsApp e Telegram e estariam em atos preparatórios para elaborar um ataque, mas até o momento a investigação não descobriu nenhum alvo prioritário dos supostos terroristas. “Trata-se de uma suposta célula terrorista, uma primeira célula, que passou de mensagens suspeitas pela internet a atos preparatórios”, disse o ministro.

O ministro também informou que um membro da célula tentou comprar um fuzil AK-47 no Paraguai e que todos discutiam possibilidades de atentados. A Polícia Federal realizou as prisões sob acusação de atos preparatórios de terrorismo, com base na lei antiterrorismo, sancionada em março pela presidente afastada, Dilma Rousseff. “Houve um pedido do líder do grupo para os demais para pensarem em possibilidades de financiamento das ações”, explicou Moraes. Segundo o ministro, por muito tempo a célula terrorista falava apenas em atentados no exterior. A possibilidade de cometer ataques no Brasil surgiu justamente com a proximidade dos Jogos Olímpicos. 

Justiça

As prisões foram autorizadas pela 14ª Vara Federal de Curitiba. Em nota, o juízo esclareceu que a “Operação Hashtag”, deflagrada pela Polícia Federal na manhã desta quinta-feira, investiga possível participação de brasileiros em organização criminosa de alcance internacional, como uma célula do Estado Islâmico no País. Informações obtidas, dentre outras, a partir das quebras de sigilo de dados e telefônicos, revelaram indícios de que os investigados preconizam a intolerância racial, de gênero e religiosa, bem como o uso de armas e táticas de guerrilha para alcançar seus objetivos”.

Segundo o juízo, os artigos 3º da Lei 13.260, de 16 de março de 2016, que trata sobre terrorismo prevê como crime: “Promover, constituir, integrar ou prestar auxílio, pessoalmente ou por interposta pessoa, a organização terrorista” e artigo 5º: “Realizar atos preparatórios de terrorismo com o propósito inequívoco de consumar tal delito”.

“Para assegurar o êxito da operação e eventual realização de novas fases, os nomes dos presos, atualmente sob custódia da Polícia Federal, não serão divulgados neste momento. O processo tramita em segredo de Justiça”, diz a nota.

Ameaças

Na última segunda-feira (18), a reportagem da Agência Ansa divulgou a notícia de que um grupo no país, autoproclamado “Ansar al-Khilafah Brazil,” declarou lealdade ao Estado Islâmico e submissão ao líder do califado, Abu Bakr al-Baghdadi.

Nos últimos dois dias, a especialista norte-americana em contraterrorismo Rita Katz, que trabalha no SITE Intelligence Group, disse que um canal no Telegram estava dando instruções para atentados nos Jogos Olímpicos do Rio. Entre as técnicas recomendadas, estão envenenamento, sequestros de reféns, acidentes de tráfico, divulgação de falsas ameaças, esfaqueamento e ataques a meios de transporte públicos. As mensagens nas redes sociais também pediram para que os chamados “lobos solitários” (pessoas que atuam sozinhas em ataques) se dirijam ao Brasil. Os posts das útimas 48 horas no Telegram sugerem até que os ataques nos Jogos do Rio sigam os modelos do atentado de 1972 em Munique. As Olimpíadas do Rio de Janeiro ocorrerão entre os dias 5 e 21 de agosto. Devido ao massacre em Nice, na França, quando Mohamed Bouhlel atropelou uma multidão e matou 84 pessoas, o governo brasileiro adotou medidas extras de segurança para os Jogos.

A estimativa é de que cinco mil homens da Força Nacional de Segurança Pública e 22 mil oficiais das Forças Armadas (14,8 mil do Exército, 5,9 mil da Marinha e 1,3 mil da Aeronáutica), além do contingente fixo do Rio de Janeiro, atuem durante as Olimpíadas. Apenas duas edições dos Jogos Olímpicos sofreram atentados terroristas na história. Em 1972, em Munique, 11 membros da delegação de Israel foram feitos reféns e mortos pelo grupo terrorista palestino Setembro Negro. Cinto terroristas também morreram e outros três foram presos na ocasião. Em 1996, durante os Jogos de Atlanta, uma bomba explodiu no Parque Centenário. Duas pessoas morreram e mais de 100 ficaram feridas. (ANSA)

Michel Temer

O presidente interino Michel Temer foi informado ontem (20) da operação da Polícia Federal.

Na manhã de hoje, Temer se reuniu no Palácio do Planalto com os ministros da Justiça, Alexandre de Moraes; do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Sérgio Etchegoyen; e o diretor-geral da Polícia Federal, Leandro Daiello Coimbra; para acompanhar a operação antiterrorista, com cooperação de diversas agências internacionais de inteligência.

(Da Agência Brasil e Ansa)

Brasil

IBGE diz que PIB do Brasil cresceu 3% em 2022, com Bolsonaro

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O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revisou o crescimento em 2022 do Produto Interno Bruto (PIB) – a soma dos bens e serviços finais produzidos no país – passando de 2,9%, percentual divulgado anteriormente, para 3%, uma diferença de 0,1 ponto percentual (pp).

A revisão foi divulgada nesta terça-feira (05), no Rio de Janeiro, juntamente com os resultados do terceiro trimestre de 2023.

Para a coordenadora de Contas Nacionais do IBGE, Rebeca Palis, a diferença pode ser explicada pela mudança de pesos do Sistema de Contas Nacionais, realizada a partir de novos dados.

“A gente reestimou os quatro trimestres de 2022já com a revisão de todos os dados primários usados frequentemente, como a pesquisa industrial mensal e a de serviços, dados externos financeiros, de seguros e de saúde e também as pesquisas estruturais anuais da parte da agropecuária”, disse.

Segundo o IBGE, na divulgação do terceiro trimestre de cada ano, as Contas Nacionais Trimestrais têm a rotina de fazer uma revisão mais abrangente que incorpora os novos pesos das Contas Nacionais Anuais de dois anos anteriores. É nesse momento, segundo o órgão, que são incluídas nas séries trimestrais as atualizações nas séries de dados adotadas e, se for o caso, aperfeiçoamentos.

Foto: Evaristo Sa/AFP

Por Terra Brasil Notícias

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Brasil

O que é o sal-gema e por que sua extração gerou problemas em Maceió?

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Parte dos moradores de Maceió vivem dias de tensão. Na última quarta-feira (29), a prefeitura da capital alagoana decretou situação de emergência diante do iminente colapso em uma das minas de sal-gema exploradas pela petroquímica Braskem no bairro do Mustange. É mais um capítulo de uma história que se arrasta desde 2018, quando foram registrados afundamentos em cinco bairros. Estima-se que cerca de 60 mil residentes tiveram que se mudar do local e deixar para trás os seus imóveis.

O risco de colapso em uma das 35 minas de responsabilidade da Braskem vem sendo monitorado pela Defesa Civil de Maceió e foi detectado devido ao avanço no afundamento. A petroquímica confirma que pode ocorrer um grande desabamento da área, mas afirma que existe também a possibilidade de que o solo se acomode. Um eventual colapso geraria um tremor de terra e tem potencial para abrir uma cratera maior que o estádio do Maracanã. As consequências, no entanto, ainda são incertas. O governo federal também acompanha a situação.

Mas o que é o sal-gema? Diferente do sal que geralmente usamos na cozinha, que é obtido do mar, o sal-gema é encontrado em jazidas subterrâneas formadas há milhares de anos a partir da evaporação de porções do oceano. Por esta razão, o cloreto de sódio é acompanhado de uma variedade de minerais.

Designado também por halita, o sal-gema é comercializado para uso na cozinha. Muito comum nos supermercados, o sal extraído no Himalaia, que possui uma tonalidade rosa devido às características locais, é um sal-gema.

No entanto, o sal-gema é também uma matéria-prima versátil para a indústria química. É empregado, por exemplo, na produção de soda cáustica, ácido clorídrico, bicarbonato de sódio, sabão, detergente e pasta de dente, enfim, na fabricação de produtos de limpeza e de higiene e em produtos farmacêuticos.

Indústria

Inicialmente, a exploração em Maceió se voltou para a produção de dicloroetano, substância empregada na fabricação de PVC. Não por acaso, desde que inaugurou em 2012 uma unidade industrial na cidade de Marechal Deodoro, vizinha a Maceió, a Braskem se tornou a maior produtora de PVC do continente americano. Outras indústrias, como a de celulose e de vidro, também empregam o sal-gema em seus processos.

A exploração de sal-gema, como outros minerais, depende de licenciamento ambiental. A exploração é fiscalizada pela Agência Nacional de Mineração (ANM). No mercado internacional, o Brasil é um ator relevante. Segundo dados da ANM, foram 7 milhões de toneladas em 2002. O ranking do ano passado, no entanto, mostra que os três líderes mundiais têm produção muito mais robusta que todos os demais: China (64 milhões de toneladas), Índia (45 milhões) e Estados Unidos (42 milhões).

Em Maceió, a exploração das minas teve início em 1976 pela empresa Salgema Indústrias Químicas, que logo foi estatizada e mais tarde novamente privatizada. Em 1996, mudou de nome para Trikem e, em 2002, funde-se com outras empresas menores tornando-se finalmente Braskem, com controle majoritário do Grupo Novonor, antigo Grupo Odebrecht. A Petrobras também possui participação acionária na empresa, com 47% das ações, dividindo o controle acionário com a Novonor. Atualmente, a Braskem desenvolve atividades não apenas no Brasil, como também em outros países como Estados Unidos, México e Alemanha.

Escavação

A exploração em Maceió envolvia a escavação de poços até a camada de sal, que pode estar há mais de mil metros de profundidade. Então, injetava-se água para dissolver o sal-gema e formar uma salmoura. Em seguida, usando um sistema de pressão, a solução era trazida até a superfície. Ao fim da extração, esses poços precisam ser preenchidos com uma solução líquida para manter a estabilidade do solo.

O problema em Maceió ocorreu por vazamento dessa solução líquida, deixando buracos na camada de sal. Uma hipótese já levantada por pesquisadores é de que a ocorrência tenha relação com falhas geológicas na região. Consequentemente, a instabilidade no solo levou a um tremor de terra sentido em março de 2018. O evento causou os afundamentos nos cinco bairros: Pinheiro, Mustange, Bebedouro, Bom Parto e Farol.

Com novos tremores e o surgimento de rachaduras em casas e ruas, a Braskem anunciou o fim da exploração das minas em maio de 2019. A petroquímica diz que já foi pago R$ 3,7 bilhões em indenizações e auxílios financeiros para moradores e comerciantes desses bairros. Uma parcela dos atingidos busca reparação através de processos judiciais. O caso também é discutido em ações movidas pelo Ministério Público Federal (MPF).

Fonte: Agência Brasil

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Português é preso no interior de SP suspeito de tráfico internacional de bebês

A prisão ocorreu durante a Operação Deverra deflagrada nesta segunda.

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A Polícia Federal prendeu nesta segunda-feira (4), em Valinhos, interior de São Paulo, um homem de nacionalidade portuguesa suspeito de participar de um suposto esquema de tráfico internacional de bebês.

O suspeito, nascido na cidade do Porto, em Portugal, não teve o nome divulgado. Por isso, não foi possível localizar sua defesa. Contra ele foi cumprido um mandado de prisão preventiva (sem prazo).

A prisão ocorreu durante a Operação Deverra deflagrada nesta segunda. Os agentes federais também cumpriram cinco mandados de busca pessoal e de busca e apreensão, sendo três em Itatiba (a 80 km da capital paulista).

Os policiais apreenderam 11.000 dólares e 6.000 euros em um escritório de advocacia em Itatiba, que seria responsável por apresentar pedidos de guarda dos bebês.

A investigação teve início no último dia 30, quando a Promotoria de Valinhos informou a Polícia Federal sobre um recém-nascido que havia sido abandonado pela mãe no hospital onde nascera.

O bebê, que ainda está no hospital, foi registrado como filho de um homem com nacionalidade portuguesa. Os investigadores observaram que, em menos de um mês, o mesmo homem havia registrado outra recém-nascida no mesmo hospital como sua filha.

Ainda segundo a Polícia Federal, os registros de paternidade aconteceram por meio de documentos falsos, em juízos diferentes de São Paulo. Os procedimentos eram acompanhados de pedidos de guarda unilateral dos bebês, o que permitiria que o homem saísse do país com as crianças sem a autorização da mãe.

Os agentes identificaram quatro viagens feitas pelo suspeito entre Brasil e Portugal, em 2015, 2021 e 2023. Neste ano, o homem fez duas viagens sendo a mais recentes em 24 de outubro.

As investigações apontam que, nesta última vez, o suspeito levou uma recém-nascida, com menos de um mês de vida, para Portugal. Quando voltou a São Paulo, ele não estava mais com a bebê.

A suspeita é que ele teria vindo buscar o outro recém-nascido que ainda está no hospital. Diante disso, a alta hospitalar do bebê foi adiada, e a Polícia Federal iniciou uma série de diligências com o apoio do Ministério Público do Estado de São Paulo, Ministério Público Federal e a Justiça Federal.

A Adidância da Polícia Federal em Portugal foi acionada para tentar localizar a recém-nascida que já havia sido levada para a Europa.

Os envolvidos poderão responder por tráfico internacional de crianças, registro falso, promoção de ato destinado ao envio de criança ou adolescente para o exterior com inobservância das formalidades legais ou com o fito de obter lucro, entre outros delitos. A pena pode ultrapassar 18 anos.

Foto Istock

Por Folhapress

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