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Saúde

Poluição do ar provoca arritmia, AVC e infecções; saiba como se proteger

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Com a qualidade do ar cada vez pior e sem perspectiva de melhora, especialistas recomendam adaptar a rotina para evitar ao máximo a exposição à poluição e ao sol, principalmente nos períodos de calor mais intenso e de umidade mais baixa.

“Além das proteções mecânicas -ou seja, boné, chapéu- contra os raios ultravioletas, tem que levar a garrafinha de água e se programar. Se tiver que fazer uma caminhada de 500 metros, fracione. Desça [do ônibus] o mais próximo possível. Se pegar o metrô, ande uma estação a mais. Infelizmente, nós vamos ter que nos adaptar”, afirma Agnaldo Piscopo, diretor da Socesp (Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo).

Quanto às crianças, além da atenção com as caminhadas, vale o cuidado no carro. O ideal é não deixá-las por muito tempo dentro do veículo enquanto espera alguém. Pare próximo ao destino e se o automóvel não tiver ar condicionado, abra todos os vidros. Os idosos necessitam das mesmas precauções. As consequências são mais graves nos extremos das idades.

A fumaça das queimadas que se espalha pelo país, a poluição, o forte calor e a umidade relativa do ar muito abaixo do preconizado pela OMS (Organização Mundial da Saúde), de 60%, trazem consequências danosas ao corpo, principalmente coração e sistema respiratório. Aumentam o risco de ataque cardíaco, AVC (acidente vascular cerebral), arritmias, infecções, agravam problemas na garganta, doenças respiratórias, alérgicas, e crônicas, entre outras condições.

Segundo a Federação Mundial do Coração, cerca de 20% das mortes por doenças cardiovasculares têm relação ou são causadas pela poluição.

A poluição do ar é formada por uma mistura complexa e dinâmica de numerosos compostos na forma gasosa e particulada, impulsionados por variadas fontes, e está sujeita à transformação da atmosfera, do espaço e do tempo. Os três principais poluentes que são focos de programas de monitoramento e esforços regulatórios são o material particulado, ozônio e dióxido de nitrogênio.

Evidências sugerem que o material particulado é responsável pela maior parte do impacto em doenças cardiovasculares, enquanto o ozônio e o dióxido de nitrogênio estão associados principalmente à exacerbação de doenças respiratórias.

“A situação do ar está muito grave e nós temos uma grande preocupação com as consequências a médio e longo prazos, porque a poluição atmosférica se soma ao excesso de falta de umidade. Tem áreas do Brasil que estão com umidade semelhante a do deserto do Saara”, diz a presidente da SBPT (Sociedade Brasileira de Pneumologia e Tisiologia, Margareth Dalcolmo.

“Pessoas com asma, bronquite crônica e enfisema pulmonar vão sofrer. Muita gente tem me perguntado sobre andar de máscara. Colocar uma máscara ajuda, se for de boa qualidade, como as N95, mas tudo é questionável, porque não temos comprovação do quanto elas podem proteger”, ressalta.

Em pessoas mais vulneráveis, com comorbidades, a presença dos poluentes é um fator somatório, porque já há uma dificuldade instalada. De acordo com o cardiologista, pode culminar com um gatilho a mais para doença cardiovascular aguda, principalmente o infarto agudo, e para as doenças e alterações mais simples que podem se agravar, como desmaios, síncopes e arritmias. “Há indícios na literatura médica que esses poluentes pioram a vida das pessoas a curto e médio prazo”, comenta o cardiologista.

O clima desértico favorece, ainda, quadros de desidratação -um alerta principalmente aos idosos que sentem menos sede, bebem pouca água e tomam remédios contra a hipertensão.

“Acabei de receber uma paciente que chegou com a pressão de 8 por 4 e toma cinco anti-hipertensivos. Com essa secura, ela não se hidratou e chegou com a frequência cardíaca baixa, teve um desmaio e uma piora do déficit serológico. Então, diminuir a pressão por falta de hidratação, e se ainda toma diurético, causa o efeito indesejado. E um conselho importante: quem está com múltiplos medicamentos, nessa fase de tanta secura, calor e qualidade ruim do ar, vale a pena buscar um aconselhamento médico para reajuste das medicações, se não estiver bem”, orienta o especialista.

A quantidade de idas ao banheiro para urinar -quatro ou cinco vezes por dia é normal no caso de um adulto- e a cor do xixi podem sugerir desidratação. É o caso da urina escura, concentrada e com cheiro forte.

As pessoas que trabalham na rua, como pintor, pedreiro e carteiro, por exemplo, devem se hidratar mais, em relação a quem não se expõe tanto ao ar insalubre, além de ficar atentos à perda de água. “Talvez os trabalhadores expostos vão ter que trabalhar à noite e não mais de dia nessa época do ano”, diz Piscopo.

A desidratação deixa o sangue mais grosso, provoca queda da pressão arterial, distúrbios eletrolíticos e vasodilatação. Nos casos mais graves, evolui para crises compulsivas, parada cardíaca e morte.

Foto Shutterstock

Por Folhapress

           

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Saúde

Caso de transplantados que receberam órgãos infectados pelo HIV é inédito no Brasil

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O caso dos seis pacientes transplantados que receberam órgãos infectados com HIV no Rio de Janeiro é o primeiro tipo no Brasil, conforme relatado pela infectologista Lígia Câmera Pierrotti, coordenadora da Comissão de Infecção em Transplante da Associação Brasileira de Transplante de Órgãos (ABTO).

Pierrotti mencionou que o país possui um sistema avançado de triagem de infecções em doadores, o que torna esse erro alarmante. Os procedimentos de transplante seguem protocolos rígidos, exigindo testes de sorologia para diversas infecções, incluindo HIV, hepatite B, hepatite C e outras, para garantir a segurança dos receptores.

No entanto, o erro que permitiu a transmissão do HIV foi associado ao laboratório privado PCS Lab Saleme, contratado pela Secretaria Estadual de Saúde do RJ para realizar exames sorológicos. Segundo a Anvisa, o laboratório não tinha kits necessários para os testes, levantando suspeitas de que os exames não foram realizados de forma adequada e os resultados podem ter sido forjados.

A situação gerou uma investigação por parte de várias autoridades, como o Ministério da Saúde, o Ministério Público e a Polícia Civil. O laboratório foi interditado e uma nova rodada de testes foi solicitada para todos os doadores. O incidente expôs falhas graves no sistema de fiscalização e trouxe à tona a importância de reforçar as normas de segurança para evitar a repetição de casos como este, que foi completamente inesperado e evitável.

O HIV é um vírus com alta sensibilidade aos testes atuais, o que reduz drasticamente a possibilidade de erros como o que ocorreu no Rio de Janeiro. O Ministério da Saúde solicitou a interdição cautelar do laboratório e pediu a retestagem do material de todos os doadores.

Por Conexão Política

           

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Saúde

Sintomas de hipotiroidismo que podem passar despercebidos facilmente

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Os hormônios da tireoide desempenham um papel crucial em múltiplos processos corporais, e sua disfunção pode afetar diversas áreas, desde o cabelo até as unhas dos pés, alerta o médico Afreen Shariff, em entrevista à revista Self.

O hipotireoidismo, uma condição em que a glândula tireoide não produz hormônios suficientes, pode ser difícil de diagnosticar devido aos sintomas comuns e frequentemente confundidos com outras doenças.

Entre os sinais que podem passar despercebidos estão:

-Ganho de peso
– Fadiga
– Menstruações mais intensas
– Depressão
– Pele e cabelo secos
– Cabelo fino
– Intolerância ao frio
– Cãibras ou dores musculares
– Dores nas articulações
– Ritmo cardíaco lento.

Foto Shutterstock

Por Notícias ao Minuto

           

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Saúde

Pancreatite: reconhecendo os sinais e entendendo os riscos

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A saúde é um bem precioso, e entender as condições que podem afetá-la é fundamental. A pancreatite, uma inflamação do pâncreas, é uma condição que merece atenção.

Segundo o Dr. Ernesto Alarcon, o consumo excessivo de alimentos gordurosos e o abuso de álcool são grandes vilões na inflamação do pâncreas. Além disso, ele explora como cálculos biliares, abuso de medicamentos e algumas doenças virais podem desencadear essa condição dolorosa.

Cálculos biliares que migram para o pâncreas são uma causa comum de inflamação. O uso abusivo de certos medicamentos, níveis elevados de triglicérides e algumas infecções virais também podem provocar a inflamação do órgão – explica o Dr. Ernesto Alarcon

Embora possa se apresentar de maneiras variadas, há sinais claros que podem indicar sua presença. Vamos explorar cinco sinais cruciais que você não deve ignorar.

Dor Abdominal Intensa: 

Um dos primeiros sinais de pancreatite é a dor abdominal intensa, frequentemente descrita como uma dor aguda ou em faixas na parte superior do abdômen. Essa dor pode irradiar para as costas e piorar após refeições ricas em gordura.

Náuseas e Vômitos: 

Se você se sentir nauseado ou vomitar frequentemente, isso pode ser um indicativo de que seu pâncreas está em apuros. Esses sintomas geralmente acompanham a dor abdominal.

Febre e Aumento da Frequência Cardíaca: 

Um sinal de inflamação no corpo é a febre. Quando o pâncreas está inflamado, o corpo pode reagir com febre e aumento da frequência cardíaca.

Icterícia: 

A icterícia, caracterizada pela coloração amarelada da pele e dos olhos, pode ocorrer se a inflamação do pâncreas afetar os ductos biliares.

 Alterações nas Fezes: 

Fezes oleosas ou de cor clara podem ser um sinal de que seu corpo não está absorvendo adequadamente os nutrientes devido à disfunção pancreática.

Como Identificar e Tratar? 

Se você identificar esses sinais, é crucial procurar atendimento médico imediatamente. O diagnóstico precoce pode fazer toda a diferença no tratamento.

O Dr. Ernesto Alarcon enfatiza a importância de um tratamento adequado para a pancreatite, destacando várias abordagens essenciais para a recuperação. Ele explica que o manejo inicial da pancreatite aguda inclui a reposição de líquidos e a correção de desequilíbrios hidroeletrolíticos, juntamente com o suporte nutricional – É crucial prevenir e tratar as complicações locais e sistêmicas – ressalta o Dr. Alarcon, mencionando que o uso de antibióticos pode ser necessário em alguns casos.

O tratamento da pancreatite varia conforme a gravidade da condição. Pode incluir desde mudanças na dieta e medicamentos para controlar a dor até intervenções cirúrgicas em casos mais severos.

Pancreatite Aguda vs. Crônica: 

É importante diferenciar entre pancreatite aguda e crônica. A pancreatite aguda aparece subitamente e pode ser causada por cálculos biliares ou consumo excessivo de álcool. Já a pancreatite crônica é uma condição duradoura que se desenvolve ao longo do tempo, frequentemente resultado de danos repetidos ao pâncreas, muitas vezes devido ao álcool ou à obesidade.

Ambas as formas têm riscos significativos: enquanto a pancreatite aguda pode levar a complicações como infecções ou necrose do pâncreas, a crônica pode resultar em diabetes mellitus e insuficiência pancreática.

Para um tratamento eficaz, o acompanhamento médico contínuo é indispensável. A alimentação deve ser cuidadosamente limitada, evitando alimentos que possam irritar o pâncreas. Nos casos mais avançados de pancreatite crônica, pode ser necessária a reposição oral de enzimas pancreáticas. Uma dieta adequada e o suporte médico são fundamentais para a recuperação – finaliza o Dr. Ernesto Alarcon, reforçando a importância de um cuidado abrangente e especializado para melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

Compreender os sinais de pancreatite não só ajuda na identificação precoce da condição, mas também ressalta a importância de buscar ajuda médica assim que necessário. Mantenha-se informado e cuide bem do seu corpo!

Foto Shutterstock

Por Rafael Damas

           

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