O tempo esquentou no plenário da Câmara Municipal de Serra Talhada (CMST), nesta terça-feira (8), após a prefeita Márcia Conrado (PT) vetar, por completo, o Projeto de Lei 05-2025, de autoria do vereador André Maio, que abria cursos pré-vestibular e preparação para concursos, modalidade online, para estudantes carentes.
O projeto prevê a utilização da mão de obra de professores da Rede Municipal de Ensino (RME), mas a prefeita vetou, alegando inconstitucionalidade da proposta. O que atiçou a revolta de Maio. O projeto já foi aprovado por todos os vereadores, que terão que derrubar o veto da petista. A dúvida, é se isto irá acontecer.
“Este projeto autorizava o município a criar o curso público, gratuito para as pessoas que mais precisam, pessoas de comunidades carentes, que não tem condições de pagar um cursinho pré-vestibular, para dar mais igualdade as pessoas que participam de pré-vestibular e de concurso no município de Serra Talhada. Um cursinho que ia atender uma camada social grandiosa no município de Serra Talhada. Eu vejo este veto com tristeza, porque em um país que a gente luta por educação, por desenvolvimento, e educação, nosso entendimento é tudo”, disse Maio, chamando a atenção da gestora:
“Sem educação não chegamos em lugar nenhum. Até parece que a gestão não quer que o povo aprenda, não quer que o povo se liberte destas cadeias, destes grilhões, porque não? Qual a dificuldade de um cursinho deste se nós temos na rede municipal de educação, vários professores? Qual a dificuldade de ajudar quem mais precisa? Eu não consigo entender”.
REVOLTA
“Tem três anos, três mandatos de vereador e eu confesso a você que em 2016, logo quando assumi em 2017, um dia eu desci aqui desse plenário, cheguei no gabinete, me ajoelhei, comecei a orar e chorar e pedir a Deus, porque disso aqui”.
“Que política é essa que nós vivemos aqui em Serra Talhada? Politica de perseguição? Será que foi porque André Maio que colocou este projeto que a gente não vai votar? Será que foi porque foi um vereador de oposição que tá colocando um projeto maravilhoso como este? Que não vai ter despesa para os cofres públicos. E só lembrando que nós votamos aqui e nós podemos mostrar a força do vereador da casa, podemos mostrar nossa força agora, se nós votarmos o veto, é lei, quem manda somos nós, embora muitos não queiram ouvir isso, quem manda somos nós, os vereadores”, resumiu. (Do Farol)
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